quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Minha casa, minha dívida

por Katia Maia

Então é assim que funciona: você tem um imóvel. Ele não é grande (dois quartos). Básico, sem suítes e sem DCE. Decide vende-lo para comprar um maior. Isso é bom (imagino). A gente tem mesmo que evoluir, crescer, andar pra frente. Ok. Pula, edita. Vamos para o próximo passo.

Então, depois de seis meses com o meu apartamento no mercado, consegui a proeza de vende-lo. Ótimo. Agora, tenho que achar um para morar.
Olha só, a sorte está do meu lado. Consegui o imóvel para comprar e terei apenas que fazer um aporte de 70 mil reais para compra-lo.

Comecei a correr atrás das opções. A primeira delas: o meu FGTS. Tenho quase esse mesmo valor retido. Ótimo, ficará uma coisa pela outra, certo? Não, claro que não. No Brasil, você só descobre que não tem direito quando você precisa do que é seu de direito.

Eis que, ao tentar liberar meu Fundo de Garantia, descobri que o valor do imóvel que vou comprar ultrapassa o limite estipulado pelo governo. Dessa forma, mesmo tendo 70 mil reais MEUS retidos terei que pegar um empréstimo. Um financiamento imobiliário por meio de algum banco.

Contrariada, e muito, fui a procura das opções e em todas elas descobri que, para completar o valor do meu imóvel, terei que me endividar por pelo menos dez anos com uma prestação que começa a partir de 1,2 mil reais!!!!

É isso mesmo? É!

Não posso usar meu dinheiro do Fundo de Garantia porque o governo decidiu que estou fora da faixa para tal. Estou me desfazendo de minha casa, para comprar uma pouco melhor e tenho que me endividar por dez anos com uma prestação de 1,2 mil reais?

Realmente, não sei onde está a lógica. Bom, talvez o recado do governo seja: endivide-se! Até porque isso não é tudo, ainda terei que pagar quase 20 mil reais de ITBI, porque assim foi determinado.

Realmente, a sorte está do meu lado, mas o governo não!

domingo, 7 de setembro de 2014

Fui de bike!

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por katia maia








Nesse 7 de setembro, aproveitei para viver a Capital Federal de forma despojada, sem estresse e de bem com a vida. Eu que sofro no trânsito de Brasília e invariavelmente me sinto destroçada com a quantidade de carros nas ruas, resolvi passear pelas ciclovias da cidade.

Ciclovia do sudoeste
No meio do caminho havia um Ipê!
Já as tinha experimentado no Eixo Monumental, utilizando as bikes laranjinhas do Itaú. Mas, na ocasião, por falta de estação aqui perto de casa, fui de carro e peguei uma no Memorial JK. Hoje, não, hoje eu sai de casa de bike e peguei a ciclovia do sudoeste, que corre paralela à avenida do Parque da Cidade.

Adorei a experiência. encontrei, até, no meio do caminho, um lindo ipê amarelo, desses que enfeitam a nossa cidade depois da primeira chuva. Só me frustrei quando percebi que a ciclovia acaba na quadra 100 e não tem mais conexão com nada. Tive que acessar o eixo Monumental pelas ruas, juntamente com os carro. Mas, de boa, o transito estava tranquilo.
Ela:a bike!

No Eixo monumental, tudo foi mais fácil. A ciclovia vai até a torre de TV e essa está em bom estado e o caminho é lindo. Não fosse a (ainda) falta de noção de muita gente que insiste em caminhar nas ciclovias, tendo a calçada ao lado.

Em relação a isso, eu realmente não entendo, por que a s pessoas optam pela ciclovia para caminhar, quando ao lado tem uma calcada. Vai entender. Famílias inteiras caminhando pelas ciclovias!

No meio do caminho havia um mal educado
Mas, isso é até contornável. O que não deu para passar batido foi a falta de noção do motorista do Renault Clio Vermelho que estacionou o carro bem na saída da ciclovia. Falta de consciência e sentimento coletivo. Infelizmente, ainda temos que conviver com esses cidadãos “antas” que pensam que o espaço público é deles e que o restante não importa.

Fonte da Torre e o céu azul de Bsb
Bom, tirando os “sem noção” caminho, pude vivenciar uma
Brasília agitada, cheia de pessoas nas ruas, indo e vindo do desfile da Esplanada dos Ministérios, saindo do estádio Mané Garrincha, onde Brasil ganhava da Argentina, no futsal, além de tantas outras que apenas passeavam pela Torre de TV, tiravam fotos na fonte da Torre e levavam as crianças para correr, brincar e ser feliz na capital do país.


p.s. Como a bike é dobrável (adquirida no Circuito Pedalar do BB), no fim do passeio, me encontrei com meu filhote e um amigo que haviam ido ao Estádio assistir ao jogo defutsal, dobrei a bike, chamei um taxi e voltamos os três para casa. simples assim.

Dobradinha no porta malas do taxi





Caminhos que levam à Torre de TV
Flores da Torre de TV

Para refrescar
Ipê da Torre de TV

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Tudo é tudo e nada é nada!

por katia maia

Então, Dilma candidata se deu bem ou não na entrevista dada nesta segunda-feira ao Jornal Nacional da TV Globo?
A resposta é: depende.
"De quê?", você pergunta.
Depende de que lado você está. Essa é a resposta.


Para os admiradores e seguidores de Dilma e do PT, a presidenta se saiu muito bem e conseguiu "engabelar" os apresentadores da poderosa TV Globo.
Para os contrários à presidente, a entrevista apertou Dilma e a presidente não conseguiu explicar por que se cerca de pessoas desonestas, faz trocas de seis por meia dúzia nos cargos de seu governo atendendo aos partidos e, mais: é omissa quando o PT exalta e defende pessoas condenadas por corrupção.

Dilma não se mostrou confortável, embora estivesse sendo entrevistada no conforto de sua casa no Palácio da Alvorada. Ela não sorriu e em alguns momentos fez cara de pouquíssimos amigos. Pensei até que ela iria pular na jugular do Bonner. Em dado momento, pediu para terminar seu raciocínio.

O Bonner foi meio grosseiro e fez perguntas muito longas.
Já a Patrícia Poeta mau falou. Mas, teve um ponto positivo para Dilma: apesar de seu descontentamento, em nenhum momento a presidente chamou a Poeta de "minha filha", como costuma fazer quando é entrevistada e é desagradada.


No final, ela até ensaiou um "não vamos desistir do Brasil" com um "precisamos acreditar no Brasil"
A verdade é que política é isso mesmo: uma discussão sanguínea de posições defendidas por quem é contra ou a favor desse ou daquele candidato.

Os interesses variam, as convicções idem.

Resta saber o que esperar de um país que tem pela frente o desafio de eleger um presidente entre candidatos carimbados. E de novo? Nada!

Cést tout la même chose!

p.s. E essa roupa azul? Tá certo que o vermelho do PT já está demais, mas, podia ser um verde (esperança) talvez. Sei lá!

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Eleitores Nem Nem. E agora?


**Antes de mais nada: à família fica a dor profunda da perda trágica de um pai, filho, marido. Essa é uma dor que não tem fim. Por isso à eles reúno e envio os melhores sentimentos de força e luz. 

por katia maia
A triste tragédia do candidato Eduardo Campos só nos mostra que nada é certeza de nada. Um político que certamente tinha muito futuro pela frente. Quem, na sua mais criativa imaginação, preveria uma roteiro como esse?

Um candidato novo, que despontava como opção para tantos já cansados da velha política de oposição de direita e para os sem ânimo de votar na manutenção do governo que aí está.

Muitos eleitores de Eduardo Campos tinham, no fundo, a consciência de que muito certamente seu voto não seria suficiente para levá-lo ao segundo turno, quiçá à presidência.  As pesquisas mostravam que as intenções de voto em Eduardo Campos ainda estavam bem distantes das direcionadas aos dois outros principais candidatos. Mas, e daí? Voto tem que ser dado independentemente das chances de vitória ou não. É preciso acreditar. Era preciso acreditar...

Eduardo Campos aparecia no cenário político dessas eleições como uma opção para aqueles que já não aguentam mais o governo Dilma - e todo o PT que ela carrega – e a oposição sem representatividade nenhuma do PSDB de Aécio Neves que nada de novo traz para o Brasil.

E agora? Como ficam os brasileiros que iam apostar no “um pouco mais novo e renovador”? Ontem, ao ver a entrevista no Jornal Nacional, eu comentei com meus filhos: olha o meu candidato. Hoje, quando falamos da tragédia, os dois me perguntaram: e agora? Vai voltar na Dilma ou no Aécio? Em nenhum dos dois. Eu disse. Mas, não sei o que fazer. Viramos os eleitores Nem Nem. Nem Dilma nem Aécio. 

E agora? Marina? Não sei se ela terá a força do novo e do diferente. A ver...


terça-feira, 12 de agosto de 2014

COISADAS PRA HOJE!

Hoje, o meu Dia a Dica vai para o meu novo espaço na rede, o blog coisadasprahoje.blogspot.com.
Ele será atualizado com dicas, impressões, visões, leituras... Tudo que se encaixe numa coisada, ali estará. Infelizmente, hoje, inauguro o espaço com a triste notícia do suicídio do ator Robin Williams.



quarta-feira, 30 de julho de 2014

Navegar é preciso...


Por katia maia

A partir de agora, sempre que eu puder, vou deixar por aqui uma dica de espaços na web por onde passei, aportei, pernoitei e gostei. Dicas de locais por onde, navegando, passei. O que escolhi para abrir essa nova janela no meu blog é o Conexão Paris. 


Uma dica repassada por um amigo e que resolvi dar uma passadinha. O que seria somente uma parada rápida para um cafezinho, tornou-se uma parada obrigatória para conhecer, viver, relembrar, aprender e amar ainda mais Paris. Aliás, sou adepta incondicional da filosofia de vida: Não me leve a mal, me leve a paris!
Voilá!


quarta-feira, 9 de julho de 2014

A história é essa, não tem como mudar.


Por katia maia

#Tristeza  Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
Foi difícil? Foi! Foi humilhante? Foi! Foi o fim do mundo? Não! Na hora até parecia que tínhamos entrado num túnel dos absurdos e que vivíamos o momento marmota (do filme o Feitiço do Tempo), com os gols se repetindo indefinidamente. A vontade de desligar a TV, numa tentativa de fazer parar tudo aquilo foi enorme. Mas, realidade é assim, né? A gente não muda de canal. Ela está ali e pronto: enfrente-a ou...



Piadas na internet: Fred foi o grande "Mico"
O “ou” não existia. Fiquei triste? Claro! Lógico que eu queria o Brasil na Final. Afinal, a Copa das Copas, no Brasil, com o Brasil campeão, seria a felicidade das felicidades. Mas, não foi! No fundo, a gente sabia que seria complicado, mas humilhante, jamais. Não entendo de esquemas táticos, escolhas, movimentação em campo etc. Mas, como torcedora, entendo que a coisa estava meio esquisita e só piorou.

Mas, quer saber, a gente no fundo imaginava que a falta do Neymar e do Thiago Silva, fosse realmente virar dentro do time uma onda de “sangue no olho” e determinação e a seleção fosse brilhar como nunca. Algo como milagre, talvez. A gente é um povo muito católico e já que Deus é brasileiro... De repente a coisa ia.

Imprensa internacional também atônita
Bom, não foi! E agora, nada de análises e teorias da conspiração. Agora, o que nos resta é fazer como o David Luiz – que para mim, foi o mais sensato, mais realista e mais correto em suas declarações – assumir o erro. Ele foi grande, ele foi “o cara”, que jogou até o fim, mesmo com o fatídico placar e a morte súbita aos 20 e poucos minutos. O resto, é piada de internet. Mas... é vida que segue.

#DavidLuiz, para mim, foi "O cara"na partida e depois dela
Ao meu filho - que vi ficar imensamente triste, que verdadeiramente sofre com o futebol e que acreditava que dessa vez a coisa ia – e a todos os torcedores que hoje estão com aquela sensação murcha de “o sonho acabou”, só me resta dizer duas coisas: daqui a quatro anos tem outra Copa  (não no Brasil, eu sei e reconheço que ganhar em casa não teria preço) e mais: vivenciamos um fato histórico. Teremos, no mínimo, história para contar para as gerações futuras. Poderemos dizer que, infelizmente, assistimos ao jogo que enterrou de vez o maracanaço que foi repaginado e virou mineiraço (é com z ou com ç?). A história é essa, não tem como mudar.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

De noite, já saberemos.


Por katia maia

Desde pequena, quando tenho que enfrentar momentos tensos, nervosos, desafiadores em minha vida, eu faço uso de um recurso que me ajudava (e ajuda) a enfrentar a situação.

Como o tempo é algo inexorável, que não temos controle, quando tinha uma prova difícil pela frente e a prova era às 8h da manhã de uma quarta-feira, por exemplo, eu dizia para mim mesma: amanhã, às 14h já terá passado a prova e eu já saberei se fui bem ou mal. Aí, já Passou!

Bom, hoje é dia de brincar do depois. Acordei já com o discurso: de noite, já saberemos o resultado e, para o bem ou para o mal, já terá acontecido e nada mais poderá ser feito.

É uma tentativa, mas o embate Brasil e Colômbia, talvez passasse mais tranquilamente pelas nossas vidas de brasileiros apaixonados por futebol (ou não)  nessa Copa do Mundo, não fosse uma série de fatores que aditivaram o duelo e nos deixaram com o “frio na barriga” maior ainda.

Neymar? 
O último jogo, para mim, é o maior responsável de todos. Ficamos inseguros quando vimos a nossa dificuldade frente à seleção chilena e, mais, ficamos assustados com o destempero dos nossos jogadores. Enfrentar uma disputa de pênaltis já não foi nada bom, agora, fazer isso com choro, foi desesperador. Mas, ok, valeu, passamos, chegamos ao dia de hoje.




Ou James?
Não entendo de futebol, mas estou bem entranhada nessa Copa e não
perco um jogo. E, confesso, como brasileira, estou tensa.

Agora, venhamos e convenhamos, vamos ser um pouco racionais e analisar:  a gente tem que respirar fundo e perceber que se o Brasil jogar o que possui de futebol na veia, dá!

A Colômbia quer muito ganhar, claro! Isso a gente também. A Colômbia está com a seleção ajustada e afinada como há muito não se via, tem James Rodriguez, tem garra, vontade, disposição e, acima de tudo, o desafio de ganhar dos donos da casa, pentacampeões e favoritos. Há de se concordar que, para eles, a situação está mais tranquila porque se nada der certo, eles tem a vantagem de “poder perder”.

Já o Brasil, ah, a gente tem que partir pra cima e assumir que somos, sim, pentacampeões, que está no DNA do nosso futebol, o melhor do mundo, que o inconsciente coletivo está a nosso favor e que os meninos tem que simplesmente jogar como uma equipe, porque que há espaço para o talento de todo mundo no esquema “estamos junto nessa”.


Eu fico com Brasil!
Bom, resumo da ópera: eu acredito, mas, o frio na barriga não passa e tudo o que eu consigo pensar hoje é: quando eu for dormir, já saberei o que aconteceu e a vida segue.

terça-feira, 1 de julho de 2014

E agora, o que faço eu da vida sem você, Copa do Mundo?


por katia maia

E agora, o que faço eu da vida sem você, Copa do Mundo? Junho se foi e agora estamos entrando nos “finalmentes” do campeonato e aí eu me pergunto: como vão ficar as nossas vidas sem os jogos diários? Sem as transmissões, a torcida, os gringos nas ruas, a muvuca? A copa veio com tudo e preencheu os nossos dias. Desde 12 de junho me vejo enfiada num tal de ver partidas, comentar lances, discutir jogadas... Eu, logo eu, que mal e porcamente assisto a um campeonato brasileiro!

Então, como é que fica? Ninguém ainda me deu uma resposta convincente. Já estou com banzo (antecipado)  dos dias de amanhã e quinta que não teremos nenhum joguinho para ver. Por favor, Sportv, Band, até TV Globo, com o Galvão chato Bueno, façam alguma coisa. Reprisem algum jogo, abram rodas de discussão,  um “vale a pena ver de novo” que seja, mas não nos deixem 48 horas sem jogos. Não agora. Não estamos preparados para isso (ainda).

Me declaro a mais nova “addicted” ao futebol. E aí? E a crise de privação que virá? A Abstinência? Quem vai suprir minha necessidade de torcer, passar o dia pendurada na tela da TV, torcendo para Argelinos, Costa Riquenhos, Camaroneses etc? E o meu sofrimento com os sufocos da seleção brasileira? O mata mata, então, Vixi!!!

Essa história de sediar a Copa do Mundo, não foi uma boa. Definitivamente, não foi! Vamos sofrer as consequências como um cão sem dono. Seremos abandonados cheios de boas lembranças, de alegrias, de muita torcida e de muita integração com outras culturas, costumes, torcidas, gritos de guerra, emoções mil! 

E os nossos Hermanos latino americanos, eles vão voltar para suas casas e nos abandonar? Também eles vão nos deixar? Ó tristeza sem fim. Faça com que essa copa não acabe nunca. Ate porque, depois vem eleições... E aí, ó!

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Histórias para contar paras os filhos, netos, bisnetos... Selfie!

Equipes entrando para o hino

Por katia maia

Então, pela primeira vez assisti a um jogo de Copa do Mundo dentro do estádio, dentro do meu país. Há quase dois meses esperei por esse momento. Foi a parte que me coube nesse latifúndio: o confronto já desbotado entre Portugal e Gana. Apesar de toda falta de expectativa para a partida por parte dos analistas esportivos, para mim aquele seria "o jogo”.

Tentei, juro que tentei ver outros jogos in loco, mas não deu. E, admito, estou frustrada, mas não desanimada. A Copa me contagiou. Como todas as outras das quais consigo me lembrar ao longo da minha vida. Só que agora, é diferente: a Copa está aqui, no Brasil. 
Selfie básico antes e entrar

A primeira das minhas Copas, em 1970, não tenho a mínima lembrança, 74, idem. Mas, a de 1978 já foi vista e raciocinada por mim.

Desde então, toda Copa era uma festa. Aquelas em que o Brasil foi campeão, vixi, nem se fala! A de 1982 ficou marcada (para mim) como a mais triste das Copas. A seleção canarinho, a equipe certa para ganhar o título e... Decepção! No dia em que o Brasil saiu da Copa, em 82, lembro-me que fui para casa, me enfiei debaixo das cobertas, chorei e dormi. Acreditava que seria um pesadelo. Era, mas não dormindo.

Selfie com filho dentro do Estádio
Bem, o tempo passa. Corta, edita, estamos em 2014 e a Copa, agora é aqui! Dessa forma, assistir a uma partida de Copa do mundo é um espetáculo! Fiquei feliz e emocionada por estar ali, com meus dois filhos. De certa forma, eu sabia que estávamos fazendo e vivendo histórias para contar para os filhos.

As duas equipes: Portugal e Gana, realmente não eram as mais empolgantes para mim. Mas, uma delas tinha simplesmente “ O Melhor do Mundo”: Cristiano Ronaldo! Me preparei para esse momento com ele. Coloquei a máquina fotográfica no carro, comprei pilhas. Queria ver o melhor do melhor do mundo com uma lente potente, bem de perto e gravar a imagem dele no meu cartão de memória.
selfie com filho dentro dentro do Estádio


Chegar ao estádio não foi muito tranquilo. O trânsito estava impossível. Engarrafamento para todo lado na região central de Brasília, próximo ao estádio. Bom, eu sabia que não seria fácil e, claro, burrice minha ter ido de ca
rro. Com todo o esquema de transporte para o Estádio, deveria ter ficado num estacionamento no Parque da Cidade e pegado o ônibus da Fifa. Minha culpa, admito.

Vencida etapa trânsito, chegar ao Estádio foi moleza. Uma caminhada básica, fila quase nenhuma, detectores funcionando sem problemas. Menos de quinze minutos, estávamos lá dentro. Prontos para a partida e, claro, para registrar tudo. Então, pega binóculo, pega celular e pega a máquina fotográfica. Cadê a máquina? Quem trouxe a máquina?
me and my selfie

Foi aí que percebi que, na correria, o equipamento ficou no carro. Tristeza, vazio, decepção. Não terei o melhor do mundo nos meus registros. Pena! Mas, olhei em minha volta, vi torcedores protugueses, ganeses (é assim que fala?). Energia boa rolando. Povo gritando, torcendo. 

A bola começou a rolar. Eu estava ali, vendo duas seleções defendendo seus países e mesmo com chances remotas, Portugal, ainda tentava. Veio a "hola", vieram os gritos de Protugal! Gana! A emoção foi esquentando e percebi realmente que estava numa Copa do Mundo. E sabe o que mais? O que importa não ter o CR7 em close nos meus registros fotográficos?  Aquilo ali era muito maior do que um frame. Era
história para contar para os filhos: meninos eu fui! No meu caso – como meus filhos estavam lá comigo : para contar para os netos, bisnetos e quem mais vier. Valeu!

Calo-me...(da série #resgates)

*A partir de hj, sempre que eu resgatar algum texto meu escrito e não publicado, vou postar aqui. O que é escrito é para ser publicado....