terça-feira, 5 de abril de 2011

Não possua, compartilhe!

por katia maia

Sempre Gostei de trocar coisas, mas estava longe de imaginar que isso poderia se tornar uma tendência. Não venho aqui dizer que fui vanguarda e minha idéia virou realidade. A idéia, claro, não é só minha. Há de haver – e há – pelo mundo zilhões de pessoas que adoram realizar ‘troquinhas’ entre amigas.
Pois bem, isso virou realmente uma ‘onda’ e nos Estado Unidos já se reflete em centenas de sites que apregoam: não possua, compartilhe! É o já batizado ‘consumo colaborativo’.
Eu sempre gostei de ganhar roupas de outras pessoas. Sentia que estava fazendo algo certo de alguma forma Até quando eu herdava as roupas da minha irmã mais velha eu ficava super feliz. Sei lá. Acho que eu pensava algo como – eu achava aquela roupa tão bonita e agora ela é minha. Será que era inveja? Não, não acredito. Era mais um sentimento de satisfação de poder possuir algo que eu achava legal e, mais, que eu não precisei gastar nada para tê-lo.
Ok, sempre fui meio ‘pirangueira’ como se diz na minha terra (Recife-PE). E para quem não sabe o que isso significa, eu já traduzo: mão de vaca!
A verdade é que esse meu lado pirangueira me tornou uma pessoa mais previdente, mais racional com o consumo e menos perdulária. O perfil perfeito para uma sociedade que está entupida de ‘stuff’.
Há uns quatro anos, resolvi promover um evento de trocas entre amigas. Combinamos que faríamos aquela tradicional faxina em nossos armários e nos reuniríamos para ‘share’ aqueles artigos que não quiséssemos mais ou que tivéssemos comprado e nunca usado. Sim, porque isso é mais comum do que se imagina. Entre mulheres, especialmente.
Desesperadas, compulsivas e alucinadas, vamos às compras e muitas vezes adquirimos roupas, acessórios e coisinhas que nunca usaremos. Ou é aquela roupa que está super em conta, ou uma calça bonita – de tamanho menor do que o nosso – mas que juramos irá servir um dia ou apenas um artigo que uma amiga está vendendo, achamos bonitinho e terminamos comprando.
Rachel Botsman
É, mulheres uni-vos! Para esses momentos de arroubos, existe agora o consumo colaborativo. É uma idéia simples: o que é meu é seu, como diz Rachel Botsman, a maior especialista dos Estados Unidos em consumo colaborativo, em seu livro lançado nos Estados Unidos e que trata dessa onda colaborativa.
É verdade! Para quê guardar se você poder passar adiante? É só seguir algumas regrinhas básicas:
- há quanto tempo você não usa aquela roupa, artigo, bijuteria, objeto?
- Por que ele está guardado?
Se a sua resposta superar um ano. Passe adiante!
Não adianta guardar. Você nunca mais usará aquela roupa. Ela está guardada, mofando, ocupando espaço no seu armário e empacando a energia. Sim, porque isso também acontece: objeto guardado é energia represada. Sendo assim, mãos á obra. Vamos trocar, passar adiante e até vender nossas cositas usadas ou não, mas certamente esquecidas. Quer um começo: entre no site Troca Troca Brasília e comece a compartilhar suas coisas. É muito bom.
Essa semana, troquei um vestido e um casaco de linha por três vestidinhos estilo tarde de sábado e três blusas com a Ana Paula do Anita Brechó. De quebra, comprei uma sandália super linda por trinta reais do Cantinho do Desapego. Voltei para casa super feliz.

Sandália super fofa de 30 reais
Abaixo, a dica de dois lugares onde você pode encontrar endereços de sites interessantes para trocar, comprar barato, compartilhar etc


Busca Brechó - contém lista de brechós de todo o Brasil

2 comentários:

  1. Ótima ideia. Costumo fazer isso com uma amiga de Brasília e com minha irmã mais nova. É muito bom.
    Adoro ler o que você escreve.

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  2. Acredito que é melhor trocar do ue comprar. Essa é uma pratica que tenho adotado e me confesso bem feliz com ela.
    bjbbjbj e obrigada pelo elogio
    ///~..~\\\

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Calo-me...(da série #resgates)

*A partir de hj, sempre que eu resgatar algum texto meu escrito e não publicado, vou postar aqui. O que é escrito é para ser publicado....