quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Radiotaxi Mãetorista

por katia maia

memórias_de_uma_mãe_de_adolescentes

Quantas vezes ouvi minha mãe reclamar que ficara a noite acordada porque eu estava na rua, na noite, curtindo a balada. Naquela época eu não entendia. Achava exagero e rebatia que era tudo coisa da cabeça dela. Minha mãe frequentemente rebatia com um ditado:

- Trás de ti virá quem me vingará!

Eu confesso que na época, não entendia. Mas ela fazia questão de explicar:

- Simples, não desejo a você nada mais do que filhos idênticos à você.

- Como assim? Eu pensava e ficava imaginando que seria (até) legal ter filhos iguais a mim.

Qual o quê! Hoje entendo que minha mãe sofria com meu jeito, digamos, apaixonado por rua. Hoje eu entendo (também) que praga de mãe funciona!

Tenho filhos que adoram festa. A sorte é que ainda dependem de mim para ir e vir aos lugares - e gosto disso. Mas, sofro, ah, se sofro, nas madrugadas esperando a hora de buscá-los. Se tem uma coisa que é certeza, batata mesmo, na vida de uma mãe é o fato de que, depois que eles nascem perdemos definitivamente o controle sobre o nosso sono.

Essa é uma verdade para qualquer fase da vida de nossos filhotes e eu nem preciso explicar muito. Lembro-me deles pequeninos, bebês. O meu mais novo, então, foi uma coisa! Ele simplesmente trocava o dia pela noite. Cheguei até a ser personagem de uma matéria que falava dos horários nada convencionais dos bebês.

Na época, ele tinha três meses e eu só me lembro da minha cara na reportagem de mãe alucinada que não dormia nunca e desabafava para a repórter:

- Eu não durmo nunca! Quando o dia amanhece, ele (que passou a noite acordado) parece falar para o irmão (que dormiu a noite toda): pronto, fica com a minha mãe que agora eu vou dormir. E assim, eles se revezavam!

Bom, agora não se revezam mais. Agora, eles tem outro acordo: um vai para uma festa num ponto da cidade e o outro para o lado oposto. Para quem conhece Brasília, é mais ou menos assim: um vai para o final do Lago Sul e o outro para a ponta do Lago Norte. E eu...

Bom, eu tenho uma nova profissão: ‘mãetorista’. Levo um num canto, o outro no outro e vou para casa esperar a hora desse radiotaxi que vos escreve pegá-los em suas devidas festas.

Já assisti a muito filme no Telecine durante as madrugadas. Outro dia, vi o Vôo United 93, que trata do atentado de 11 de setembro. Na seqüência, passou um filme com o Dustin Hoffman e a Emma Tompson (Tinha que ser Você) e estava começando um filme nacional (De pernas para o ar), quando o meu celular anunciou que era hora de buscá-los.

Sim, porque coloco o despertador para me avisar exatamente o horário de sair de casa, vai que eu caio no sono e aí como fica?

Aliás, tenho uma regra com os meninos: na hora em que eu ligar, quero que atendam o celular para saberem que eu estou indo buscá-los. Se não atenderem já sabem que perdem pontos e o direito de ficar até mais tarde na próxima festa.

Aviso sempre que por volta da uma da manhã vou ligar e quero que esteja atentos ao celular porque não pretendo esperar na porta da festa até a hora em que decidirem dar o ar da graça.

Bom, tem funcionado. Até porque eles não querem voltar mais cedo na festa seguinte. Vamos ver até quando eu consigo controlar o horário deles.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Que travesseiro?

por katia maia

#memórias_de_uma_mãe_de_adolescentes

Imagine só a cena: dois rapazes entram em casa e começam o ritual de ‘desprendimento’ das vestimentas que utilizam. É quase um balé bufão. Primeiro, os sapatos, que ficam logo no hall de entrada da casa.


Depois, as meias, em seguida, a camisa – que fica em cima do sofá - e muitas vezes a bermuda que consegue avançar pela casa e chegar até o chão do quarto. Isso mesmo: o chão! Porque é complicado pegar uma camisa e colocar pelo menos em cima da cadeira.

Quantas vezes eles entrarem em casa, a cena se repete. Coisas de adolescentes? Sim, coisas de adolescentes. A percepção que eles tem de arrumação é um aspecto a parte dessa fase da vida. Talvez estejam com o olhar e o pensamento em questões essenciais para a existência de cada um nesse planeta.

Não conseguimos saber exatamente em quê estão pensando, mas percebemos que tudo é altamente fundamental para o aqui e agora. Tudo é para ontem e para o sempre. O imediatismo das coisas é impressionante quando estão avaliando a eternidade, e, a tranqüilidade é básica quando refletem e concluem que tudo vai durar para sempre e terão todo o futuro do mundo para se preocupar quando chegar a hora.

Entenderam? Nem eu! Difícil imaginar por onde andam os pensamentos desses seres espetaculares chamados adolescentes. Muitas vezes me surpreendo com um comentário absolutamente pertinente e maduro, do tipo “Mãe, a vida não é só trabalho. Você precisa aproveitar mais e se preocupar menos”, ou, com outro absolutamente infantil (dito e repetido inúmeras vezes, quando tive que viajar a trabalho ou dar plantão) como: “mãe, você prefere seu trabalho a ficar com os filhos”. Pode?

Não pode, mas é assim! É isso que faz o turbilhão de pensamentos que habita a mente adolescente. Acho que é por isso que a bagunça que promovem passa ao largo de tantas questões fundamentais para a existência deles na terra.

Outro dia (voltando à arrumação da casa) vi o meu caçula sair da sala, chegar até a cama (no quarto) e no trajeto naturalmente passar por cima do travesseiro que estava no chão junto a cama. Não agüentei:

- Por que você não pegou o travesseiro? Perguntei.

- Que travesseiro? Ele rebateu.

- Olhe para o chão, eu disse.

- Ah, não tinha visto. Disse ele, com a mesma naturalidade que usou para passar por cima do dito sem perceber. É incrível! Mas é assim.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Pronto, fiquei nervosa!

por Katia Maia

#Memórias_de_uma_mãe_de_adolescentes

Quem nunca ouviu a expressão: Mãe, relaxa! Eu, pelo menos escuto isso diariamente, inúmeras vezes, sem parar. É algo espontâneo e natural quando se convive com adolescentes. A frase simplesmente sai no momento em que você menos espera e nem se percebe nervosa. No momento em que o diálogo está apenas começando.

Aí eu me pergunto: sou eu? O erro está em mim? Estou realmente nervosa o tempo todo, todo dia? Tá certo que eu não sou uma das pessoas mais calmas do mundo. A rotina diária de corre daqui para lá, de lá para cá. Pega menino, leva na escola, corre para o supermercado, passa no banco e pára para abastecer o carro, me estressa naturalmente. Mas, o tal do ‘Relaxa, mãe!’, distribuído sem nenhum critério é uma injustiça comigo e que (confesso) me irrita! (rs)

Fiz o teste para tentar entender o que se passa na hora em que eles me mandam ficar calma. Sim, porque a frase: calma, mãe! É também um hit de sucesso.

A última vez em que ouvi uma dessas duas expressões típicas do mundo adolescente aconteceu quando os meus dois filhotes adolescentes começaram a ‘gentilmente’ se provocar. Algo totalmente inusitado no universo 'aborrecente'. chego a ter a certeza de que 'provocar-se' é quase uma necessidade deles - mas isso é assunto para outro post.

Pois bem, tudo aconteceu dentro do carro, num dia de semana, num transito daqueles de hora do almoço, com o sol a pino e o rádio ligado nas alturas numa das estações que eles gostam e que alternam freneticamente para encontrar a música predileta.

#Para entender: a gente tem uma regra justamente para tentar evitar conflitos dentro do carro. Como os dois gostam de ir na frente e ambos querem definir a estação e a música que deve tocar no rádio, fizemos um acordo: quem preferir ir na frente cede ao outro, que vai no banco de trás, o direito de escolher a estação e a música. ‘OK’? Nem tanto.

A regra sistematicamente vai por água abaixo porque o que está atrás pede para o 'DJ' da frente passar por todas as estações da moda (Jovem Pan, Mix, Transamérica etc) para que ele possa escolher a que mais lhe agrada. E aí, eu nem preciso descrever e explicar que a coisa termina em briga.

então, antes que chegue a esse estágio, eu falo calmamente (ainda):

- Parem vocês dois! Num tom amigável.

E aí, quase que automaticamente, eu ouço:

- Mãe, relaxa!

- Mas eu não estou nervosa! Retruco.

E eles:

- Mas calma assim mesmo!

- Como assim, cara pálida! Não estou nervosa, mas posso ficar. Aliás, já estou começando a ficar com esse seu relaxa! Falei já um tom acima.

- Viu? Viu como você está nervosa? Disse um deles.

- Pronto, fiquei nervosa! Não quero ouvir nenhuma palavra mais! Respondi já gritando.

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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Momento Mastercard

por Katia Maia


#Memórias_de_uma_mãe_de_adolescentes

Adolescentes são egoístas, certo? Não, nem tanto, nem sempre. Acho que tudo depende, tudo é relativo, como diria um professor de... Física... (talvez) que eu tive? Não sei.

Bom, a verdade é que conviver diariamente com adolescentes é uma viagem sempre surpreendente. Claro que temos os famigerados hormônios que sempre atrapalham qualquer possibilidade de mantermos uma conversa razoável quando esses se manifestam no corpo em ebulição dos nossos queridos filhos genuinamente aborrecentes.

Mas, olha, não me canso de me surpreender com o lado bom da vida. Outro dia, estava eu triste, "me sentindo Tristinha! Mais sem graça. Que a top-model magrela. Na passarela. Eu tava só. Sozinha!" como driria Zeca Baleiro em sua canção Telegrama. Me sentia a última das últimas...

Sabe aqueles dias em que você pensa: #caráiVéi, nada vai dar certo? Tipo de momento de nossa existência em que achamos que o mundo conspira contra a gente e que dificilmente acreditamos no velho e bom incentivo de que tudo vai dar certo!

Pois foi num dia como esses, num momento desses, que eu encontrei nos meus filhos adolescentes palavras de incentivo e de apoio. Quando eles me viram bem deprimidinha, triste e chorona, começaram a me animar.

- Liga não, mãe. O que você prefere? Ser essa pessoa que trabalha e dá conta da vida, que paga as suas contas sozinha, trabalha num emprego legal, não depende da ajuda de ninguém para fazer a sua reforma no nosso apê e se organiza para que tudo dê certo; ou prefere ser alguém que não consegue se bancar, depende do dinheiro dos pais para pagar as contas e não dá um passo sozinho? Perguntou-me o mais velho.

O caçula emendou:

- É mãe, o que você prefere? Você já viajou para caramba, já foi para a Europa, a gente foi junto, depois viajamos para os Estados Unidos, você já foi para a Argentina, Chile e um monte de lugares legais. Você pedala, corre, já fez um monte de meia maratona, e tudo o mais. O que você prefere? Ficar se lamentando porque queria uma ajudinha daqui e outra dali não vai te levar a lugar nenhum. Você pode fazer acontecer! Arrematou.

Nesse momento, eu parei para pensar e comecei a senti um pouco mais feliz. Feliz por perceber tudo aquilo que eles estavam me dizendo (certo), mas mais feliz por ver que o que a gente passa para os filhos é o exemplo. E eles estavam me admirando pelo que eu sou e pelo o que eu construo no meu dia a dia, procurando dar conta de tudo da melhor forma possível.

Tá certo que um 'colinho' não faz mal a ninguém e que tem momentos em que a gente quer que alguém segure na nossa mão e diga, vai lá, descansa. Deixa que eu cuido de tudo.

Mas, olha, ter visto que meus filhos naquele momento estavam sendo maduros o suficiente para me dizer e mostrar o que vale a pena na vida, não tem preço. É puro momento mastercard.

Claro que há horas em que eu me desentendo (feio) com meus filhotes aborrecentes. A gente briga e grita (e isso acontece muito na difícil tarefa de criar adolescentes, creiam-me), mas o valor e os conceitos é que formam o caráter de nossos filhos. E eles não são bobos: sabem disso.

Quanto a rebeldia... Ah, a rebeldia faz parte do pacote.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Não fui eu que mudei de lado!

Só me resta rir desse movimento que divulga e escreve sobre as Marchas contra a Corrupção e as denomina como movimento de mauricinhos e patricinhas sem foco e sem conteúdo!!!!

Como assim, basicamente? Explique melhor, porque não estou entendendo. O movimento perde valor porque leva às ruas jovens que estudam em escolas particulares e que tem acesso a condições melhores de vida? Como assim? Basicamente?

Agora, é preciso ser desempregado, sem terra, sem teto e sem alguma coisa para protestar? Pois bem, participei das Marcha contra a Corrupção neste feriado e me acho perfeitamente habilitada a falar e me indignar com essa M... toda “que já vem malhada antes de eu nascer”, como diria o poeta Cazuza.

A questão aqui, caso ainda não tenham percebido os ‘bonitos’ que falam da falta de foco do movimento, é que todo e qualquer brasileiro que paga suas contas, paga os impostos (altíssimos), rala diariamente para dar conta desse absurdo que é a nossa carga tributária e, fundamental, É HONESTO, tem todo o direito de ir para frente das casas legislativas e protestar contra essa corja.


Meus filhos foram.
Eu me deito toda noite e só não durmo tranquilamente porque o alto custo de ser classe média nesse país me perturba. Mas, no quesito ‘sono dos justos’, eu posso me declarar tranqüila. Não roubei, não desviei dinheiro público, sequer comprei produtos piratas – embora muitas vezes tenha ficado tentada devido aos altos preços dos originais. Mas, nesse caso, prefiro declinar.
Eu fui!
Existe uma propaganda que ‘rola’ no rádio e que acho bem apropriada. Ela fala sobre ser ÉTICO e diz: para ser ético basta dizer não participo, não compartilho não aceito. Pois bem, estou nessa e me considero uma pessoa – embora de classe média e com filhos estudando em escolas particulares – absolutamente apta a protestar e gritar na porta do Congresso Nacional frases como : Sarney safado, fora do senado. Ou, Ordem e progresso dentro do congresso!
Pizza gigante.
Portanto, não venham me dizer que somos patricinhas fora de foco. Eu, na juventude, fui às ruas e também protestei. Na época, eu estava lado a lado com um Partido dos Trabalhadores chamado PT. Coloquei estrelinha no peito e gritei que não concordava com a situação da época.

Pois bem, preciso esclarecer um detalhe: nessa história, não fui eu que mudei de LADO. Think about it!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Não vou de bike (infelizmente)

Eu, sinceramente, amaria ir para o trabalho de bike. #Amobike, mas isso é algo impossível pelo menos aqui em Bsb. O transito e os motoristas são muito irascíveis e o respeito ao ciclista beira o ódio.

Já fui atropelada andando de bike (há três anos) em plena manhã de sábado, numa via super larga e com pouco transito. Naquele dia, um gol prata, vindo sei lá de onde, me atingiu pelas costas e me jogou no asfalto como um ‘pacote flácido’, parodiando Chico Buarque.


Eu e meu filhote mais velho em um Pedal Noturno de 2009

Só não atrapalhei o transito porque era sábado e porque fiz o que todo mundo diz para não fazer em casos de acidentes: me levantei! Quando vi que estava consciente e que podia sentir todos os membros do meu corpo. Levantei-me e fui para a margem da avenida antes que algum carro me pegasse e o estrago fosse maior.

Bom, posso até dizer que ganhei na mega sena naqueles dia. Tive apenas uma vértebra fraturada e hoje sigo a vida normalmente, com alguma dor nas costas de vez em quando, mas nada que uma bela esticada numa bola de Pilates não resolva.

Eu e meus dois filhotes em uma trilha de mountain bike tm em 2009
Pois bem, desde aquele dia, fiquei temerosa do transito de Brasília. Eu frequentemente participava do #PedalnoturnoDF, um grupo que se permite pedalar pelas avenidas de Brasília todos os dias de semana, sempre a partir das 20h30.

O Pedal Noturno era uma terapia para mim. Tornou-se uma tortura. Parei um tempo de pedalar com o grupo e retornei há um ano, para me dar a chance de novamente desfrutar daquele hobby tão prazeroso.

Mas, para minha surpresa, no dia em que eu retornava – e ainda levava uma amiga para experimentar a aventura – o grupo foi desrespeitado por um motorista do Correio Braziliense e um dos ciclistas atingidos.

Percebi (então) que o motorista de Brasília não evolui nunca. Pelo contrário, ele está cada vez mais de mal com a vida, de mal com os ciclistas. Infelizmente, não me aventurei mais no Pedal Noturno (sinto falta) e não acredito em transito consciente até que se abram ciclovias descentes nas avenidas da cidade.

Aliás, só um comentário: o governador Agnelo pegar uma bike hoje para dizer que foi ao trabalho de bike e, para isso, montar uma estrutura de batedores, fechando o transito para ele... Tenha santa paciência: MICO TOTAL!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

A Reforma - the beginning

por katia maia

Hoje, começa a minha jornada pelo imprevisível mundo das reformas. Nunca estive a frente de qualquer coisa que se parecesse com uma reforma e me confesso assustada e apreensiva.


Por isso, me proponho a descarregar aqui no meu blog todas as minhas dúvidas e ansiedades em relação a tão polêmica reforma em casa.
levei os filhotes para conferir o primeiro dia de demolição

Começo pelo aspecto mais difícil e doloroso, no meu ponto de vista: os custos. Meu Deus é tudo muito, mas muito mesmo, caro! O que eu imaginava que seria uma coisinha simples, de repente (antes mesmo de começar) foi crescendo, crescendo, me absorvendo as finanças e quando eu percebi já estava completamente tomada por números e cifras.

Contratei um arquiteto para agilizar o processo. Sempre soube que a consultoria de um profissional ajuda (e muito) nessas horas. Bom, posso dizer que tem me sido bem útil ‘so far’...
Parede da sala/varanda que foi demolida

Bom, o arquiteto ao apresentar o projeto – que inicialmente era apenas para cozinha e quarto dos filhos, mas terminou sendo feito para todo o apartamento - isso aqui a gente faz a bom custo, aquilo ali é simples, aquilo lá é fácil.

Qual o quê! Nada é simples e barato quando se trata de derrubar paredes e mudar a cara de sua casa. Uma reforma, eu definiria, como um emaranhado de fios. Uma coisa puxa a outra e na hora de desenrolar, você termina enrascada num emaranhado de detalhes que nem imaginava que existisse.

Parede do quarto dos meninos para varanda em processo de demolição
È a pedra da pia, a iluminação da sala, a parede customizada, o piso flutuante, etc etc etc! Quase enlouquecendo, eu gritei:

- Pára tudo! Não vou dar conta. Precisamos rever esses orçamentos. Está tudo muito caro. Vou ter que eleger prioridades e não vou conseguir fazer tudo de uma só vez. Não adianta dizer que dá, quando na verdade não dá!

Meu arquiteto, Beto Carril, concordou. Ele percebeu que eu estava a beira de uma ataque de nervos e compreensivamente assentiu. Ficou acertado que farei o que é mais urgente.

- O restante, você faz mais para frente. Vamos por partes. Disse ele e eu, claro, concordei.

Uma pequena parte do entulho que começa a se formar
Vou abrir minha cozinha para a sala com um janelão para que ela possa ‘respirar’ dentro do minúsculo espaço designado para a gastronomia e aumentarei o quarto dos meus filhotes, aproveitando a varanda.
- OK? Então? Diminuímos custos assim? Perguntei ansiosa

Resposta: sim e não. O custo cai, obviamente, porque cortei um monte de coisa mas. Reforma é assim mesmo. Você entra e só depois que termina saberá em que condições conseguiu sair. Let’s see.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Não é nada, não é nada, mas já é alguma coisa...


por katia maia

Esse fim de semana, me surpreendi com o bate papo que ouvi entre dois frentistas no posto de combustíveis perto de minha casa. Eles falavam, sem perceber, da importância da educação na vida de uma pessoa.

Sem querer, me vi prestando atenção na conversa alheia (que coisa feia), mas era por uma boa causa. Ali, eu constatei que nem tudo está perdido e num país onde 54% das crianças com 8 anos de idade mal sabem ver as horas em relógios de ponteiros, não conseguem interpretar um texto, entender a pontuação e sequer perceber a ironia de pequenas histórias... Nem tudo está perdido.

Não ouvi a conversa toda, foi apenas um fragmento, mas pude perceber que um deles contava a história de um amigo que fez um teste para entrar em uma empresa, com nível técnico, e tinha sido admitido:

- Ele entrou com o curso técnico médio e logo melhorou de situação dentro da empresa.

- Sério? Retrucou o outro, interessado na história.

- É. Ele entrou, ficou um tempo e decidiu fazer uma faculdade. Se inscreveu no ProUni.

- Sério? Novamente retrucou.

- Sério! E quando ele entrou para a faculdade já melhorou de situação e sabe mais? Ele estudou e logo já tinha passado para uma função melhor. Ele melhorou tanto que o cara que fez o teste dele, e ficou parado no ensino médio, hoje é subordinado dele!

- Como assim? O cara que aplicou o teste para ele entrar na empresa agora está abaixo dele? Espantou-se o outro.

- É! Já pensou? Para você ver a diferença que um curso superior faz na vida de uma pessoa! Disse o contador da história.

Pronto, ouvi a conversa até esse ponto porque já havia pagado o abastecimento e era hora de partir. E, asseguro, parti um pouco mais feliz nessa tarde de domingo seca do Planalto Central.

Claro que não me iludo com programas como o ProUni. Sei que é um arremedo para colocar gente na faculdade, e mais, nessas instituições de ensino superior que sabe Deus a qualidade que possuem.

Mas, olha, confesso que fiquei feliz por ver dois frentistas conversando e reconhecendo o valor que a educação tem na vida das pessoas. Ali, talvez, estejam duas pessoas que vão correr atrás de mudar suas vidas por meio da educação. Porque, isso sim, para mim é uma verdade: só com educação a gente muda um país e se livra dessa corja de políticos que se aproveitam da ignorância do povo e roubam. Desviam, desfazem e desmancham a perspectiva de futuro de cada brasileiro que depende do estado para ter acesso à saúde, segurança e, claro, educação.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Pobre é uma M...

da série #comprascoletivas

Por Katia Maia

Não sei, mas estou com a estranha sensação de que o maravilhoso mundo das compras coletivas nada mais é do que uma maravilhosa forma de pegar o dinheiro de quem se empolga, age por impulso e em contrapartida tem acesso à mais impossível disponibilidade de datas e horários para resgatar a compra.

Eu explico.

Animei-me toda com essa vida de compras coletivas, mas, confesso que, num total de quase dez cupons comprados, apenas um me satisfez por completo no dia, hora e prestação de serviços conforme o acordado.

Foi quando comprei um tratamento completo para os pés. Um daqueles momentos em que a gente se permite parar para deixar que alguém cuide (mesmo que pagando) de nossos tão maltratados pés. Pelo menos os meus (coitadinhos) o são.

Raramente tenho tempo para eles e nesse dia, com o cupom em mãos, num horário de almoço, eu deixei o estomago de lado – já que ele é sempre o atendido naquela hora – e me dediquei aos ‘pobrezitos’ dos meus ‘pezitos’.

Foi a única vez que a compra coletiva deu 10% certo, porque depois, nas minhas aquisições seguintes, sempre houve um ‘porém’. A verdade é que, quando compramos o cupom, vemos escrito nele – válido até... E a data é algo fora do comum. Sempre são três quatro meses de prazo para utilizá-los.

Talvez, esse prazo tão longo já seja uma pegadinha...

Falo isso, porque, no meu entendimento e pela minha experiência de compra coletiva dois pensamentos vêem à mente na hora da compra: adiantar ou atrasar o uso do cupom.

Se adiantamos e queremos usa-lo o mais breve possível, nunca há disponibilidade para a data que desejamos. E aí vem a atendente e informa:

- Me desculpe senhora, mas é que a promoção começou agora e estamos com os horários todos lotados. Fim de semana, então, não há uma só vaga. Mas, temos horário às 10h ou às 16h no meio da semana.

- Como assim só temos horário no meio da manhã, no meio da tarde, no meio da semana?

A menos que eu esteja errada - e salvo a vida de uma pequeníssima parcela da população - das mulheres economicamente ativas, é impossível parar para fazer um curso de maquiagem rápida, ou se entregar a uma manhã num SPA no meio do dia, ou depilar-se, ou fazer aula de pilates no meio do dia e da semana!

Perdoem meus maus pensamentos e minha falta de humor, mas, para mim, tudo não passa de uma jogada para não atender quem comprou os cupons com (segundo eles) 70% a 80% de desconto.

Fica difícil acreditar que a indisponibilidade existe também para quem quer pagar a tarifa cheia. Pobre é uma M... Parece até Plano de Saúde, quando ligamos para marcar consulta e os horários são sempre para três, quatro meses adiante.

Acho que é assim mesmo que funciona: vendem cupons baratíssimos com descontos inimagináveis e alijam do processo os consumidores pobres que correram atrás da liquidação. Para esses, as condições são tão absurdas que é o famoso: é pegar ou largar! E, não reclama e não chateia! Você já está pagando barato e ainda quer escolher!

Se a opção for marcar o horário de atendimento no fim do prazo do cupom, a resposta também é semelhante a do início:

- Como a promoção acaba no fim deste mês, senhora, estamos com todos os horários lotados. Temos apenas as 10h30 de terça-feira ou às 16h45 da quarta-feira.
- Sim, mas ainda faltam onze dias para o mês acabar!

- Sinto muito senhora, é que todos correram para marcar no fim da promoção.

Ah, ok, então está explicado: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Não há saída a não ser perder o dinheiro.

Isso vale também para os restaurantes que vendem cupons coletivos. Quando você chega lá, o prato da promoção acabou!

- Como assim acabou (cara pálida)? Vocês não têm o controle de vendas de cupom?

- Temos, senhora, mas é que não esperávamos que viessem tantas pessoas da promoção no dia de hoje. Se a senhora quiser passar amanhã...

- Como assim passar amanhã (cara pálida, de novo)? Se eu paguei e no cupom diz, promoção válida até tal dia, eu agora preciso ficar indo e vindo para saber quando o prato está disponível? Vou ter que disputar a tapas?

Sei não, talvez eu não tenha dado sorte, mas para mim, a moral da história das compras coletivas é: nada é dado de bom grado. Os descontos só são possíveis por algumas razões e fazer caridade com o consumidor, certamente é a última delas.

Certamente, vender com 80% de descontos e dificultar o resgate do cupom é bastante apropriado para o comerciante. Assim, o lucro fica por conta daqueles que pagaram e não quiseram ou puderam resgatar. Saquei!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Se fosse uma cobra...

Da Série #aborrecências

Por katia maia

Fico realmente surpresa com a capacidade dos adolescentes em se desconectar do mundo real e viver num universo só deles. Já li a respeito, ouvi falar e me disseram que tudo tem a ver com o amadurecimento de uma tal massa cinzenta do cérebro. Algo que acontece (o amadurecimento) aos poucos e só se concretiza lá pelos 17, 18 anos.


Ok, tudo bem, aceito, mas...

Mas acontece que no dia a dia fica difícil imaginar tanta situação surreal que eles produzem. Falo isso, porque tenho dois adolescentes dentro de casa e diariamente sou surpreendida.

Um exemplo, par ficar mais claro.

Hoje, pela manhã, ao sair de casa, vejo o meu filhote mais novo (14 anos) anunciar da porta de casa:

- Eita, minha mochila! Esqueci lá dentro. E voltar para pegá-la.

Eu, já impaciente – porque eles nunca conseguem sair no horário com alguma folga para que eu possa dirigir tranqüilamente até a escola sem me preocupar com o tempo, transito etc – respondi: vou esperar no carro.

Imaginem a minha surpresa quando, alguns minutos depois (o tempo correndo e eu impaciente) ele volta e revela:

- Não achei a mochila.

- Você procurou na casa toda?

- Procurei.

- Tem certeza que você a trouxe da casa do seu pai, ontem a noite?

- Tenho! Quer dizer, eu achava que sim. Ela não está aqui no carro? Rebateu.

- Não, aqui no carro não estÁAAA! Falei já com a irritação na velocidade mil

E engatei...

- Vocês, vão me desculpar (e aí o sermão já virou coletivo), mas vocês pedem para a gente falar e reclamar. Esquecer a mochila, sabe Deus onde, é algo inconcebível. É de uma falta de responsabilidade tamanha!

Ele ouvia calado e só resmungava...

- Mas foi a primeira vez que esqueci a mochila toda.

Ah, bom, Agora tudo bem. A mochila toda foi a primeira vez. Normalmente é só um caderno, um livro, um uniforme etc.

A situação era tão absurda que eu nem tive forças para vociferar. Para mim, aquilo era algo do tipo “além da imaginação”, “universo paralelo” etc.

Mandei que ele ligasse para o pai e verificar se a mochila tinha ficado na casa dele. Ligou, o pai atendeu, procurou e nada! A mochila simplesmente foi abduzida, pode? Claro que não pode!

A verdade é que, não satisfeita, eu deixei os dois na escola e voltei em casa para procurar melhor. Bom, para procurar melhor é uma maneira de falar. E quando eu digo ‘maneira de falar’ é maneira meeeeesmo!

Assim que entrei em casa, olhei para o sofá (que fica de frente para a porta de entrada) e adivinhe o que estava lá, debaixo de uma almofada?

- Ela, a mochila!

Foi tão absurdo que me senti até fraca diante da falta de senso e de conexão do meu filhote. Sabe aquela história de “se fosse uma cobra, lhe morderia?”. Ainda bem que não era.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Minha máxima culpa!

por katia maia

Parei para pensar e conclui:


- É desleixo mesmo!

O meu blog tem andado bem esquecidinho na minha agenda diária de compromissos. A verdade é que a gente vai deixando passar um dia, outro e quando percebemos já faz uma semana que não dedico uma só linha para o meu espaço virtual tão querido e tão esquecido.

E vocês sabem, pior do que brigar, gritar, espernear, é a indiferença!

Portanto, meu querido blog, aqui estou eu de volta para tentar me redimir e retomar nossas conversas diárias.

Afinal, por que existir se eu nem ligo para ele? Tamanha injustiça essa minha. Mas, tento me explicar, ou pelo menos minimizar minha culpa perante o júri popular que me puxou a orelha e me deu o veredicto: ou mantém nossas conversas diárias ou será banida de vez do nosso universo!

A pena é alta, portanto, ‘por minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa’, eu declaro que me considero culpada, mas peço uma chance: talvez trabalho voluntário, ação social etc.

A verdade é que eu me deixei levar pela instantaneidade dos microblogs e a facilidade de opinar em pílulas sempre que senti necessidade. É a lei cdo menor esforço, reconheço. É para onde caminha a humanidade: segmentar cada vez mais e diminuir o esforço.

Entrar no twitter ou no facebook e opinar em 140 caracteres é fácil demais. E agora tem o hootsuite que faz o trabalho conjunto em ambas as redes sociais. Tudo de bom. Assim, logo cedo me conecto e derramo minhas considerações a medida em que leio os jornais e me lembro de coisas que me levam a ‘dar pitaco’.

Sim, viramos pitaqueiros de plantão. Mas, que mal há nisso? Há sim! Que tal de vez em quando reunir esses pitacos, organizar o pensamento e estruturar um texto? Se continuar nessa toada homeopática perderá a capacidade de organizar os pensamentos e, mais a frente, de escrever.

A instantaneidade está enlouquecendo nossas mentes. É melhor parar um pouco, dar um tempo para o cérebro e dizer para ele: tudo bem, pense! Eu estou ouvindo. Vamos trabalhar juntos e construir algo que tenha mais de 140 caracteres e valha a pena ser lido até o final.


quarta-feira, 27 de julho de 2011

Olhares sobre Nova York - Part #2

por katia maia

O que fazer numa cidade que tem tudo para fazer? Por onde começar? Eu diria que um bom começo é andar! Isso mesmo, caminhar pela cidade. Nova York, por si só, já é um espetáculo. Parece que estamos em pleno set de filmagens dos grandes filmes hollywoodianos. Para todo lado que se olha, vê-se um ângulo para uma foto. E se olhar para cima, então, nem se fala.

#NYC é um espetáculo de arranha céus que emolduram a Ilha de Manhattan e que nos impressionam por seus desenhos, tamanhos, formas e imponência. As ruas da cidade parecem estar prontas para que possamos rodar um filme. A minha vontade era ligar  o ‘play’ e sair registrando meus passos e dos meus meninos pela Big Apple. Quem sabe ainda não me aventuro num roteiro incidental na cidade que nunca para.
Flatiron Building

Mas, andanças a parte, temos que perder, ou ganhar, um bom tempo de nossa passagem pela metrópole num dos parques mais badalados do mundo: o Central Park. Nele, nos dispusemos a procurar uma sombra, para fugir do calor de 100º Fahrenheit, claro, ou os nossos conhecidos 36º Celsius, com uma sensação térmica de 41 graus, creia-me.

Fomos para uma área bem ampla, com um gramado belo, muitas pessoas deitadas, tomando sol, e outras, como eu e meu filhote mais novo, se escondendo nas sombras. Deitamo-nos na grama e ali passamos pelo menos 40 minutos deitados.

Pés no Central Park

Cochilei. Sim, cochilei ouvindo ao fundo uma música, meio pop, meio rap, que saía do som portátil levado por um grupo de amigos, com ar de latinos, que andavam de skate na pista logo atrás do gramado onde descansávamos.

Ânimos refeitos, continuamos nossas andanças por #NYC. Tudo feito por meio de metrô, claro. A passagem custa US 2,25 se você compra o cartão de metrô recarregável.

Andanças pelo Central Park

Começamos com vinte dólares, mas logo tivemos que ‘recharge it’, porque metrô é o meio de transporte mais eficiente numa cidade grande como NYC e em outras também. Pena que no Brasil a falta de interesse, vontade política ou seja lá o que for limita tanto o uso desse meio de transporte.

Enfim, do Central Park zarpamos para o Metropolitam Museum. Assunto para nossa próxima parada em Olhares sobre NYC.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Olhares sobre Nova York - Part #1

Ninguém passa por Nova York incólume. Eu não passei (nunca). Essa foi a terceira vez que fui à Big Apple e confesso que a sensação é sempre de descoberta, de estréia.


No Alto do ESB, com NYC aos pés

Nunca dominamos essa big Apple, principalmente mortais como eu que precisamos juntar uma grana, ruminar durante meses a viagem, planejar e sonhar com o que faremos na capital do mundo.

Sim, porque o tempo urge, e nunca vou a #NYC numa longa temporada. O meu prazo de validade na cidade que ‘never sleeps’ não permite e minha conta bancária menos ainda algo muito longo. Mas, enfim, de uma forma ou de outra, termino conseguindo ir e ‘always’ me maravilho com tudo.

Dessa vez, o toque especial da viagem foi levar meus dois filhos. Tenho essa política de viajar com eles para lugares que eu gostaria de ter conhecido ainda bem jovem. Já fomos (há três anos) para Paris e Londres, e dessa vez foi a hora de conhecer #NYC.

Filhotes e Felippo na 5th Avenue
Falem o que quiser, me critiquem o quanto acharem necessário e me digam que é preciso mostrar primeiro o Brasil, que aqui há lugares mais tranqüilos, mais bonitos, mais isso, mais aquilo e por aí vai... Ok, até concordo, mas contra-argumento: os ícones do planeta, eu faço questão de apresentar a eles e aí incluo as cidades que já visitamos e outras como Roma, Madri, Lisboa etc.

Defendo que eles terão a vida toda para se embrenhar em aventuras por cantinhos e lugares desabitados do país e do planeta. E eu, bom, eu já estou meio sem pique para aventuras profundas e eletrizantes. Sendo assim, insisto nos roteiros bem previsíveis.

Pois bem, ‘back to #NYC’, tivemos na grandessíssima metrópole a graça de contarmos com a hospedagem gentil e acolhedora de amigos. Aliás, esse é outro motivo para outro post e não vou me alongar por enquanto nesse tema, mas quero deixar claro que quem tem amigos vai longe, em todos os sentidos.

Well, a verdade é que rodamos, reviramos e nos fartamos da big Apple sempre acompanhados da presença do Filippo, filho da #fofa Giuliana Morrone, e que nos levou a tudo quanto é canto de #NYC pelos subways da vida.

Recontrução do WTC
Fomos aos lugares típicos do tipo, estátua da liberdade, Empire State Building (ESB) – que aliás achei caríssimo (U$ 22, para subir no mirante), 5th Avenue, Wall Streeet e, claro, o World Trade Center, que agora está sendo reerguido com o nome de World Financial Center. Como se a mudança de nome, mudasse a história do local.

Aqui, portanto, faço mais um parênteses: a reconstrução do WTC, para mim, me soou ‘mais do que emblemática’. É a cara dos norte-americanos. Estão erguendo um prédio no local das antigas torres gêmeas que “será infinitamente mais seguro do que as anteriores”, garantem e acreditam os nova-iorquinos. Será?

E cadê aquele papo todo de que seria feito no local (apenas) um memorial para as vítimas? Bom, o poderio e a força da grana falaram mais alto e a reconstrução está lá para quem quiser ver e testemunhar. Um processo que acontece e ritmo frenético – praticamente um andar é construído por dia!


Novo WTC, um andar por dia

Bom, o WTC é também um capítulo a parte. O Bairro Tribeca, que foi dizimado com a tragédia e viveu dias de fundo do poço no período pós atentado, está provando que os americanos ressurgem das cinzas qual Fênix.

O bairro hoje está valorizado e não há sinal da tragédia, não fossem a reconstrução do prédio, alguns lugares utilizados em memória dos mortos (há uma cruz feita com restos de estrutura de ferro das antigas torres gêmeas) e a presença dos turistas que vão até lá (eu me incluo) para ver o que restou.

Restou muito e agora está multiplicado. O bairro limpou a poeira e deu a volta por cima, hoje, com o empenho do ator Robert de Niro, que teve interesse pessoal em reerguer a área - já que ele tem imóveis e negócios na área – ajudou nesse projeto.

Depois do atentado de 11 de setembro, ele se empenhou pessoalmente em revitalizar o local. Robert de Niro é o principal curador do Festival internacional de Filmes do Tribeca, promove um festival de vinhos e ainda possui restaurantes e hotel na área. Por isso, não é raro encontrá-lo caminhando pelas ruas do bairro, garantiu Giuliana Morrone. Eu não tive essa sorte. Mas vou me esforçar na próxima ida à #NYC.

Bom, acho que falei tanto de Tribeca que vou deixar para derramar aqui minhas considerações nova-iorquinas em outros posts. Se vocês me agüentarem, claro.

 

terça-feira, 5 de julho de 2011

Fora da Rede, na vida real!

Por Katia Maia


2o. Fora da Rede
  Sabe aquelas roupas que você tem em casa, guardadinhas, novinhas e... bem esquecidinhas? Pois bem, elas saíram dos respectivos armários e ganharam novos ares. Esse foi o princípio que motivou vinte ‘brecholeiras’ – assim mesmo, derivadas do termo brechó – a se reunirem na 2ª edição do Fora da Rede. Um evento que inicia a uma nova tendência em Brasília: brechós online!

O nome tem muito a ver com a proposta do encontro. ‘Fora da Rede’ faz uma referencia à internet. Isso porque todas as meninas que participaram do evento nada mais são do que detentoras de brechós e bazares virtuais – no qual me incluo com o meu Troca Troca Brasília.
A venda de roupas pela internet no estilo bazar ou brechó ganhou força nos últimos tempos. Inúmeros são os espaços virtuais administrados por mulheres dos mais variados cantos do país e da capital federal. Aqui em Brasília o que era apenas domínio da web saiu da rede e tomou forma. O Fora da Rede traz para a vida real o que está disponível nos blogs.

“A idéia é transformar esses encontros em algo como um Bsb Mix e uma Feira da Lua”, anima-se Franciana Monteiro (http://www.bazardachica.blogspot.com/), idealizadora do evento. E não está longe disso. Só de conversar com quem participou e foi conferir as novidades do Fora da Rede, já deu para perceber que espaço existe para mais essa opção de feiras em Brasília.

“Adoro Brechós e quando soube do Fora da Rede vim correndo para conferir o que havia de novidade. Eu sempre estou de olho e cheguei cedo porque as melhores coisas saem logo”, afirmou Ana clara, funcionária pública. Ela ficou sabendo do Fora da Rede por meio de uma amiga que conhece uma das expositoras... E por aí vai.

Aliás, assim foi feita a divulgação do evento. Ainda não é uma Feira institucionalizada como a Da Lua, o Fora da Rede ainda mantém o viés boca a boca da propaganda. Com alguns anúncios na própria internet, em sites afins, o evento foi divulgado para os freqüentadores da web e contou com a propaganda entre amigas.

O encontro aconteceu no dia 02 de Julho, na 211 Norte, próximo ao Instituto de Beleza Visana, que foi parceiro.Aqui posso dar o meu depoimento e dizer (como principiante nessa aventura de feiras e brechós) que foi muito divertido. Mais do que uma feira, o que vi ali foram pessoas que, muito mais do que comércio, montaram seus brechós inicialmente como um hobby e que as vendas, e o comércio, são uma conseqüência boa, eu diria!

Agora, falo por mim. Entrei nessa onda por uma necessidade de fazer a energia circular e ajudar àquelas amigas que estão desesperadas com seus armários entupidos de roupas e sapatos que nunca saem para dar uma volta. Acredito na linhas do Consumo colaborativo em que em vez de comprar coisas novas, simplesmente trocamos ou adquirimos o que já foi produzido e que (de alguma forma) está esquecido no armário de outras.

O mundo pede esse tipo de atitude e é isso que acontece quando passamos adiante roupas e sapatos que se acabavam nos armários por falta de uso. “tenho tanta coisa em casa que comprei e está novinha. Vestidos que nunca usei e está com a etiqueta ainda”, disse Paula Silva, outra ‘cliente’ do Fora da Rede. Ela ficou sabendo do encontro por meio da internet. “Eu sempre visito os blogs de brechós e vi a divulgação em um deles”, disse.

Muitas freqüentadoras do evento chegaram a perguntar como poderiam fazer para colocar as roupas delas à venda. À todas, a resposta é simples: fotografem e criem um blog, ou, se achar que isso dá muito trabalho, peguem o contato das meninas do Fora da Rede e consultem para ver se é possível expor suas peças em seus respectivos sites.
Quem participou do Fora da Rede não se arrependeu “A idéia de reunir os brechós virtuais em um evento único além de favorecer na divulgação e nas vendas ainda possibilita que possamos nos conhecer, achei genial!”, declarou Carolina Alves, do Cantinho do desapego.


Nossa mais nova cliente: Bebel.
 E é essa a palavra: desapego. O Brechó tem por finalidade fazer a energia circular e nos descolarmos de roupas e objetos que não estão tendo uso em nossas vidas. Por isso, a idéia não é ‘passar a diante”. Os preços são uma conseqüência desse desapego e o Brechó oferece justamente peças boas, bonitas e a um custo bem mais em conta do que os das lojas.

“Consegui comprar coisas de marca boa com preço super em conta”, disse Cláudia Souza, que foi ao Fora da Rede na parte da tarde e ainda ficou feliz com o que encontrou. “Tem muita coisa fofa”, comemorou e completou: “acho que gastei uns cem reais hoje, mas estou levando para casa tanta coisa novinha”, alegrou-se.


Eu, minha sócia Penha e a #fofa Bebel.

Agende-se: o próximo fora da rede deverá acontecer
no dia 13 de agosto.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

FORA DA REDE - SEGUNDA EDIÇÃO

NESTE SÁBADO ACONTECE EM BRASILIA A FEIRA DE BRECHÓS ONLINE FORA DA REDE.

Um encontro de brechós virtuais para vender tudo o que só pode ser visto por meio dos blogs. Agora, você terá a oportunidade de conhecer pessoalmente as peças que estão nas páginas dos principais brechós virtuais da capital federal.


O encontro está em sua segunda edição e aserá realizado na 211 norte, ao lado do instituto de beleza Visana. Vinte ‘brecjholeiras’ participam dessa edição, na qual eu me incluo com o meu blog o TROCA TROCA BRASÍLIA

O ENCONTRO segue a linha do CONSUMO COLABORATIVO que prega o desapego. O que temos em nosso armário, parado, esquecido pode muito bem encontrar lugar no cantinho de outra pessoa. Assim, compramos o que já está no mercado e não incentivamos a produção desenfreada de nas peças.

Bom, quem se interessou, aí vai a dica:

SERVIÇO:

DATA: 02/07/11

Horário – 9h às 19h

Local – 211 norte (comercial) ao lado do Instituto Visana

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Café & Veneno: Comidinhas que provei

Café & Veneno: Comidinhas que provei: "por katia maia Inauguro aqui no Café & Veneno a série ‘Comidinhas’ . Na verdade, não há pretensão alguma nessa minha iniciativa. Não quero..."

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Fadiga Cultural na veia

O dia em que acordei cansada de toda essa "droga que já vem malhada antes de eu nascer".



Inevitável: a primeira coisa que me vem a cabeça é a música do Cazuza ‘Brasil’ porque não tem outra explicação para essa farra com o dinheiro publico que a gente ouve e vê diariamente, a todo o momento. Chega a ser insuportável. Todo dia tem uma coisa que, claro, não é nova, mas é recorrente.

É desvio de dinheiro para cá, armação para lá, falta de zelo com a coisa publica para todo o lado. Cansa! Chego a pensar que um dia a gente vai se acostumar e não vai dar mais ouvidos para toda essa lama. Aliás, ‘um dia’ que já está muito próximo.

Não devia, mas hoje eu acordei com preguiça dessa palhaçada toda. Ontem, ao assistir aos telejornais (e hoje pela manhã) fui me sentindo triste, enfraquecida, quase em letargia com o desmando e o sentimento de 'se dar bem' dos nossos homens públicos.

As notícias davam conta de armações, jogadas e decições que querem nos enfiar guela abaixo como se fossem normais. E, para mim, não é normal, por exemplo, querer esconder quanto se gasta de dinheiro público (meu, seu, nosso) em obras monstruosas como as que serão feitas para Olimpíadas e para a Copa.

A gente até diz: - todo mundo sabe que esses dois eventos mundiais aqui no Brasil vão ser a verdadeira ‘farra do boi’ com o dinheiro público. Vejam bem: a gente já estava (até)  incluindo no pacote o fato de que ‘roubar e superfaturar vão mesmo, de qualquer jeito’. Mas daí a aceitar que o roubo fique encoberto por um sigilo descarado e desrespeitoso.

Eu digo e repito: pago muito imposto e vejo pouco retorno - para o povo - porque para os políticos e governantes, esses estão sempre bem na foto. Haja vista o caso #PalocciGate que bastou a exoneração para a coisa esfriar. E ele continua com os R$ 20 milhões na conta e o sigilo das emrpesa para quem deu consultoria mantidos.

Aí vem o segundo sigilo do dia: os documentos ultrasecretos dos governos passados. Ah, bom, então é isso: a divulgação deles ameaça a segurança nacional? Sei... E o brasileiro é burro!

Bom, deve ser mesmo, porque não fazemos nada. Vem um ex-presidente que foi ‘impichado’ do cargo por corrupção, volta, vira senador e senta a bunda sobre os papéis em prol de uma bem maior. O bem dele, claro.

E o Sarney! O que esse cara tem de reputação para dizer que está pensando no bem nacional! Ele nunca fez isso. Sempre considerou a coisa pública como seu roçado. Tratou o  Senado FEderal como uma empresa sua onde pode contratar namorado de neta, nomear e desnomear a vontade por atos secretos (de novo o secreto). Bom está provado que ele não sabe administrar o secreto quando o interesse é do povo. Quando é o dele, está letrado.

É velha máxima: quem não deve, não teme.

E a Dilma, torturada, vítima da ditadura, agora compactua com isso! Não me venha com chorumelas! Aí tem e é coisa braba!

A verdade é que, como bem disse a minha amiga @MemeliaMoreira, ao tentar me consolar nesse dia de completa descrença: “esse cansaço que tu sentes já é estudado pela Psicologia. Há inclusive especialistas. Eles chamam de "fadiga cultural. Eu tenho.

Eu também Memélia e infelizmente milhares de brasileiros.



terça-feira, 24 de maio de 2011

Eu sei, mas eu preciso de provas!

Claro que eu sei perfeitamente a diferença que existe entre mim (e milhares de brasileiros, mortais contribuintes que mensalmente penam para ficar em dia com suas dívidas) e um ministro de estado como o da Casa Civil, Antonio Palocci.


Mas, particularmente um ponto me chamou a atenção nos últimos dias. É dito e sabido que Palocci está numa saia justa com o enriquecimento extraordinário de sua empresa no ultimo ano e, pior, com a fantástica quantia de R$ 10 milhões em apenas dois meses. Justamente no período este em que já estava na coordenação de transição entre os governos Lula e Dilma.

Antes de ir adiante, queria abrir um parêntese e deixar claro que tive admiração pelo Palocci. Achava-o (até) um cara centrado, bem intencionado e focado. Gostei da condução que ele deu á política econômica no inicio do governo Lula.

Na época, tive a oportunidade de assistir a algumas reuniões de coordenação que o Lula promovia com os ministros e o Palocci era sempre coerente com suas colocações. Eu achava ele super ‘ok’ (confesso).

Mas, claro, não deixei de me indignar com a história do Francenildo (o caseiro). É feio tropeçar nas próprias pernas. Mais feio ainda é insistir no erro e repetir.



Caso 01 - o caseiro Frnacenildo

Bom, mas agora, a história é outra. É o enriquecimento rápido que incomoda e que requer explicações. Como o Palocci comprou – por meio de sua empresa – um apartamento de R$ 7 milhões?

- Pois é ministro, como?

Isso é o que me faz diferente de Palocci. Primeiro porque não tenho essa quantia para comprar qualquer imóvel – mas isso todo mundo já sabe. Meu contracheque e minha declaração de Imposto de renda mostram isso perfeitamente.

O segundo ponto é o mais interessante: é que diferentemente do que está ocorrendo com o ministro, eu fui no passado, procurada pela Receita Federal para explicar como eu tinha comprado um apartamento que destoava da minha capacidade financeira.


Caso 02 - 20 milhões de reais!

Lá pelos idos da década de 90, eu comprei um imóvel de três quartos em Brasília, na Asa Norte, com 148 metros quadrados. Um sonho. Na época eu era casada. Na época meus pais e os pais do meu esposo fizeram um esforço concentrado, ajudaram o jovem casal que, por sua vez, raspou o tacho com 13º salário, FGTS, economias, férias e o que mais viesse. Mesmo assim, não inteirou dois anos para que o fisco batesse à nossa porta.

Queria sabe como eu (e meu digníssimo) tinha comprado aquele apartamento?

Pois é Receita Federal. Eu tive que rebolar para comprovar. Afinal, havia uma parte do dinheiro proveniente de doações paternas.

Na época, o mundo era menos digitalizado. Tive que correr atrás de extratos bancários para copmprovar que havia um dinheiro na conta do meu pai e do meu sogro, que havia saído da conta deles, que havia ido para a nossa (do casal) e que isso justificava a compra.

Foram necessários quase 10 meses para que os microfilmes dos extratos bancários fossem disponibilizados. Nesse período, o fiscal da Receita nos procurava freqüentemente. Em cada encontro, ele percebia que eu não era laranja, não desviava, não lavava, não enxaguava ou passava dinheiro. Mesmo assim, ele repetia:

- Eu sei, mas preciso de provas.



p.s. o processo (meu) só se encerrou quando consegui (finalmente) mapear o caminho do dinheiro – da conta do meu pai, para a minha conta, para a conta do proprietário do imóvel. Tudo documentado numa época em que o mundo não era tão online. Agora, por que o ministro não abre suas contas e revela de onde veio o dinheiro que o possibilitou comprar um imóvel de R$7 milhões?

É isso que me faz diferente do Palocci. Eu, pelo menos, estou tranquila e pobre (rs).



sexta-feira, 6 de maio de 2011

Cinto de inutilidades

Quem se lembra da música da Hanna Barbera que falava do cinto de inutilidades? Essa é para quem já está nesse planeta há um bom tempinho. Não é para os recentes. Apenas os iniciados se lembram (rs)


Pois bem, descobri a versão moderna dele. Chama-se IPhone. Ele traz o verdadeiro cinto de inutilidades. Basta dar uma passeada pela Appstore. É incrível!

Os eternos personagens Hanna Barbera não estão na AppStore
Há quase um mês finalmente adquirir o meu objeto do desejo chamado IPhone. Depois de longas incursões pelas lojas de telefonia celular, consegui uma que me desse atenção e, mais: portabilidade.

Troquei Vivo por Claro. Foi uma boa troca? Ainda não sei, mas a verdade é que a Claro me deu ouvidos e vantagens também. Sucumbi!

Bom, claro que fiquei tímida com meu novo brinquedinho. Inicialmente, queria apenas um celular mais moderno, com mais recursos e que me conectasse (mais ainda) ao mundo.

IPhone serve inclusive como telefone.
Descobri que o IPhone é tudo, inclusive celular. Com ele, algumas vezes cheguei a esquecer que carregava um mobile phone. Em diversas ocasiões me surpreendi quando ele tocou e vi que era alguém ligando para mim. Sim, porque esse aparelinho serve também como telefone.

Aos poucos descobri o mundo dos aplicativos - para isso, aquilo e aquilo mais. Foi quando entrei em ‘categories’ e vi um mundo de joguinhos, entretenimento, musica, redes sociais, viagem, esportes etc etc etc. Tudo free!

E foi aí que descobri o cinto de inutilidades, tamanha a oferta de coisas useless. Incrível:

Transforme seu IPhone em um mirror, divirata-se com a spycam, instale um alarme clock – detalhe, o aparelho tem alarme!

Transforme suas fotos, fique mais gordo, mude sua voz, converse com um gatinho que repete tudo o que você fala e ronrona quando você faz carinho no animalzinho!

Ah, instale uma lanterna no seu Iphone, obtenha visão noturna com ele, tenha um apito para cães e... e...e... Aff!

É tanta coisa que eu precisaria viver zilhoes de anos para compreender e utilizar tudo.

Isso é o lado besterol e de inutilidades. Claro que o Iphone a sua versão prática, fascinante e (agora, eu sei) indispensável.

Com ele, adquiri um GPS – eu sou a desorientada em pessoa -, passei a ter um detector de radares, o que meu bolso agradece de bom grado, e passei a monitorar e arquivar todos os meus treinos de corrida, com mapeamento dos percursos, pace (ritmo) e, mais, interagindo com outras pessoas de todo o mundo! Fantástico! (mesmo).

Resumo da opera: IPhone – agora, eu sei!


p.s. se você fizer uma 'search' na Appstore do su IPhone e digitar Hanna Barbera, não encontrará nenhuma referência aos desenohos que tanto animaram as crianças das décadas de 70 e 80. Uma pena! Encontrará sim|: hannah montana.

Calo-me...(da série #resgates)

*A partir de hj, sempre que eu resgatar algum texto meu escrito e não publicado, vou postar aqui. O que é escrito é para ser publicado....