por katia maia
Então, agora a coisa tá explícita: o embate está posto e não
resta dúvida de que sairá nocauteado: o
povo brasileiro. Uma disputa baixa, onde a moeda de negociação é um crime pelo
outro.
- Você livra o meu, que eu livro o seu e está tudo certo.
Não deu certo. Ou melhor: certo para quem cara pálida? Está tudo errado! A gente está assistindo o
que há de mais espúrio e baixo em matéria de política. O sujeito que se pôs na
presidência da câmara dos deputados é um escroque, que nos dicionários, está
claro: “aquele que se apodera de bens alheios por meios ardilosos e
fraudulentos”, perfeito, não?
Na sequencia de chutes, murros, armlock etc desferidos já se pode imaginar que o
mais comum será o “golpe baixo”, sem nenhum respeito às regras. Tipo “chute no
saco” mesmo.
Desde ontem, às 18h e pouco quando CUnha anunciou que
aceitara o pedido de impeachment, até agora,já vimos algumas doses de
degustação do que cada round trará.
Ontem mesmo, a presidente Dilma falou à nação. E já começou
se trocando com o adversário, como se dizia lá no nordeste quando eu era menina
pequena. Em suas palavras, ela alfinetou o rato e disse: “ possuo conta no
exterior, nem ocultei do conhecimento público a existência de bens pessoais.
Nunca coagi ou tentei coagir instituições ou pessoas, na busca de satisfazer
meus interesses”.
Na minha modesta opinião, não deveria.
Ratos são ratos e eles
estão acostumados com esgoto. Não estou aqui defendendo a presidente (nem de
longe. Até porque não curto nem compartilho deste governo). Mas...
Presidente é presidente, eleita democraticamente (como ela
mesma falou) e o que está em jogo é o mandato que ela recebeu pelas mãos do
povo. Então, deveria portar-se como tal e não como pessoa ofendida. Deixa ele falar. Os ratos não devem ser
ouvidos, mas eliminados. E isso vale para todos os ratos dentro e fora do
governo.
Mas, claro, alfinetou, o outro (que não tem escrúpulo
nenhum) já veio à público para rebater: “presidente mentiu quando disse que
nunca fez barganha...” . E aí começou: ontem mesmo, um deputado do PT, a mando
da Dilma, me procurou BLA... BLA...
BLA...
Nesse disse que me disse, fica essa sensação de não ter para
onde correr. Porque, também, convenhamos, a linha sucessória de um impeachment
da Dilma é brincadeira: Temer, Cunha, Renan... Parece formação de
quadrilha. Peguem a pipoca, o refri e sintonizem porque já estou até ouvindo o locutor do UFC, Bruce Buffer, anunciando o desfecho: It's timeeeeeeeeeeeeeeeeeee!!!!