por katia maia
No início parecia pitoresco, engraçado, bufão! O horário eleitoral gratuito (confesso) chegou até a me divertir no seu início. Era engraçado ver o candidato tal dizendo que é o mais confiável, o outro garantindo que o salário mínimo será de R$ 2,5 mil e o outro prometendo algo inédito como educação, saúde e segurança.
Ah, ta! Então está combinado: o Brasil será outro a partir dessas eleições.
Bom. Encheu o saco e eu declaro que não tenho mais paciência alguma para esse monte de baboseira e blá... Blá... Blá que vemos na propaganda eleitoral gratuita. É um festival de figuras ‘nonsense’, sem qualificação alguma pedindo o meu voto!
Meu voto vale muito mais do que as promessas de todos juntos. E comunico e participo: não agüento mais. É muito tempo de rádio e TV para esse monte de nada.
E eu me refiro não apenas aos candidatos cacareco – aqueles que se aproveitam de sua situação pública (cantores de quinta, comediantes decadentes, jogadores de futebol ultrapassados) para se eleger – falo de todos: até dos presidenciáveis. Todos!
Hoje, em seu programa no rádio, Dilma finalmente revelou ao brasileiro: “a saúde pública ainda não atingiu o nível de qualidade que o povo brasileiro merece”. Jura?
- Ah, claro! Agora, sim, alguém teve a coragem de falar a verdade. Agora, temos consciência da situação precária do sistema publico de saúde. Obrigada, Dilma por me fazer enxergar a realidade.
Ora bolas, francamente. Não agüento mais isso tudo.
Ah, e o outro concorrente: o tucano!
Em seu programa, hoje cedo também, falou das estradas brasileiras. Disse que estão absolutamente precárias. Não diga?
Mas, o pior não foi isso. O mais interessante vem depois. Após falar das estradas brasileiras, o locutor do programa de rádio do Serra pergunta por que o tucano é o mais preparado para ser presidente e aí vem o texto:
- porque Serra foi ministro da saúde!
Claro, saúde... Estradas... Acidentes... Atendimentos na rede pública... Ah, bom, captei!
Na boa. Está cada vez mais difícil enfrentar o programa eleitoral gratuito. Mas, como eu sou brasileira, não desisto nunca. Vou insistir. Vou continuar ouvindo as propostas do Fulano sangue bom, lando lanches, Maggie não sei das quantas, Majos aviador, etc etc etc. Firme e forte até o fim porque meu ouvido não é penico mas eu sou teimosa.
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ResponderExcluirDizem que a gente muda o país na hora do voto. Mas eu discordo em parte. Acho que se nós, cidadãos, cobrassemos mais, fiscalizassemos de verdade nossos políticos, não permitindo as sacanagens que eles fazem, aí sim teríamos mudanças reais no nosso país.
Além do que, na hora de votar não podemos brincar. Votar em humorista em fim de carreira só por que conhece o cara é demais. Outros dizem que é "Voto de protesto". Na minha opinião, isso é uma besteira enorme. Temos que escolher bons candidatos na hora da eleição e protestar durante o mandato dos nossos escolhidos, caso eles "saiam da linha".
Eu concordo. Não dá para brincar na hora do voto. muitas vezes me acho uma boba quando digo que quero votar. mas, para mim é uma obrigação, um dever e acima de tudo um direito.
ResponderExcluirTenho que ter o direito de mudar. Infelizmente, a maioria da população faz do voto uma brincadeira.
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