sexta-feira, 15 de abril de 2011

24h de virada em 360 graus de show!



Mega Show com efeitos de luz ´maravilhosos
 Por katia maia
Tem coisas que a gente olha, analisa e acha que não devia ter se proposto a fazer, mas que depois de feito conclui: valeu!

Há pelo menos três meses estou remoendo uma aventura para a qual me programei e que depois pensei: melhor se não tivesse inventado essa. Sabe aquela coisa de ‘ai que preguiça’, podia ficar aqui quietinha no meu canto e ver o tempo passar sem precisar mexer com o deslocamento de energia. Pois é. Assim estava eu imaginando até ontem, quando me aventurei a uma aventura de 24 horas e 30 graus.

Sim, porque foi essa revolução que se passou em minha vida quando programei que eu e meus dois filhotes viríamos o show do U2 em São Paulo, em plena quarta-feira.

Quando comprei os ingressos, ainda no início do ano, ou no fina de 2010, agora não me lembro bem. Achei que seria super legal. Depois, foi me dando uma canseira, um sentimento de ‘deixa quieto’ que só não virou verdade porque amigos me aconselharam e principalmente meus filhotes disseram: nós Vamos!

Estrutura é montada em 5 dias. Existem 3 delas para agilizar show na proxima cidade da temporada.
Pois bem, fomos. Saímos de Brasília às 15h, chegamos em Sampa às 18h. Seguimos rapidamente PA o hotel, deixamos as malas e corremos para o Morumbi.

O transito foi digno de nota. Quarta-feira à noite, em São Paulo! A gente não passaria incólume a isso. Não passamos!

A chegada ao Morumbi durou exatos 75 minutos, de engarrafamento e transito louco. O suficiente para meu filho mais novo dizer:

- Mãe eu jamais moraria aqui. É isso o tempo todo.

O taxista riu e disse resumidamente

- É!

Nós três na expectativa do início do show
Na chegada ao Morumbi, já 20h e tanta da noite, a entrada foi outra aventura. Anda daqui, corre dali, dá a volta no estádio e finalmente, encontramos um lugar na última fileira da arquibancada. Um lugar ótimo, na minha opinião: longe da muvuca, com espaço suficiente para ver o Bono e a banda bem pequeninos, mas livres de qualquer vara pau de dois metros que é o que me acontece quando vou para a pista.

A minha curta altura não me permite mais do que apenas ouvir o show. “Ver” já é um privilegio.

Mas, então. Chegamos, com fome, com sede, mas cheios de vontade. Meu filho mais velho era ansiedade pura. Ele adora o Eu. O mais novo gosta, mas não é muito de se envolver com shows. Mas, vai lá... Os dois estavam quicando de alegria com a nossa aventura.

O show começa e a energia é contagiante. O povo pula na arquibancada (a gente também) uma coisa. O estádio do Morumbi vibra! Estávamos ali, conseguimos.

Passamos quase duas horas ali, extasiados com a pirotecnia, a técnica, os recursos visuais e o charme do Bono que é uma graça na interação com o público.

Estava meio rouco, ok, a gente percebeu. Mas, “so what”? A gente estava ali e queria mais.

Ele, Bono, super engajado, falou muito da ajuda, dos pobres, oprimidos, africanos, portadores do vírus da AIDS e ainda das vítimas do realengo. Tudo inserido num contexto de que a gente tem que fazer acontecer.

Como num passe de mágica, o telão 360o desce até o palco.

O Seu Jorge subiu no palco. Deu uma palinha, cantou com o Bono e se foi. Tivemos mais U2 com Músicas recentes e antigas e foi nas antigas que eu me toquei. Canções com “I Still haven’t found what I am lokking for” fizeram parte da minha adolescência e ali estava eu com meus dois filhos adolescentes curtindo as mesmas canções. Impagável!

Hoje eu agradeço não ter sucumbido ao meu desanimo natural que adquirimos com o passar do tempo e que nos diz para ficar quietinha e ‘deixar quieto’ coisas que vão deslocar muita energia e fazer a nossa vida se mexer demais.

O fato de eu estar ali, ao lado dos meus dois filhos, curtindo as músicas que eu curtia na idade deles. Realmente, eu tinha naquele momento “encontrado o que eu procurava”.
Hora de voltar para casa com muita história para contar

p.s. saímos do show a 1h, chegamos no Hotel às 2h. Tentei fazer o check in da TAM pela internet para agilizar e ganhar um tempinho a mais de sono pela manhã – nosso vôo de volta estava marcado para as 8h – e não consegui. Dormimos ate as 5h30, tomamos café às 6h, fomos para Congonhas. O vôo saiu às 8h40, chegamos em Brasília às 10h e 10h30 estávamos em casa. Explodindo de dor de cabeça, porque nada é de graça e uma hora a falta de sono apareceria. Enfim, tirei “uma soneca de uma horinha, acordei, almocei e ‘back to current life”. Feliz da vida, eu diria.

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Calo-me...(da série #resgates)

*A partir de hj, sempre que eu resgatar algum texto meu escrito e não publicado, vou postar aqui. O que é escrito é para ser publicado....