por katia maia
Tenho que admitir: 2010 foi um ano bom!
Foi um ano com muito acontecimento, muitas decisões, coisas boas e coisas ruins. Mas, no saldo final, no balanço de perdas e danos, vejo que foi bom.
Minha vida tomou um rumo diferente. De repente me vi com tempo para curtir meus filhos e poder estar mais próximos deles. Isto é um presente que 2010 me deu e que eu jamais esquecerei.
De repente senti falta de uma ou outra coisa que acontecia em minha vida. Perdi um ou outro contato com esse ou aquele amigo, estive um pouco mais distante dessa ou daquela pessoa. A esses, peço desculpas e compreensão. Pois sei que sou assim mesmo, meio ‘relaxada’ com amizades, afetos e carinhos. Mas, isso não significa que eu não os sinta e não deseje estar próximo dos que amo. Me afastei, mas não me esqueci de ninguém.
Em 2010, talvez eu tenha começado a aprender a dar mais valor a mim mesma e a perceber que muita coisa pode ser do jeito que eu quero sem ter que ficar pedindo desculpas, implorando ou me sentindo culpada por não ter sido assim ou assado com os outros. Valorizei-me mais e vi que é possível.
Em 2010, vivi os trancos e barrancos da fantástica aventura de ser mãe de adolescentes. Vi meu filho mais velho criar barba, namorar, curtir shows, falar de um universo que tive que acompanhar de perto e que há muito tempo não fazia parte de minha vida. Mas, me esforcei e vou continuar investindo nessa maravilhosa relação, na dor e na delícia, de ter filhos adolescentes.
Em 2010, vivi a entrada do meu filhote caçula na adolescência e convivi com as mudanças de humor tão comuns nessa fase. Vi os hormônios dele explodirem em furia e incompreensão. Cheguei a declarar num rasgo de fúria, para os dois, que eles estavam ‘muito chatos’. Depois nos sentamos e conversamos, rimos e choramos juntos. Vivemos.
Em 2010, aprendi a viver com um pouco mais de folga financeira. Tive como me programar melhor e transferi para 2011 planos de viagens, estudos, projetos.
Em 2010, caí na rua! Descobri as corridas e me entreguei a elas. Superei meus limites. Dei conta da Meia Maratona Internacional do Rio, fiz várias corridas de 10km, completei a Volta da Pampulha e com ela encerrei meu calendário que, em 2011, com certeza virá aditivado.
Em 2010, por minha culpa, minha máxima culpa, esqueci um pouco dos meus amigos do pedal. Afastei-me de minha bike, que ali na varanda, me pede socorro. A ela, digo que em 2011 retomarei as trilhas, os pedais, as ciclo viagens.
Um pouco a pé, um pouco de bike, espero no próximo ano ter a sabedoria de dosar uma coisa e outra e novamente viver minha vida assim: sem glamour, sem nada de excepcional, mas feliz e com saúde porque vejo que esse é o ingrediente fundamental para que todos os sonhos se realizem. O resto, a gente arranja.
FELIZ 2011!