por katia maia
O que dizer dessa campanha eleitoral que se encerra no domingo? Àminha cabeça só vem uma frase: ainda bem que terminou! Eu já não agüentava mais esse festival de acusações e disse me disse de parte a parte.
A minha opinião, na boa, é que a gente ficou com o pior que havia de opção. Não digo nem em relação aos nove candidatos que se candidataram nessas eleições, porque nesse departamento, aqueles cacarecos são realmente deprezíveis e não valem nem menção.
Falo é de melhores opções pelo país. Acho que o povo brasileiro merecia ter a opção de escolher entre algo melhor do que uma candidata que saiu da cartola e da cachola do Lula e um candidato que tem a cara do ultrapassado.
Não quero com isso dizer que um significa avanço e outro retrocesso. Não, não é isso. Quero dizer que para mim, um pelo outro é trocar seis por meia dúzia. São duas faces da mesma moeda. São dois produtos ruins que, independentemente de quem ganhar, não vai levar o país para mais nem para menos. Vão simplesmente continuar tocando o que já está consolidado.
Na boa, não há como voltar atrás e essas (para mim) é uma das muitas mentiras e ameaças que se levantaram nessa campanha. O Brasil hoje é outro e essa história de que pode retroceder é conversa para boi dormir. Não há como. Vivemos momentos absolutamente distintos da década de 80, 90 e até do início do ano 2000.
Se o Brasil é hoje o que é, isso tem a ver com um processo. Uma série de fatos que foram ocorrendo e que nos levaram a ser um país um pouco menos injusto e um pouco mais reconhecido no cenário internacional.
Isso tem a ver (até) com presidentes notadamente ruins como o próprio Collor que, quer queira quer não, foi quem promoveu a abertura da nossa economia e isso tem seu peso na trajetória do país até os dias de hoje.
E poraí vai: Sarneys, Itamars, FHCs e o próprio Lula. Todos com o seu ‘dark side’, nenhum totalmente bonzinho ou mauzinho.
Mas olha, dessa vez, me sinto numa sinuca de bico. Até tentei, no primeiro turno, dar uma ‘aditivada’ na Marina Silva que, eu sabia e vinte milhões de eleitoras também, não se elegeria. Mas, queríamos mostrar que não concordávamos com a eleição plebiscitária que se formava.
Marina veio e com pouquíssimo tempo na mídia mostrou que há uma parcela grande da população que diz não para um e para o outro candidato que nos deixaram como (falta) de opção nesse segundo turno.
Não acredito em nenhum dos dois. Mas, infelizmente (ou felizmente) sou o tipo de pessoa que não aceita que decidam por ela e, confesso, não conseguirei anular meu voto nesse 31 de outubro.
Portanto, na condição de branco ou nulo, no domingo irei até a Zona Eleitoral número 14, na Escola Classe 102, Na Asa Norte, em Brasília, vou me posicionar e sob protesto optar por uma das duas pífias opções que me restaram.
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