quarta-feira, 22 de agosto de 2018

O furacão vem, faz (e traz) seus estragos, mas passa


por katia maia

Reflexões sobre obre um filme de superação.  Vidas à deriva
é uma história real que faz a gente refletir sobre o destino, como escolhemos um caminho ou outro e porque chegamos a determinado ponto. E, mais, nossas escolhas valeram a pena?

Na verdade, gosto de filmes baseados em histórias reais porque, por mais que se queira, não dá para mudar o final. O máximo que se pode fazer é buscar soluções de roteiro que possam dar mais ritmo e fluidez à história e isso, posso dizer, foi feito de forma bem resolvida na história de um casal que se conhece no Haiti, por acaso, e descobrem um no outro a grande paixão da sua vida.


Ela, uma jovem de 24 anos, ele um rapaz de 33 anos. Ele costumava atravessar os oceanos em seu barco e ela costumava desbravar e conquistar o mundo no mochilão sem destino nem tempo certo para ficar ou partir. Enfim, se apaixonam e juntam suas vidas numa viagem de barco e aí, vem o destino , atravessando suas escolhas.

Na travessia, enfrentam o furacão Raymond, o barco é atingido e começa a saga pela sobrevivência em alto mar, sem sinal de socorro, longe das rotas marítimas e aéreas. Uma luta pela vida e uma reflexão sobre continuar ou não.

O filme revela as fases de um desafio como esse; primeiro o desespero, depois a vontade de superar, no meio de tudo a impaciência, o delírio e alucinações, até a resignação pelas decisões do destino.  A história é real, lembrem-se e o final já estava escrito antes do filme acontecer. Portanto, o roteiro já veio traçado antes do filme nascer.


Sobre a vida? Bem sobre a nossa vida, podemos dizer que viemos momentos que mais parecem furacões; Períodos em que imaginamos não conseguir superar e muitas vezes nos deixamos (ou sentimos) à deriva. É quase uma falta de ar constante, que sufoca e nos paralisa. Mas, sabemos que temos que continuar. E, então, o que fazer? 

Até alucinação aparece. E muitas vezes preferimos dormir para não enfrentar acordado. E aí? Sabe o que acontece? Passa! O furacão vem, faz (e traz) seus estragos, mas passa. E depois? Depois a palavra de ordem é reconstruir em cima do que restou. E querem saber? É possível!  

A pior e última frase que queremos ouvir quando estamos na tormenta é que ela passa. Parece deboche até. Mas, creia-me, passa mesmo. E aí, como no filme, podemos ficar dias á deriva, apenas sobrevivendo, até que aparece um pássaro do continente e avisa: olha, lá na frente tem um porto seguro. É terra firme! Portanto, "hold on", que vai dar certo. 

Assim, de furacões, tormentas e derivas vamos seguindo cruzando os mares da vida. 

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Une nuit française


por Katia Maia

A proposta? Uma noite agradável, degustando a culinária francesa harmonizada com vinhos idem. Isso, num lugar com todo o charme de uma cafeteria francesa, instalada dentro de um dos locais mais franceses de Brasília, a Aliança Francesa!


O resultado?  Propósito alcançado!

Fui, numa quinta-feira, 9/08, participar, verificar e apreciar a 7ª Edição do Amuse Bouche. O nome já dava uma dica do evento: um aperitivo, uma degustação, uma mostra de bons vinhos e bons pratos franceses. Tudo minuciosamente escolhido e preparado pelos anfitriões do Le Jardin Bistrot – Márcia Cruz (sommelier), Tiago Santos (chef) e Marcus Vinicius Oliveira (administrador) para nos sentirmos bem. E olha que ‘acolhimento’ é a palavra! 

Karla Maia (irmã), Márcia (anfitriã) e eu

Logo que cheguei, Márcia veio me receber na porta do bistrot e já me adiantou que a degustação estava justamente começando. Um cardápio de sete vinhos franceses trazidos ao Brasil pela Importadora Chez France, que atende ao estabelecimento.

Os anfitriões Marcus, Thiago e Márcia
Ao todo foram servidos sete vinhos, sendo dois brancos, um rosé e quatro tintos. No final, quem participou pôde comprar os rótulos ao preço de custo comprado pelo Le Jardin na importadora. O vinho que mais gostei foi o rosé – Domains de Saint Ser Prestige 2016. Um primor! Daqueles vinhos que a gente degusta, gosta e quer levar de qualquer jeito. Comprei!

Bouillabaisse com leite de coco,
O rosé foi servido após os dois brancos, que abriram a degustação e eram muito bons também,  e juntamente com o terceiro prato – Bouillabaisse com leite de coco, sopa de camarão, peixe e mexilhões. Nem a minha irmã, que não gosta de mexilhões, resistiu. Parfaite!

Comprei ainda outro vinho, um tinto, o Domaine Glantenet hautes Côte de Nuits 2016. Superbe! Ele foi servido com Bouef Bourguignon – purê de batatas com alho assado, cebolas, bacon, tomates confit em consome de cogumelos. Não resisti e também este vinho foi parar lá em casa. Resta saber se terei cacife para servir pratos franceses acompanhando os rótulos. Mas, isso é papo para outra conversa (rs).

Bouef Bourguignon
Bom, no quesito vinhos, o evento trouxe um plus: a presença do especialista em vinhos Thiago Matheus do Blog Vinhos do Dia. Ele fez questão de ir de mesa em mesa, apresentando a carta de vinhos, tirando dúvidas e assessorando os presentes. Aliás, o tempo todo me senti bem recebida. Márcia também foi várias vezes até a nossa mesa para verificar se estava tudo correndo bem e estava.

Vinhos à venda
Uma nota para a degustação: não foi um evento em que precisávamos pegar fichinhas para degustar vinho um, dois ou três etc. Não havia medidores nas garrafas. Ao gostar de um vinho, podíamos perfeitamente pedir um pouco mais e degusta-lo novamente.

Márcia e Thiago Matheus
Assim, posso dizer que participei, degustei, conversei, aproveitei e saí satisfeitíssima de um evento acolhedor  numa  cafeteria aconchegante que está localizada dentro da Aliança Francesa, de frente, nada mais nada menos,  para
um dos mais belos jardins da cidade, projetado por Burle Marx.

O Le Jardin Bistrot é um local pensado para você se sentir bem e acolhido.  E olha que eu nem falei da minha memória afetiva com a Aliança, onde estudei durante anos até finalizar o curso de francês. N'est pás?





Serviço:

Local: Aliança Francesa , SEPS 708/907 Lote A - Asa Sul
Horário: 07:30 às 20:30
Fone: (61) 3262-7677

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Para começar: Quitinete!
por Katia Maia


Então, começou o Restaurant Week e já fui testar um dos menus. A minha primeira experiência foi com o Quitinete, na 209 sul. Optei pelo prato completo – entrada, principal e sobremesa e aqui vão as minhas considerações:

A  Entrada teve como prato um ‘Crocante de parmesão com champignon fresco, tomate seco, azeitonas, queijo grana padano, orégano e azeite extra virgem’. Minhas impressões: combinação gostosa, mas o crocante de parmesão, que é a base do prato estava muito rígida. Desconfortável para comer de tão dura. 

O Prato de entrada vem acompanhada de talheres para comer. Eu sugiro dispensá-los e usar as mãos. A forminha de parmesão precisava ser quebrada com o dedos antes de comer, de tão rígida.  Tudo muito gostoso, mas meio desconfortável para comer.

Optei, como prato Principal pelo ‘Robalo grelhado na manteiga de ervas, acompanhado de   O Robalo estava maravilhoso. Impecável. Cheguei a pedir, antes de provar, uma porçãosinha de geleia, pois adorod peixe com um pouco de geleia. Não precisou. O prato estava afinado. Bem harmonizado, super balanceado e absurdamente gostoso. #Recomendo.

fetuccinne ao creme de limão siciliano’. Desnecessário dizer que tudo que leva limão siciliano, para mim, já tem minha simpatia profunda. #Amo.

A Sobremesa – sempre a minha queridinha do pedaço, já que sou doçólatra assumida – também estava muito gostosa. Uma ‘Choco-mousse com chocolate meio amargo, nozes e creme de musseline de baunilha. Dispensa comentários. Se você gosta de doce, de uma sobremesa fina e no time certo, recomendo.


Calo-me...(da série #resgates)

*A partir de hj, sempre que eu resgatar algum texto meu escrito e não publicado, vou postar aqui. O que é escrito é para ser publicado....