por katia maia
Há dias estou querendo marcar com a empresa que pegou os ‘blecautes’ lá de casa para reformar e instalar. Tenho um complicador que é: nunca tem ninguém em casa em horário comercial, portanto, tem que ser num horário marcado e sem furos porque isso implica em alguém ir para a minha casa e ficar a disposição da empresa para esperar a instalação dos trilhos e das cortinas.
Ok. Depois de muita negociação, a gente marca:
- Dona Kátia, pode ser às 16h?
- Quatro da tarde? Pode, pode sim. Vou pedir para meus filhos ficarem em casa nesse horário ou dou um jeito de ir até lá para esperar a instalação. Quanto tempo leva para colocar os trilhos e as cortinas?
- Ah, uma hora no máximo!
Pensei: uma hora... Ta ok! Uma hora dá para esperar ou combinar no trablaho para eu ir até lá e acompanhar a instalação.
- Ok, marcado.
- Ok. Marcado.
Corta, edita... Às quatro da tarde do dia marcado, me descambo do trabalho para esperar os moços e finalmente instalar as cortinas. Para minha (não) surpresa, às 16h15, ligo para a empresa para saber onde está o mocinho da instalação:
- Alô, é da Nazareth tecidos?
- Sim...
- Aqui quem fala é a katia. Vocês ficaram de instalar umas cortinas aqui em casa agora às quatro da tarde e já são 16h15 e nada!
- Ah, dona katia, o moço já saiu para aí e já está chegando...
- Chegando? Quanto tempo? Tive que pedir para dar uma saída do meu trabalho para esperar esse moço da instalação. Ele está mesmo chegando? Sim, porque se demorar mais, não me adianta....
- Ta sim, dona katia. Pode esperar que ele já está quase na porta.
Corta, edita... 16h30. Ligo novamente.
- Olha, aqui é a katia, da instalação agora às 16h. Cad~e o moço?
- ele deve estar chegando. Saiu daqui tem uns quinze minutos...
- Quinze minutos! (gritei). Se ele saiu há 15 minutos, isso significa que ele já saiu daí atrasado. Sim, porque tinham me dito que a instalação seria às 16h!
- Pois é, dona katia, tem razção...
- Aí eu desabafei:
- Vem cá, qual é a dificuldade desse país em se cumprir o que se combina? Quando vocês me disseram 16h, eu aceitei o prazo e me descambei do trabalho, com um monte de coisa para fazer por lá, para estar aqui no horário combinado. Eu estou aqui. Por que vocês não estão? Qual a dificuldade em cumprir o acertado?
- Tem razão...
- Tenho mesmo e olha, suspende. Não posso mais esperar, a gente marca outro dia.
Desliguei. Desliguei com a certeza de que vou ter que enfrentar de novo essa novela. Porque ela não acaba no Brasil. Pensa que da próxima vez que marcarmos, eles chegarão no horário? Que nada! Da próxima vez, eu que me programe melhor para ou tirar a tarde de folga e ficar a disposição ou conseguir no trabalho um prazo mais longo que inclua o atraso regulamentar da prestação de serviços no Brasil.
O país está crescendo, a economia está bombando, o setor de serviços é um dos que mais crescem. Mas, a cultura brasileira ainda impede que tenhamos prestação de serviços de qualidade. Infelizmente, não se muda uma cultura da noite para o dia, precisa de tempo e vontade. Tempo até que a gente tem, vontade é que são elas. O eterno jeitinho brasileiro, que acredita que dá tempo para tudo, que os prazos são sempre relativos e que a paciência do consumidor é infinita, é o que mata!
Há dias estou querendo marcar com a empresa que pegou os ‘blecautes’ lá de casa para reformar e instalar. Tenho um complicador que é: nunca tem ninguém em casa em horário comercial, portanto, tem que ser num horário marcado e sem furos porque isso implica em alguém ir para a minha casa e ficar a disposição da empresa para esperar a instalação dos trilhos e das cortinas.
Ok. Depois de muita negociação, a gente marca:
- Dona Kátia, pode ser às 16h?
- Quatro da tarde? Pode, pode sim. Vou pedir para meus filhos ficarem em casa nesse horário ou dou um jeito de ir até lá para esperar a instalação. Quanto tempo leva para colocar os trilhos e as cortinas?
- Ah, uma hora no máximo!
Pensei: uma hora... Ta ok! Uma hora dá para esperar ou combinar no trablaho para eu ir até lá e acompanhar a instalação.
- Ok, marcado.
- Ok. Marcado.
Corta, edita... Às quatro da tarde do dia marcado, me descambo do trabalho para esperar os moços e finalmente instalar as cortinas. Para minha (não) surpresa, às 16h15, ligo para a empresa para saber onde está o mocinho da instalação:
- Alô, é da Nazareth tecidos?
- Sim...
- Aqui quem fala é a katia. Vocês ficaram de instalar umas cortinas aqui em casa agora às quatro da tarde e já são 16h15 e nada!
- Ah, dona katia, o moço já saiu para aí e já está chegando...
- Chegando? Quanto tempo? Tive que pedir para dar uma saída do meu trabalho para esperar esse moço da instalação. Ele está mesmo chegando? Sim, porque se demorar mais, não me adianta....
- Ta sim, dona katia. Pode esperar que ele já está quase na porta.
Corta, edita... 16h30. Ligo novamente.
- Olha, aqui é a katia, da instalação agora às 16h. Cad~e o moço?
- ele deve estar chegando. Saiu daqui tem uns quinze minutos...
- Quinze minutos! (gritei). Se ele saiu há 15 minutos, isso significa que ele já saiu daí atrasado. Sim, porque tinham me dito que a instalação seria às 16h!
- Pois é, dona katia, tem razção...
- Aí eu desabafei:
- Vem cá, qual é a dificuldade desse país em se cumprir o que se combina? Quando vocês me disseram 16h, eu aceitei o prazo e me descambei do trabalho, com um monte de coisa para fazer por lá, para estar aqui no horário combinado. Eu estou aqui. Por que vocês não estão? Qual a dificuldade em cumprir o acertado?
- Tem razão...
- Tenho mesmo e olha, suspende. Não posso mais esperar, a gente marca outro dia.
Desliguei. Desliguei com a certeza de que vou ter que enfrentar de novo essa novela. Porque ela não acaba no Brasil. Pensa que da próxima vez que marcarmos, eles chegarão no horário? Que nada! Da próxima vez, eu que me programe melhor para ou tirar a tarde de folga e ficar a disposição ou conseguir no trabalho um prazo mais longo que inclua o atraso regulamentar da prestação de serviços no Brasil.
O país está crescendo, a economia está bombando, o setor de serviços é um dos que mais crescem. Mas, a cultura brasileira ainda impede que tenhamos prestação de serviços de qualidade. Infelizmente, não se muda uma cultura da noite para o dia, precisa de tempo e vontade. Tempo até que a gente tem, vontade é que são elas. O eterno jeitinho brasileiro, que acredita que dá tempo para tudo, que os prazos são sempre relativos e que a paciência do consumidor é infinita, é o que mata!
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