Tem coisas na vida que a gente sabe que é bom, mas tem a certeza depois que realiza. Ter participado da 14ª Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro foi uma experiência única.
No principio, acho, nem eu acreditava que seria possível. Eu que estava acostumada às minhas corridinhas de dez quilômetros apenas, de repente duplicar a distância – quer dizer: mais do que duplicar, porque há uma folga de um quilometro nessa conta -. Realmente era muita audácia!
É, mas eu sou turrona e marrenta e como eu mesma disse ao meu treinador: sou bem adestrada. É só me passar uma planilha de treinos, que eu faço dela a minha bíblia. E assim aconteceu.
Mas, estou aqui para falar da prova: mais de 19 mi corredores e um deles era eu. A prova é pura emoção. Desde o início quando chegamos lá e temos a devida noção do tamanho dela.
Acho que o que melhor exemplifica isso é a largada. Claro que não falo da largada da elite, mas dos mortais como eu. Quando ela é dada é simplesmente impossível a gente conseguir sair de cara correndo. Somos obrigados a caminhar por pelo menos 500 metros porque é tanta gente que a gente acompanha o fluxo.
Próximo ao primeiro quilômetro é que percebemos que estamos trotando e depois, aos poucos, cada um adquire o seu ritmo e a partir desse momento é por nossa conta.
O astral é algo digno de nota. Durante todo o percurso somos saudados por cariocas bem humorados e alegres que gritam palavras de incentivo e até gritam o nosso nome que está providencialmente escrito em nosso número de identificação.
A sensação que dá é que somos corredores conhecidos e o público está nos chamando pelo nome. Bom isso, não? É algo que dá um ânimo enorme e cada vez que alguém gritava meu nome (foram três vezes ao longo do percurso) o efeito era de terem turbinado meus tênis. (risos)
Além disso, tem ainda o visual. Correr pela orla do Rio não é castigo para ninguém, vamos combinar. É um deleite. Nos momentos em que eu me sentia cansada, procurava abstrair olhando para o mar, para aquela vista maravilhosa da cidade maravilhosa e sabe: dava certo!
A prova é muito bem organizada. Tem hidratação a cada três quilômetros praticamente e estamos o tempo todo acompanhados por uma imensidão de corredores. Ao longo de todo o percurso tem gente que corre mais rápido que a gente e tem aquele que a gente deixa para trás.
Claro, que nem tudo são flores. 21km e 97m é uma distância razoável e exige treinamento e disciplina. Durante o trajeto procurei administrar minha ansiedade e cansaço e só relaxei quando avistei a placa indicando o quilômetro vinte. Ali, eu tive certeza que conseguiria.
E assim aconteceu: com 2h26min eu consegui completar a prova e posso dizer que me senti uma vencedora porque ganhar para mim é isso: completar e atingir meus desafios.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
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