sexta-feira, 28 de setembro de 2018

No Drama, de Iberê Camargo

"Tudo te é Falso e Inútil", obra de Iberê Camargo
foto: Rômmulo Fialdini

#Agende-se

De 9 de outubro a primeiro de dezembro, o público poderá apreciar telas, guaches e estudos do artista Iberê Camargo, na Galeria Espaço Cultural Marcantonio Vilaça do Tribunal de Contas da união (TCU).

As peças que compõem a  mostra “Iberê Camargo: No Drama” fazem parte do acervo da Fundação Iberê Camargo e a inclui também dois curtas metragens e um documentário.

A exposição traz peças que demonstram o dinamismo de Iberê Camargo e revelam uma face pouco conhecida de um dos maiores artistas brasileiros do século 20: seus trabalhos inspirados na literatura, no teatro, na dança, na música e no cinema. Iberê Camargo fazia de suas sessões de pintura momentos de criação reveladores de uma alma curiosa, ruidosa, atenta e sofrida.

Também fazem parte da Mostra uma série de desenhos, estudos de figurinos e cenários para um projeto de encenação do balé “Rudá”, de Heitor Villa-Lobos, produzidos em 1959. A exposição contará também com uma sessão interativa feita a partir de oito painéis confeccionados em 1960, da lenda “Salamanca do Jarau”, e presenteados por ele a Luiz Aranha, amigo e mecenas do início de sua carreira artística.

 “No Drama” traz ainda uma importante série de obras da fase final da carreira de Iberê Camargo. No ano de 1992, ele participou das gravações do curta-metragem “Presságio”, de Renato Falcão. Em uma das cenas, o artista desenha um dos personagens. A filmagem deu origem a uma série de guaches que foram doados por Iberê Camargo em prol da campanha de conscientização sobre a AIDS chamada “Um ato de amor pela vida”.

Além de “Presságio”, outro curta-metragem presente na exposição é “Pintura Pintura”, do fotógrafo Mario Carneiro, que registra um depoimento de Iberê enquanto pinta um retrato.
Como parte das atividades paralelas à mostra, haverá exibição do documentário “Magma”, de Marta Biavaschi, realizado em 2014. O filme apresenta Iberê Camargo e faz reflexões sobre sua arte, vida e obra por meio de imagens e áudios de arquivo.

A realização da mostra Iberê Camargo: No Drama, em Brasília, é uma parceria firmada entre o TCU e o SESI e tem a curadoria de Eduardo Haesbaert e Gustavo Possamai.

Serviço
Exposição “Iberê Camargo: No Drama”
Curadoria: Eduardo Haesbaert e Gustavo Possamai
Local: Galeria do Espaço Cultural Marcantonio Vilaça, no Centro Cultural TCU (St. de Clubes Esportivos Sul, Trecho 3) – Brasília DF
Período de exibição: De 09 de outubro a 1º de dezembro
Classificação indicativa: Livre
Funcionamento: segunda a sexta-feira, das 09h às 18h e aos sábados, das 14h às 19h
Entrada gratuita

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Como definir o inefável?



Por Katia Maia
*Colaboração de Tina lemos na produção de imagens.


A minha maior preocupação era quanto ao som.  Seria um estádio, como o Mané Garrincha, adequado para um show da magnitude e sensibilidade exigidas pelo artista Andrea Bocelli? A resposta é: sim! O áudio estava perfeito e a voz do maior tenor do mundo soltou-se para uma plateia ávida por seus acordes.

É a quinta vez que o tenor italiano vem ao Brasil e a primeira a Brasília. E o encantamento foi mágico. Acompanhado por orquestra, coro, soprano e Maria Rita, artista convidada, a plateia praticamente não respirava ou se respirava era para se inebriar com o tenor. O show foi dividido em duas partes, a primeira com repertório clássico e a segunda com canções mais populares.


Na primeira parte, a presença da soprano Larisa Martínez, vencedora da competição do Metropolitan Opera em 2016, além do Prêmio Fundação Angel Ramos e do Prêmio do Público. Larisa é reconhecida pela qualidade de sua voz calorosa e pelo timbre marcante.


Na segunda, o dueto inédito com a cantora Maria Rita, que acompanha Bocelli em todos os shows pelo Brasil – já passou por Porto Alegre e segue para São Paulo, no Allianz Parque, dias 29 e 30 de setembro.

O espetáculo ‘Si’, que chega ao Brasil no momento em que o tenor completa 60 anos (no dia 22/9) e 20 anos do lançamento original do álbum “Romanza” – álbum mais vendido de todos os tempos por um artista italiano e uma compilação de músicas românticas italianas. Foi o terceiro disco do tenor e um marco de início de uma carreira.



Sem mais... Porque falar de Andrea Bocelli é exaurir palavras sobre o inefável. Só mesmo indo, vendo e vivendo esse show mágico para defini-lo , não em palavras, mas em sentimentos.  

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Momentos de cultura, esses sim, valem a pena.


Por Katia Maia

Nesta terça-feira, 25/9, voltei ao Clube do Choro de Brasília.  Um local para lá de aconchegante e que há muito tinha saído da minha cena cultural. Por que? Não sei bem ao certo. Creio que fui me deixando levar pelo dia a dia e já fazia quase cinco anos que não havia pisado os pés no local.

Pois bem, nos últimos dois meses, essa foi a segunda vez que voltava àquela casa assistir a um show da cena cultural brasiliense. Fomos ver Tico de Moraes e Leonel Laterza. Confesso que conheci o trabalho dos dois também há pouco tempo. O primeiro em uma apresentação em trio no restaurante C`est si bon e o segundo em uma apresentação no bar Galeria Viva, os dois na asa Norte.



Ontem, o show Lua Brasileira foi uma homenagem à Fátima Guedes. Uma das músicas  escolhidas  foi Tanto que aprendi de amor. Uma das minhas preferidas principalmente o verso: “E dei pra relembrar as coisas más/ Pra esquecer”. Ou, a canção EU,  com o verso que amo “Sinto falta de você/ Seu eu pudesse querer/ Queria você comigo”.


E assim numa terça-feira,   despretensiosa, numa noite quente de primavera, na capital do país, onde os termômetros andam marcando 29 graus em plena 21 horas, posso dizer que é renovador assistir esses dois artistas cantando versos da Fátima Guedes   como “Pior que não me querer mais/ É não fazer questão/ Deixando que eu vá embora/ Aos poucos” (Pelo Cansaço), ou “Eu desacreditei de amor/ Não pegue desse jeito em mim/ Quem sabe eu passo pra você/ Minha semente ruim” (Desacostumei de Carinho). 

E finalmente  para finalizar nada como o Cheiro de Mato - Não faço nada que perturbe a doida a louca passarada/ Ou iniba qualquer planta dormideira...



segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Quando o evento é bom, a gente volta!


por katia maia

Quinta-feira passada (20/9) foi dia novamente de Amuse Bouche, evento do qual falei no mês passado, realizado pelo Le jardin Bistrot, que fica na Aliança Francesa de Brasília . Desta vez, voltei com uma amiga – a jornalista Tina Lemos. Ela, como boa apreciadora de vinhos, foi experimentar in loco tudo aquilo que falei na última edição do #amusebouche.

Pois bem, aprovou! O que me deixa mais tranquila, pois Tina Lemos sempre foi para mim uma pessoa com opiniões maduras sobre vinhos. Do último evento, apresentei a ela o vinho VINHO ROSÉ DOMAINE DE SAINT SER CUVÉE PRESTIGE 2016. Um vinho maravilhoso que passou a integrar a minha adega e a dela.



Tina Lemos e euzinha.

Desta vez, um outro vinho francês – pois o Amuse Bouche trabalha apenas com vinhos franceses – nos conquistou. Um branco - DOMAINE DE LA RAGOTIÈRE SAUVIGNON CUVÉE PRESTIGE 2016. Gostamos tanto que terminamos levando para casa uma garrafa cada. É um vinho leve, com paladar acessível e notas de frutas floradas. os vinhos degustados podem ser comprados no próprio evento a preço super em conta. 


Nosso vinho predileto, eleito da noite

Como sempre, o evento contou com uma harmonização muito boa com o menu do chef Tiago Santos. Sete vinhos para sete pratos. 

Os anfitriões: Márcia, chef Tiago e Marcus Vinícius


Casa lotada, num dia de chuva em Brasília, como bem definiu Tina lemos ao chegarmos: chuva, vinho e boa gastronomia. Tout simplement parfait!

Márcia e euzinha
*Fique e olho que vamos anunciar o próximo Amuse Bouche aqui no nosso blogue.



quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Próxima parada: Estação dos Vinhos!


Um brinde para nossa amiga!
Por Katia Maia

Quarta-feira passada (5/9) foi dia de prestigiar uma amiga querida dos tempos de 2º Grau. Sim, segundo grau porque não existia naquela época o Ensino Médio, e a educação começava no jardim, passava pelo primário, ginásio e terminava no 2º Grau antes da faculdade. Pois bem, foi o dia de comemorar o aniversário de Naice Dematte, amiga dos idos tempos de Marista.

O cardápio
Então, como tudo na vida é oportunidade para se conhecer novas pessoas e lugares, e viver momentos. Tive, na última quarta-feira (5/9), uma grata surpresa: conheci a Estação dos Vinhos. Um local mega agradável, com uma vasta adega, muito bem ambientado e, mais, às quartas-feiras promove o momento cultural Poesia, Música e Vinhos!

O ambiente lembra uma estação de trem, desde o relógio pendurado na quina da parede até o design e as cores do local. Os vinhos podem ser degustados em taças, degustação ou a garrafa inteira.

A adega, com o degustador
O sistema de degustação é bem interessante. Ao preço de R$30,00 o cliente degusta quatro vinhos. Esses são escolhidos conforme um critério de seleção: pode ser pela uva (todos os quatro vinhos da uva cabernet sauvignon, por exemplo), pode ser por preço (quando eu fui era esse o corte e os vinhos custavam todos o valor de R$79,00), pode ser por região (vinhos da região de Bordeaux, por exemplo).  E tem mais: ao degustar os vinhos, se gostar de algum deles, você ainda pode converter  R$ 15,00 para serem usados na compra do vinho escolhido.

Mas, juntamos quatro amigas e dividimos uma garrafa, um malbec & merlot, Les Temps de Vendages, Sugestão do Marcelo,  dono da Estação dos Vinhos. Aprovado! Um vinho macio, que desce abraçando o sabor, tranquilo. A união das duas uvas “combinou maravilhosamente. Um vinho que agrada fácil. Tem personalidade sem ser forte”, segundo escrevi na avaliação deste vinho no aplicativo Vivino.

O vinho que escolhemos: top!


Para acompanhar o vinho, pedimos o carpaccio. Aliás, um parênteses: o cardápio está posto em garrafas que fazem a vez de centros de mesa. Muito bem elaborado e perfeitamente inserido no contexto, ambiente e proposta do estabelecimento. Um charme, eu diria. A combinação de criatividade e bom gosto. Só para finalizar, sobre o carpaccio, posso dizer que é muuuuito bem servido.

O carpaccio
Para finalizar, ás quartas-feiras, a Estação dos Vinhos tem o momento cultural com poesia, música e vinhos. Um deleite. No dia que eu fui, o momento cultural foi com Márcio Bonfim (música) e Adeilton Lima (poesia). Uma apresentação de muitíssimo bom gosto com um repertório MPB fantástico (no caso da música) e com poesias que mesclam Fernando Pessoa, Cora Coralina, Vinícius e autorais.
O poeta

O músico





Então, se você
gosta de vinho, poesia e música, não titubeie, hoje é dia! Vai lá. Eu vou!





Serviço:
Local: Comercial da 413 norte, bloco A (fica voltado para a quadra residencial)
Horário: de 11h às 23h
Fone: 32016886

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Estou encantada por uma nova paixão: trilhas!


por katia maia
*esta trilheira conta com o apoio da Barbarttour Viagens.
Página do Facebook da Babattour Viagens

No domingo, 09/09, participei de uma trilha de 8k numa região lindíssima, a 70 e poucos quilômetros de Brasília, próximo ao Vale do Paranã – local onde costuma-se praticar salto de asa delta. O local se chama Ecobocaina. É uma fazenda muito bem cuidada e que permite vários tipos de trilhas.

A trilha que fiz foi o Desafio Bocaina, com 8k de percurso. Um verdadeiro desafio de superação, regado a paisagens belíssimas, paredões, vales e muita (mas muita mesmo) subida. 



A trilha foi uma espécie de treino para a Travessia Petro-terê que farei em outubro com o grupo Trevo Brasília. Aliás, neste domingo, fomos também pelo mesmo grupo.

Ao todo, éramos 14 pessoas, das quais eu conhecia apenas duas e saí conhecendo várias outras. Um presente poder passar um domingo caminhando, se superando e se deleitando com tanta beleza.


O local é cheio de mirantes, o primeiro “Mirante do Abismo” já nos deixa encantados. é uma mostra do que está por vir. Todo os locais são protegidos por cordas e essas funcionam como um limitador para os visitantes. Portanto, nada de ultrapassar as cordas. Mas, dá para tirar bastante foto legal e se deleitar com a paisagem. Natureza é tudo!


Próximo a esse mirante tem outro, o Mirante da Pedra. Também uma maravilha. Muitas fotos, muito encantamento e seguimos em frente. Nos acompanhou o guia Noel, que é pago juntamente com a entrada ao local.

A trilha é extremamente bem sinalizada, mas segundo Noel, esta, batizada de Desafio Bocaina, não pode ser feita sem guia, pela sua complexidade e nível de dificuldade. A trilha é considerada ‘difícil’. E é mesmo!


Cheia de trechos acidentados, muito cascalho e locais onde a atenção tem que ser redobrada para passar com segurança. Mas, o melhor de tudo é que é tudo muito lindo. A exuberância da flora do cerrado nos deixa encantados. Árvores e algumas plantas são sinalizadas com placas contendo o seu nome popular e científico. É  “cadeira de sogra”. A imagem da planta já diz tudo.

o caso da “Echinocactos grusonii” 

E por aí vai... jatobá, jequitibá, palmeira Indaiá, pau ferro,canela de ema etc.


Há ainda os pontos de apoio, onde , em alguns, é possível (inclusive) conectar o celular porque tem ‘sinal de receptivo’. Nestes pontos de apoio, a gente pode sentar um pouco e descansar um tanto. Fazer um lanchinho e não demorar muito porque senão o corpo esfria.

No percurso de ida da trilha, basicamente descemos em quase sua totalidade e, mais ou menos depois de uns seis quilômetros de caminhada, chegamos ás cachoeiras. Lindas, geladas e maravilhosas. Não dá para resistir. Existem uns locais que são poços para banho, mais tranquilinhos, e há as quedas das cachoeiras – a Dos Reis magos e a da Palmeira. Um presente dos deuses.

Paramos no primeiro poço, fizemos um lanchinho, já passava de meio dia, e seguimos para os outros poços e cachoeiras. Tudo lindo, tudo energia pura. A beleza das cachoeiras fala por si só e as fotos mostram isso. E existem uns pontos ao longo do caminho até a cachoeira que parecem verdadeiros ofurôs naturais. Com ducha de hidromassagem que exorcizam qualquer problema e leva para bem longe todo o estresse e ansiedade do dia a dia. Tudo, claro  lindo!
devidamente registrado pelas fotos, mas foto é muito bonito, porém recomendo visitar e ver in loco. Porque aí sim, tudo fica 

Agora, lindo mesmo é a hora de voltar para o ponto de partida. É desafiador. Umas subidas íngremes, tipo quase paredão. Muito esforço, determinação e foco para não perder o ritmo nem o animo. Eu diria que é quase desumano. Tudo ladeado, margeado e delimitado por cordas que nos ajudam a subir e manter o equilíbrio.

É alguma coisa como 1,5 km só de subida punk! E é nessa hora que a gente se lembra dos exercícios de agachamento e fortalecimento de coxa e panturrilha - porque precisa!  No meio da subida, uma plaquinha informa que já foram vencidos 650m, mas tem mais pela frente e finalmente, próximo ao final, quando o paredão deixa de ser tão desumano, vem a plaquinha: parabéns, você venceu a subida! Uhuuuuuu, felicidade pura!


Ah, não se esqueça de ir tomar uma ducha, quando chegar no ponto de partida/sede. A ducha foi instalada á beira de um vale, no ‘Mirante da Ducha’. Indescritível, só indo lá para ver tudo isso. Resumo da ópera: um domingo com muita natureza, desafios, superações e felicidade.




Galeria de fotos:
(apenas algumas das inúmeras que clicamos)













 




 




 


 


 



















































Calo-me...(da série #resgates)

*A partir de hj, sempre que eu resgatar algum texto meu escrito e não publicado, vou postar aqui. O que é escrito é para ser publicado....