A resposta já vinha pronta na ponta da língua:
- Não quero sair de Brasília. Vou criar meus filhos aqui porque é mais seguro e tranqüilo.
Fazia anos que ouvia isso e fazia (também0 anos que passara a repetir tal ‘mantra’. Sim, porque isso era quase um ‘mantra’ para quem chegava á capital do país e se deparava com um local absolutamente ‘suis generis’. Nada no país – ousava dizer que:’no mundo’ comparava-se àquele lugar.
Aprendera a gostar de Brasília. Quando chegara, ainda criança, acostumara-se a brincar debaixo dos pilotis dos prédios. ‘Pulava elástico’, descia nos gramados em cima de papelões, simulando ‘escorregas’, jogava ‘betz’ (é assim que se escreve?) e freqüentemente ia para a quadra central da ‘quadra’ onde morava para jogar vôlei. Era tudo muito tranqüilo e sua mãe raramente se preocupava com o paradeiro das crianças. Tinha sempre a sensação que estavam por perto e seguras, assim como todas as outras crianças daquele lugar encantado chamado Brasília.
Mas, nessa quarta-feira, do mês de março, do ano 2011, percebeu o que já observava e sentia há muito tempo: A terra encantada já não era mais feita de locais seguros e agradáveis.
A ficha caiu quando assistiu ao telejornal nacional logo pela manhã e percebeu que as noticias que saíam de Brasília não eram mais prioritariamente sobre política ou economia. A capital agora dominava a ‘rede’ com reportagens policiais com caso do empresário Nenê Constantino, dono da gol, mãe que entrega filho e amigos á polícia porque o adolescente estava roubando e usando drogas e a morte misteriosa de um engenheiro vítima de uma pedra que caiu de uma ponte sobre seu carro.
- Céus, cadê aquela capital pacata e longe da realidade cruel e massacrante dos grandes centros? Perguntara-se.
De repente, Brasília virou uma ‘cidade grande’. De repente, engarrafamentos. De repente “assaltos”. De repente tudo e nada!
Ficou triste. Ainda sonhava com Brasília como aquela cidade “boa para criar os filhos’, lembrara-se de sua mãe repetindo o mantra que adotara para si, mas que (aos poucos) sucumbia à pressão da realidade.
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Aquela Brasília, realmente ficou pra trás!
ResponderExcluirE eu tb amava jogar BETE!!!!
KKKK
E vc é novinha. Pense na BRasília que conheci qdo cheguei por aqui em 1978!
ResponderExcluirbjbjbjb
///~..~\\\
Pense na Brasília que cheguei aqui em 1964! Atravessava-se a W3 Sul (uma via de duas mãos) aos domingos de ponta a onta sem se cruzar com uma carro. Tb assim era quase uma roça (rs).
ResponderExcluirComo dizem vocês pense na Brasília de 1960! O máximo para quem chegava do Rio e encontrava toda a liberdade do mundo.
ResponderExcluirÉ...
ResponderExcluirSó depende de nós fazer com que o futuro de Brasilia volte ao passado.
Toda cidade que cresce tem que ter esses problemas?
O que faremos?
Acho difícil voltar atrás. Acho que podemos ser, no mínimo, um pouco mais gentis. quanto a violência externa, fica difícil prever. A segurança deve ser garantia do Estado.
ResponderExcluir///~..~\\\