por katia maia
O que dizer de algo que muito se espera, se anuncia para breve e demora a acontecer? A espera do brasiliense pela chuva, este ano, está ficando cômica para não dizer trágica. Há pelo menos cinco dias aguardamos ansiosamente pelos primeiros pingos de água. A coisa virou uma crônica de uma chuva anunciada.
Desde o início da semana, o tempo tomou ares diferentes, a paisagem ficou mais cinza e uma combinação de névoa (seca, claro), nuvens e fumaça criou sobre nossas cabeças o que mais se assemelha a uma estufa.
Olhamos para o céu e vemos o prenuncio de chuva. Sentimos que ela se avizinha e sabemos que virá cedo ou tarde (o que é pior). Os relatos já começaram a acontecer. Vieram com o vento que se fez forte nesta quarta-feira, e, noticiaram os ‘moços’ da mídia, atingiram 70km/hora.
- Eu vi hoje na TV que os ventos aconteceram em boa parte da cidade. Disse um companheiro de corrida. Estávamos no nosso treino do fim do dia e ele relatava momentos que viveu em um outro passado ao enfrentar ventanias fortes na capital do país.
- Eu soube que choveu em Riacho Fundo (o nome não podia ser mais apropriado). Escreveu outro - colega de profissão - em sua rede social na internet.
- Chuva vem me dizer, se eu fosse lá em cima derramar você... Cantarolou uma amiga próximo à minha mesa de trabalho.
A verdade é que a chuva já mandou sinais de que está a caminho. Alguns juram que já a viram e/ou sentiram e as imagens no telejornal local da noite já registraram a presença dela. Mas, confesso:
Para mim, ainda não aconteceu. Para mim, a chuva só será chuva mesmo quando cair ‘com força e com vontade’ no centro da capital, nas avenidas largas do Plano Piloto, e simultâneamente no entorno próximo, de forma homogênea para que todos possam confirmar sua presença. Caso contrário, para mim, será apenas alucinação de transeuntes do planalto central.
Parece história de pescador:
- lá onde eu moro caíram uns pingos.
- ah, pois na minha rua choveu mesmo!
Bom, hoje à tarde, senti uns respingos no parabrisa do meu carro, lá pelas 14h, numa entrequadra das quatrocentos, na Asa Norte. Olhei para cima animada, estacionei o carro, sai e... Nada. Acho que até eu já estou tendo alucinações com essa chuva que não vem.
Acho bom ela cehgar logo porque começo a me desesperar com o esperar. E pelo jeito, este ano, depois de mais de 125 dias de greve, a chuva não está aceitando negociação. Mandou dizer que só vem na hora em que achar melhor. A nós, resta a ansiedade, a impaciência e a resignação – tudo junto. Porque essa coisa de chuva é coisa de mandacaru quando ‘fulora’ na cerca.
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