por katia maia
Quando eu era criança, até adolescente mesmo, eu não me
conformava com o fim do ano. Era meio uma birra com o “tempo”. Essa coisa que
avança inexoravelmente e não nos dá a chance de pará-lo um pouquinho para
curtir melhor os momentos.
Esse tal de tempo que ultimamente tem andado tão escasso e
tão apressado. Eu não me conformava com o fato do ano acabar independentemente
da nossa vontade. Quando chegava o dia 31/12 eu pensava: amanhã esse ano já
terá acabado e a gente não pode fazer nada a respeito disso. Confesso que me
deixava meio baixo astral. Mas, era um
sentimento de tristeza que pouco a pouco ia se transformando.
O ultimo dia de dezembro era um momento em que eu via que o
fim, apesar de angustiar, levava as pessoas a renovarem e se animarem com novas
perspectivas e esperanças. Na verdade,
acho que é assim com muita coisa em nossa vida. O fim, que muitas vezes parece
exatamente isso: o fim, muitas vezes é o começo de novas história.
Nesse fim de 2013, eu me pergunto: como eu definiria esse
ano e toda vez que penso isso, só me vem à cabeça um ditado que falava mais ou
menos assim: estragou com os pés o que construiu com as mãos. Pois bem, em
2013, penso, foi justamente o contrário. O ano reconstruiu com os pés o que
havia destruído com as mãos.
O ano foi muito difícil. Um ano de muito trabalho, um tanto
de sofrimento, um monte de dramas e um bocado de tristeza. Mas, eu diria, um
ano de aprendizado que no fim “se pagou”. Que na reta final soube me dar
discernimento para digerir tudo que há muito estava sendo depurado e nesse
decantador, creio eu, o resultado foi positivo. 2013 foi um ano que me ensinou
a ver as coisas como elas realmente são e me deu força e coragem para enfrentar
o que é para ser meu. Em contrapartida, me fez perceber que o que não é meu,
não é meu e pronto. E ponto!!!
Foi um ano que me deixou mais leve e pronta para ser mais e sempre melhor no que for possível. Ahora, que venga 2014!!!!