Por katia maia
#memórias_de_uma_mãe_de_adolescentes
Responda rápido: quanto tempo tem? Se a resposta vier de um adolescente, será difícil chegar a um consenso. É incrível a percepção que possuem do tempo. Uma hora tem-se todo tempo do mundo, em outra, o mundo está para acabar ainda hoje.
Vira e mexe ouço meus filhos falando sobre o que pretendem da vida. Claro que são planos mirabolantes, coisas que a fértil e criativa mente adolescente consegue produzir. O futuro que existe para eles é fantástico, cheio de realizações, com muita coisa boa e muito dinheiro. Óbvio, eu concordo. Se for para sonhar, que seja alto e com coisas muito boas.
Mas, é incrível a falta de paciência diária que possuem e fico imaginando como esperam alcançar e percorrer todo o percurso que eles tem pela frente até conquistar tudo que está em seus sonhos. Aliás, impaciência, acredito, é uma característica inerente ao adolescente. E mais: totalmente inerente ao jovem dos tempos modernos, que está acostumado com o mundo online.
Aliás, o mundo em tempo real só veio para prejudicar, e muito (na minha opinião) a chance que os adolescentes tinham de aproveitar os momentos na hora em que estão acontecendo. Tudo tem que ser para agora e online, porém, ficam tão preocupador em relatar o agora nas redes sociais que esquecem de viver cada instante.
Eles estão num shopping e postam no Facebook, no Twitter, entram no menssenger etc. Eles encontram alguém na loja e pronto, a foto já foi publicada, eles pensam em falar com um amigo e já entram no msn e mandam mensagem. E incrível é que o amigo está lá, do outro lado, conectado e pronto para responder. Não é demais?
Os jovens são, por natureza, mestres em achar que o aqui e agora é o que importa. Ainda mais nesses tempos em que o tempo real dita o andar da carruagem e a velocidade dos fatos. As redes sociais transformaram nossos jovens em pobres prisioneiros do ‘now’.
É assim o tempo todo. E, com isso, claro, a tão curta e imperceptível paciência dos adolescentes vira poeira. Ah, mas isso somente quando eles querem estar em outro lugar (o que acontece muito frequentemente quando estão com pais ou avós do lado) porque quando estão no ambiente deles, se divertindo, o tempo pode parar.
Quando estão com os amigos, o jogo vira e a paciência tem que ser nossa. Perdi a conta de quantas vezes fui pegá-los em shopping centers depois de uma sessão de cinema e a festas, marquei um horário, e na hora de buscar veio aquela frase:
- Posso ficar mais um pouco?
- Como assim, cara pálida? Eu estou aqui, saí de casa, o horário combinado foi esse e você quer ficar um pouco mais? Não! Claro que não!
Pronto, Virei a insensível, mãe que não colabora, que não entende... Pode? Não, não pode.
- Entra no carro agora, que eu estou com sono e já está na hora. Pronto, encerrei a discussão.
#memórias_de_uma_mãe_de_adolescentes
Responda rápido: quanto tempo tem? Se a resposta vier de um adolescente, será difícil chegar a um consenso. É incrível a percepção que possuem do tempo. Uma hora tem-se todo tempo do mundo, em outra, o mundo está para acabar ainda hoje.
Vira e mexe ouço meus filhos falando sobre o que pretendem da vida. Claro que são planos mirabolantes, coisas que a fértil e criativa mente adolescente consegue produzir. O futuro que existe para eles é fantástico, cheio de realizações, com muita coisa boa e muito dinheiro. Óbvio, eu concordo. Se for para sonhar, que seja alto e com coisas muito boas.
Mas, é incrível a falta de paciência diária que possuem e fico imaginando como esperam alcançar e percorrer todo o percurso que eles tem pela frente até conquistar tudo que está em seus sonhos. Aliás, impaciência, acredito, é uma característica inerente ao adolescente. E mais: totalmente inerente ao jovem dos tempos modernos, que está acostumado com o mundo online.
Aliás, o mundo em tempo real só veio para prejudicar, e muito (na minha opinião) a chance que os adolescentes tinham de aproveitar os momentos na hora em que estão acontecendo. Tudo tem que ser para agora e online, porém, ficam tão preocupador em relatar o agora nas redes sociais que esquecem de viver cada instante.
Eles estão num shopping e postam no Facebook, no Twitter, entram no menssenger etc. Eles encontram alguém na loja e pronto, a foto já foi publicada, eles pensam em falar com um amigo e já entram no msn e mandam mensagem. E incrível é que o amigo está lá, do outro lado, conectado e pronto para responder. Não é demais?
Os jovens são, por natureza, mestres em achar que o aqui e agora é o que importa. Ainda mais nesses tempos em que o tempo real dita o andar da carruagem e a velocidade dos fatos. As redes sociais transformaram nossos jovens em pobres prisioneiros do ‘now’.
É assim o tempo todo. E, com isso, claro, a tão curta e imperceptível paciência dos adolescentes vira poeira. Ah, mas isso somente quando eles querem estar em outro lugar (o que acontece muito frequentemente quando estão com pais ou avós do lado) porque quando estão no ambiente deles, se divertindo, o tempo pode parar.
Quando estão com os amigos, o jogo vira e a paciência tem que ser nossa. Perdi a conta de quantas vezes fui pegá-los em shopping centers depois de uma sessão de cinema e a festas, marquei um horário, e na hora de buscar veio aquela frase:
- Posso ficar mais um pouco?
- Como assim, cara pálida? Eu estou aqui, saí de casa, o horário combinado foi esse e você quer ficar um pouco mais? Não! Claro que não!
Pronto, Virei a insensível, mãe que não colabora, que não entende... Pode? Não, não pode.
- Entra no carro agora, que eu estou com sono e já está na hora. Pronto, encerrei a discussão.
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