terça-feira, 24 de maio de 2011

Eu sei, mas eu preciso de provas!

Claro que eu sei perfeitamente a diferença que existe entre mim (e milhares de brasileiros, mortais contribuintes que mensalmente penam para ficar em dia com suas dívidas) e um ministro de estado como o da Casa Civil, Antonio Palocci.


Mas, particularmente um ponto me chamou a atenção nos últimos dias. É dito e sabido que Palocci está numa saia justa com o enriquecimento extraordinário de sua empresa no ultimo ano e, pior, com a fantástica quantia de R$ 10 milhões em apenas dois meses. Justamente no período este em que já estava na coordenação de transição entre os governos Lula e Dilma.

Antes de ir adiante, queria abrir um parêntese e deixar claro que tive admiração pelo Palocci. Achava-o (até) um cara centrado, bem intencionado e focado. Gostei da condução que ele deu á política econômica no inicio do governo Lula.

Na época, tive a oportunidade de assistir a algumas reuniões de coordenação que o Lula promovia com os ministros e o Palocci era sempre coerente com suas colocações. Eu achava ele super ‘ok’ (confesso).

Mas, claro, não deixei de me indignar com a história do Francenildo (o caseiro). É feio tropeçar nas próprias pernas. Mais feio ainda é insistir no erro e repetir.



Caso 01 - o caseiro Frnacenildo

Bom, mas agora, a história é outra. É o enriquecimento rápido que incomoda e que requer explicações. Como o Palocci comprou – por meio de sua empresa – um apartamento de R$ 7 milhões?

- Pois é ministro, como?

Isso é o que me faz diferente de Palocci. Primeiro porque não tenho essa quantia para comprar qualquer imóvel – mas isso todo mundo já sabe. Meu contracheque e minha declaração de Imposto de renda mostram isso perfeitamente.

O segundo ponto é o mais interessante: é que diferentemente do que está ocorrendo com o ministro, eu fui no passado, procurada pela Receita Federal para explicar como eu tinha comprado um apartamento que destoava da minha capacidade financeira.


Caso 02 - 20 milhões de reais!

Lá pelos idos da década de 90, eu comprei um imóvel de três quartos em Brasília, na Asa Norte, com 148 metros quadrados. Um sonho. Na época eu era casada. Na época meus pais e os pais do meu esposo fizeram um esforço concentrado, ajudaram o jovem casal que, por sua vez, raspou o tacho com 13º salário, FGTS, economias, férias e o que mais viesse. Mesmo assim, não inteirou dois anos para que o fisco batesse à nossa porta.

Queria sabe como eu (e meu digníssimo) tinha comprado aquele apartamento?

Pois é Receita Federal. Eu tive que rebolar para comprovar. Afinal, havia uma parte do dinheiro proveniente de doações paternas.

Na época, o mundo era menos digitalizado. Tive que correr atrás de extratos bancários para copmprovar que havia um dinheiro na conta do meu pai e do meu sogro, que havia saído da conta deles, que havia ido para a nossa (do casal) e que isso justificava a compra.

Foram necessários quase 10 meses para que os microfilmes dos extratos bancários fossem disponibilizados. Nesse período, o fiscal da Receita nos procurava freqüentemente. Em cada encontro, ele percebia que eu não era laranja, não desviava, não lavava, não enxaguava ou passava dinheiro. Mesmo assim, ele repetia:

- Eu sei, mas preciso de provas.



p.s. o processo (meu) só se encerrou quando consegui (finalmente) mapear o caminho do dinheiro – da conta do meu pai, para a minha conta, para a conta do proprietário do imóvel. Tudo documentado numa época em que o mundo não era tão online. Agora, por que o ministro não abre suas contas e revela de onde veio o dinheiro que o possibilitou comprar um imóvel de R$7 milhões?

É isso que me faz diferente do Palocci. Eu, pelo menos, estou tranquila e pobre (rs).



sexta-feira, 6 de maio de 2011

Cinto de inutilidades

Quem se lembra da música da Hanna Barbera que falava do cinto de inutilidades? Essa é para quem já está nesse planeta há um bom tempinho. Não é para os recentes. Apenas os iniciados se lembram (rs)


Pois bem, descobri a versão moderna dele. Chama-se IPhone. Ele traz o verdadeiro cinto de inutilidades. Basta dar uma passeada pela Appstore. É incrível!

Os eternos personagens Hanna Barbera não estão na AppStore
Há quase um mês finalmente adquirir o meu objeto do desejo chamado IPhone. Depois de longas incursões pelas lojas de telefonia celular, consegui uma que me desse atenção e, mais: portabilidade.

Troquei Vivo por Claro. Foi uma boa troca? Ainda não sei, mas a verdade é que a Claro me deu ouvidos e vantagens também. Sucumbi!

Bom, claro que fiquei tímida com meu novo brinquedinho. Inicialmente, queria apenas um celular mais moderno, com mais recursos e que me conectasse (mais ainda) ao mundo.

IPhone serve inclusive como telefone.
Descobri que o IPhone é tudo, inclusive celular. Com ele, algumas vezes cheguei a esquecer que carregava um mobile phone. Em diversas ocasiões me surpreendi quando ele tocou e vi que era alguém ligando para mim. Sim, porque esse aparelinho serve também como telefone.

Aos poucos descobri o mundo dos aplicativos - para isso, aquilo e aquilo mais. Foi quando entrei em ‘categories’ e vi um mundo de joguinhos, entretenimento, musica, redes sociais, viagem, esportes etc etc etc. Tudo free!

E foi aí que descobri o cinto de inutilidades, tamanha a oferta de coisas useless. Incrível:

Transforme seu IPhone em um mirror, divirata-se com a spycam, instale um alarme clock – detalhe, o aparelho tem alarme!

Transforme suas fotos, fique mais gordo, mude sua voz, converse com um gatinho que repete tudo o que você fala e ronrona quando você faz carinho no animalzinho!

Ah, instale uma lanterna no seu Iphone, obtenha visão noturna com ele, tenha um apito para cães e... e...e... Aff!

É tanta coisa que eu precisaria viver zilhoes de anos para compreender e utilizar tudo.

Isso é o lado besterol e de inutilidades. Claro que o Iphone a sua versão prática, fascinante e (agora, eu sei) indispensável.

Com ele, adquiri um GPS – eu sou a desorientada em pessoa -, passei a ter um detector de radares, o que meu bolso agradece de bom grado, e passei a monitorar e arquivar todos os meus treinos de corrida, com mapeamento dos percursos, pace (ritmo) e, mais, interagindo com outras pessoas de todo o mundo! Fantástico! (mesmo).

Resumo da opera: IPhone – agora, eu sei!


p.s. se você fizer uma 'search' na Appstore do su IPhone e digitar Hanna Barbera, não encontrará nenhuma referência aos desenohos que tanto animaram as crianças das décadas de 70 e 80. Uma pena! Encontrará sim|: hannah montana.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Sabor Brasil - Foi dada a largada

Como duas grandes apreciadoras dos prazeres da mesa (para não dizer 'gulosas inveteradas'), eu e minha amiga @Penhasaviatto demos inicio a um tour gastronômico pelos pratos escolhidos para compor o festival Sabor Brasil. Começamos pelo nosso querido e apreciado @Cacahua_Brasil.

Olha a cara do Duo! É ou não um bom começo de tour?
Uma chocolateria muito simpática, super agradável e que já havia nos conquistado por seus sabores exóticos de chocolate e pela simpatia contagiante de sua dona a chocolatieur Eliane.
Bom, mas chocolate é chocolate e comida é comida. Certo? 
A sobremesa 'irresistível' foi degustada por Penha
Ok, certo. Só que no caso do @cacahua-Brasil a história vai além e os sabores comungam em escolhas para lá de saborosas. O prato do Festival é oficialmente o Duo Cacahua descrito da seguinte forma: um ‘Bacalhau ao creme de alho poro, acompanhado por foam de gorgonzola e mix de folhas verdes’ e a sobremesa um ‘Pavê de chocolate e frutas secas’.

Isso, oficialmente porque amadoramente falando eu descreveria o prato como ‘superb’. Muito bom, delícia, ‘com gosto de quero mais’. Foi assim que me senti ao saborear esse bacalhau. E olha que bacalhau definiitivamente não está entre os meus pratos preferidos.

Eu fiquei apenas com o prato principal por impedimentos pessoais não pude me entregar também à sobremesa
Só sei que fomos saborear a sugestão do festival e acabamos ficando horas no @cacahua-Brasil, Porque o lugar é super agradável e dá vontade de passar o dia todo ali, simplesmente jogando conversa fora e deixando o tempo passar.

Mas, no café da manhã, me entreguei a essa delícia de salada.

Mas, como o tempo em nosso dia a dia é finito – mesmo numa tarde de sábado – ficamos eu e @penhaSaviatto jogando conversa fora e digerindo o sabor do Duo Cacahuá por mais algumas horas e nos despedimos alegres, felizes e satisfeitas, com a sensação de que pagamos por um prato diferenciado e aprovamos mais uma vez a sugestão da chocolateria Cacahuá para o Festival Sabor Rasil.

Depois de uma bela caminhada no eixão, Penha também não resistiu às delícias matinais

Aliás, em tempo:

Voltamos no dia seguinte para saborear o café-da-manhã da casa. Não está no Sabor Brasil, mas vale tão a pena quanto o Festival. Por apenas R$19,90. Fica aqui a dica.

Eis o cardápio completo do café da manhã Cacahuá. É ou não de enlouquecer?




Nas mãos poder!

A gente sabe que o trabalho é bom, reconhece a qualidade, mas é melhor ainda quando os elogios vêm da própria presidente do país. No último dia 28.04 (quinta-feira) Dilma Roussef recebeu em mãos um exemplar da Revista Mátria - publicação da qual sou editora chefe e jornalista responsável há cinco anos.

Deputada Fátima Bezerra entrega a Mátria para Dilma - foto: Roberto Stuckert Filho
 A publicação foi totalmente criada e produzida pela Frisson Comunicação para a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Editada anualmente, desde 2003, no Dia Internacional da Mulher, a Mátria é uma revista atual que trata de temas polemicos ligados às mulheres.

O conteúdo editorial foi elogiado pela presidente, que se encantou com a Capa da Mátria que este ano, como não poderia deixar de ser, trouxe como matéria principal a
ascensão das mulheres ao poder. O texto revela a luta das mulheres por mais espaço na sociedade e na politica e revela histórias de brasileiras que conquistaram reconhecimento.


Presidente Dilma elogia a Capa - foto: Roberto Stuckert Filho

A Revista Mátria é uma referência no meio educacional. Distribuída para escolas públicas, instituições de ensino e sindicatos, ela serve como fonte de consulta para debates e programas educativos entre professore e estudantes.


Dilma gostou do que viu! - foto: Roberto Stuckert Filho

Para quem já conhece, vale a pena manter a leitura, para quem ainda não leu Mátria, fica a dica. A revista está disponível no site da Frisson e da CNTE

Calo-me...(da série #resgates)

*A partir de hj, sempre que eu resgatar algum texto meu escrito e não publicado, vou postar aqui. O que é escrito é para ser publicado....