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Filme de Pascal Thomas |
Então, tem pequenos momentos que a gente tem que investir e
sair um pouco de nossa zona de conforto para que possam sair do imaginário para
o real.
A vida tem andado muito corrida, não temos mais tempo para nada, falta disposição,
não conseguimos um minuto sequer de lazer. Essa ladainha é recorrente nesse mundo
em que o tempo deu uma acelerada e suprimiu de alguma forma bons bocados do
nosso dia.
Mas, olha, acho até que a culpa não é somente do tempo, do
eixo da terra que está mudando, do segundo a menos que perdemos a cada ano, da
corredeira de tarefas que nos predispomos a realizar num único segundo e nos atropela...
Sim,
porque não dá simplesmente para digitar esse texto. Temos que estar com outras
páginas abertas no computador, o celular do lado online e a mente (des)focada
em mil e uma outras obrigações que não podem esperar de forma alguma e que,
inexplicavelmente, terminam ficando sem solução e para o dia seguinte porque
(adivinha?) não deu tempo!
Viu? Só no paragrafo anterior eu escrevi sobre mil coisas e
(até) perdi o foco. É assim que acontece: tudo junto e misturado e ao
mesmo tempo. E o resultado? Falta de Tempo!
Pois, estou declarando que vou ter que arrumar (ainda não sei
como) um tempo para fazer o que mais falta na vida de todos nós hoje em dia: o
prazer de não fazer nada ou, se fizer, investir em algo que não signifique obrigação,
mas sim lazer e prazer!
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Cena do Filme L'Heure Zero |
Digo que já comecei. Todos os dias minha rotina é o retrato
da canção: ela faz tudo sempre igual. Trabalho, almoço com os filhos, trabalho,
casa , arrumar casa, cozinhar, ver um pouco de TV, ler, rezar, dormir. Todo o
santo dia! AFF!!!
Então, ontem, piscou na tela do meu Facebook o convite:
L’HeureZero, filme de Pascal Thomas será exibido na Embaixada da França, às 29 horas.
O próprio nome já me inspirou. Afinal, eu precisava mesmo de uma Hora zero para
dar o ponta pé inicial.
E assim aconteceu: saí do trabalho e me mandei para l’Ambassade
de France, espaço Le Corbusier. Ainda me dei o luxo de pedir ao meu filho que tirou
recentemente carteira de motorista, para me levar. Nem dirigir eu queria, pode?
Um luxo só!
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Filme baseado em Agatha Christie |
Ele me deixou na Embaixada, eu entrei, me sentei e
pacientemente esperei o flme começar. Nem o celular eu usei nessa espera. Providencialmente,
estava com pouquíssima bateria. Fui, então, obrigada a ficar ali, focada na situação,
vivendo o momento.
O filme começou! Uma hora e meia. Ali, dedicada a me sentir
bem comigo mesma, reservar um tempo para o lazer e ainda treinar o meu francês!
Parfait.
P.S. quando cheguei em casa, ao ligar a TV, no canal GNT,
estava passando o programa Saia Justa e um dos temas que as meninas debatiam
era, (guess!) FOCO! Falavam do livro de Daniel Goleman de mesmo nome. O livro
trata justamente do tema: dedicar atenção a... Bom, quem acredita que nada é
por acaso... Fica a dica!