quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

"DEL" neles!

por katia maia


De tudo que há no mundo virtual, o que ela mais gostava era da tecla ‘DEL’. Ferramenta útil e diria até necessária na vida de qualquer um independentemente do plano ser real ou digital.

Ficou olhando para as seis letras escritas naquele curto espaço de teclado - D-E-L-E-T-E - e com a determinação de quem quebra uma dieta e come um brigadeiro sem culpa, feliz da vida clicou ‘DEL’.

Estava apagando as mensagens arquivadas, acumuladas e guardadas em sua caixa de e-mail há séculos. Todos os passos de uma história que de real não tinha mais nada e que ela precisava limpar, fazer a faxina geral.

- Por que ainda mantinha aquelas malditas falas arquivadas? Indagou-se.

Agora, pensando bem, percebera que o mundo virtual permitia a ela fazer o que sempre tivera vontade de realizar na vida real: ‘apagar’ alguém de sua hitória e nunca mais ouvir falar dela. Pessoas próximas ou distantes, não importa. Tinha sempre uma ou outra que merecia o carimbo DEL!

Naquele momento, estava riscando do mapa (de sua vida) aquela pessoa especificamente. Não queria mais ser incomodada e todas as mensagens daquele ser estariam a partir daquele exato momento bloqueadas – outra ferramenta super útil. Bloquear alguém!

- Bloquear alguém! Falou em voz alta, com um ar de felicidade.

- Nada como bloquear alguém! Repetiu.

Quantas vezes sonhara criar uma barreira e se proteger do assédio de pessoas ‘non gratas’. Já praticava a atitude ‘bloqueadora’ - um pouco - na vida real. Bloqueara algumas pessoas em sua vida e a lembrança delas passara a uma remota fagulha num passado distante.

Quando decidia, deixava de atender os telefonemas, parava de perguntar pela pessoa aos amigos próximos e deixava de freqüentar espaços onde (tinha certeza) encontraria a tal ‘persona non grata’. Simples assim.

Mas, o mundo real é menos generoso do que o virtual quando se trata de bloqueios pessoais e há sempre a chance do cruzamento de vias, avenidas e caminhos. Por isso, amava o virtual.

A tecla DEL resolvia tudo e a partir daquele gesto simples e indolor, sem precisar explicar nada, apagava de vez a existência do outro: nada de e-mails, redes sociais, menssegers ou talks. Simplesmente o vazio, o vácuo, a ausência. Yes!

- Tchau boçal, talvez no Natal eu (não) pinte de novo. Cantou, adaptando a letra da Blitz.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Filhos: surpreendam-me, sempre!

Então, mostrou para os filhos a foto de uma espécie de ensaio que tinha feito para uma campanha incentivando o uso de camisinha. Nada demais, calma! Era apenas uma foto em que ela aparecia, ao lado de um amigo, segurando uma camisinha e na peça publicitária lia-se:

- Para curtir a folia com tranqüilidade, você precisa estar preparado.

As simple as that!

A peça não seria veiculada. Era apenas para mostrar ao cliente como ficaria. Se aprovada, modelos profissionais seriam contratados, claro. Mesmo assim, ela achou legal. Gostou do layout, achou que ficou bem bonitinho, clean e clássico. Resolveu, então, mostrar a peça para os filhos...

- Mãe, o que é isso? Perguntou o mais novo, com ar de espanto supremo e completou:

- O que você está fazendo nessa foto?

- Uai, filho. É uma campanha. Não ficou legal? Super engajada?

- Mas é para valer? Isso vai ser distribuído por aí, em todo canto? Indagou.

- Claro. Se não fosse para isso, por que eu o faria?

- Que mico, mãe!

- Mico por quê?

- Não, não posso acreditar que minha mãe fez isso! E tem mais, essa camisinha nem é boa, é pequena! Soltou.

Agora, o espanto foi dela.

Percebera, naquele instante, que seu bebê, de apenas 13 anos de idade, havia crescido. O tempo não pára.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

BRW - 4doze - 8,5 com louvor

por katia maia e Luciene Cruz

Neste domingo, acertamos na escolha. A nossa excursão gastronômica pelos restaurantes participantes do Brasilia Restaurant Week nos levou ao 4doze, um bistrô agradabilíssimo que fica na 412 sul .

Apesar do calor insuportável que fazia em Brasília naquela tarde de domingo, o local estava super arejado e uma brisa gostosa aliviava os males de uma tarde de verão. A minha inseparável amiga deste fim-de-semana Luciene Cruz (foto ao lado) me acompanhou na escolha e por unanimidade da dupla, decidimos que o Bistrô ‘gracinha’ 4Doze merece a nossa nota 8,5 (com louvor)

Claro que nos já estávamos escaldadas de escolhas erradas neste BRW. Receosas, consultamos o cardápio do almoço e partimos para a experimentação. A principio nos pareceu um ‘menu’ bem Ok.

Na entrada, Carpaccio de legumes marinado no azeite de pistache, cenoura, abobrinha e berinjela cortados em finas fatias. Eu achei ‘bem bom’ . A Luciene ‘passou’ a berinjela e a abobrinha, mas aprovou acenoura e o azeite de pistache e concordamos que a primeira parte foi ‘honesta’.

Entrada: saborosa e honesta

O prato principal sugerido pelo 4doze era um Risoto de carne seca com abóbora. Simples assim. Nada de molho disso, pitadas daquilo e leve fragrância daquilo outro. Simplesmente um Risoto de Carne seca e nessa simplicidade toda, nos ganhou. Estava realmente saboroso.

Risoto de Carne seca: as simple as that!

Ainda cogitamos se não era a fome que nos arrebatava de supetão num momento ímpar de nossas vidas em que o estomago fala mais alto do que os temperos, e toda comida nos parece saborosa independentemente de requinte, preparo oucombinação. Não, não era a fome. Esta mesmo saboroso.

Sobremesa: um casal maravilhoso, mas só se for separado

A sobremesa - Creme de manga coberto com coulis de morango – é que deixou um pouco a deseja. O tal do coulis de morango nada mais é do que uma espécie de geléia e, na boa, morango não combina com manga.


- São duas frutas cítricas e fcom sabor acentuado. Diagnosticou nossa experimentadora de plantão, Luciene Cruz.

E ela tinha razão. O coulis de morango estava gostoso sozinho e o creme de manga idem. Uma daquelas combinações que acontecem na vida e não adianta insistir. Os dois são ótimos, mas quando se juntam, não funcionam. Mais ou menos como alguns casamentos, noivados e namoros que existem por aí. Portanto, eu gostei mais do creme de manga isolado e a Lu aprovou o coulis de morango.

Contratempos e relacionamentos a parte, o resumo da ópera é: o 4doze passou no nosso controle de qualidade e merece 8,5 (com louvor).


Serviço
Nome: 4Doze Bistrô
Endereco: CLS 412 , Bloco C - Loja 3 - Asa Sul - BrasíliaTelefone: (61) 3345-4351

sábado, 22 de janeiro de 2011

BRW - L'Affaire nota 6,5 para o jantar.

Melhorou, mas ainda é pouco

por katia maia


O restaurante L'Affaire já foi testado por nossos degustadores de plantão do Brasilia Restaurant Week durante o jantar. E na avaliação de uma denossas 'provadoras' oficiais, Luciene Cruz, ele levou um nota 06, resultado da má impressão que o atendimento deixou em nossa 'apreciadora gastornomica' cotumaz uma péssima impressão.

Bom, parece que eles ainda não leram a nossa dica de bons modos com os clientes e repetiram a dose com o mais novo degustador BRW deste blog, jorge Menezes. Ele foi ao L'Affaire na sexta-feira, na hora do almoço e também sentiu um leve clima de 'rodizio de clientes'. Fato que ele achou "Compreensível e tolerável. Mas não precisa empurrar!", escreveu acertadamente.

Bom, caro leitor, se você estiver a fim de comer uma boa comida, a um bom preço num ambiente agradpavel e tiver a capacidade de abstrair o mau atendimento. o L'Affaire parece-me uma boa opção. Por isso, o restaurante mantem a nota 06, acrescido apenas de meio ponto. Já que tanto o Jorge quanto a Luciene Cruz falaram muito bem do prato principal.

Portanto, L'Affaire aqlcançoou agora 6,5. Saiba por que:


Tudo bem, mas não empurra!

por Jorge Menezes

Almocei com amigos no restaurante L'affaire, no Hotel Mercure, esta semana, aproveitando a promoção Restaurante Week. Gostei do ambiente, gostei da comida.

Claro que nem tudo é perfeito, achei o atendimento muito estressado em apressar tudo e deduzi que ele queria mais era rodízio de clientes. Compreensível e tolerável, o restaurante durante a promoção fatura na quantidade. Compreensível e tolerável, mas não precisa empurrar!

Na entrada, optei pelo tartare de palmito ao creme de tomate seco com folhas verdes ao dressing de mostarda e mel, descrita dessa forma o restaurante faz injustiça com as folhas verdes. Pelo destaque que o alface tem, a entrada deveria ser chamada de folhas verdes (alface) com tartare de palmito (tartarinho - se é pra fazer justiça mesmo).

Se a entrada não foi muito convincente, o prato principal mereceu nota máxima, um dos melhores linguados que já comi. Linguado raisin - filé de linguado ao molho de uva passa e cebolas caramelizadas, acompanhada de purê de batata com pedaços de banana. A combinação é meio exótica, mas a banana tava muito discreta, tímida mesmo, e a cebola caramelizada tava no ponto.

A sobremesa, Verrine coco au chocolate - creme de coco com cream cheese ao ganache de chocolate meio amargo -, merece elogios.

Meus amigos também elogiaram bastante a outra opção de almoço do L'affaire. Acho que foi perfeito. Mas, pensando bem, com aquela companhia que eu estava, almoço de pastel e caldo de cana da rodoviária seria maravilhoso.


Serviço:

L affaire Bar e Restaurant

Endereco: SHN 05 , Bloco I - Hotel Mercure Apartments - Asa Norte - Brasília
Telefone: (61) 3326-7130

BRW - Oliver - Abaixo da média

por katia maia e Luciene Cruz

Oliver – nota 4,5

Desta vez eu fui conferir pessoalmente o desempenho do Brasilia Restaurant Week e o escolhido foi o Restaurante Oliver. Aquele que fica no Clube de Golfe e que tem uma Paella de tirar o fôlego.

Bom, pelo visto é só a tradicional Paella do Oliver que tira o fôlego porque o menu do Brasilia Restauran week sugerido pelo estabelecimento deixou muito a desejar. Fui acompanhada da minha amiga e também provadora oficial do BRW para este site, Luciene Cruz (foto ao lado). A decepção, portanto foi dupla.

Claro que ela, como eu já disse por aqui, é ‘mega’ exigente. Mas eu (foto abaixo) não sou muito. Um bom prato de salada já está me ganhando e eu fico logo amiga do restaurante. Acho que esse foi o problema: a salada!

Sugerida como ‘entrada’: a Salada Caesar foi servida? É assim mesmo: uma indagação: foi servida? Sim, porque o que vimos no prato foi uma sofrível combinação de quatro micro pedaços de alface por debaixo de um pífio queijo ralado, acompanhado de uma rodelita de pão. Não é implicância, não. É constatação.

Esta é a Salada Caesar sugerida

Eta é a Salada Caesar servida!

Juro que fiquei constrangida quando vi aquelas pobres alfaces no meu prato desesperadas para me convencer de que eram uma salada. “Nem fazendo montinho, dá”, disse Luciene, já se abrindo de rir da minha cara de decepção com a salada.

Bom, começava a nossa saga de fartura: farta tudo!


Esta é a Foto da Paella de Cordeiro que está no site do BRW

Este é o risoto que nos serviram dizendo que era uma Paella de Cordeiro

O prato principal, uma Paella de cordeiro foi pior ainda. Não porque veio pouco, mas porque veio outra coisa. Sim, porque o prato parecia mais um risoto de arroz com caldo knnor do que uma Paella. Muito arroz, alguns pedaços de pimentão e uns sofríveis cortes de cordeiro que “apanharam muito para ser cordeiro e pelo jeito ainda foi pouco porque nem assim tinham saborde cordeiro”, avaliou novamente, sabiamente, Luciene.

A rodela inteira de abacaxi cabia na colher de sobremesa

Para arrematar a nossa incursão gastronômica, o grand finale: a sobremesa! Abacaxi flambado, com sorvete de creme e canela. Não vou dizer muita coisa da sobremesa. Acho que a foto fala mais do que mil palavras. A rodela de abacaxi era menor do que a colher de sobremesa! Precisa mais?

Ficamos com a sensação que o Oliver estava com pena de servir os pratos. As porções estavam muito magrinhas, quase de dieta e o sabor passou longe da qualidade que eu costumo encontrar no local. Infelizmente, chegamos a conclusão que o cardápio do BRW do Oliver merece menos de 5. Abaixo da média: um 4,5 está de bom tamanho.

Serviço:

Restaurante Oliver

Endereco: SCE Trecho 02 , Conj. 02 parte B - Clube de Golf - Asa Sul - Brasília
Telefone: (61) 3323-5961

BRW - Dona Lenha 10

por katia maia

Neste sábado, quem pretende aproveitar o dia mais tranquilo e livre da correria e compromissos da rotina semanal pode e deve se aventurar nas delícias reservadas para o brasiliense durante o Restaurant Week. A nossa dica de hoje, quem dá é o Badu.

Ele esteve no Dona Lenha da 413 norte e gostou do que encontrou por lá. Segundo o Badu, o cardápio estava perfeito e a nota para o lugar durante essa edição do festival é 10!

Portanto, a avaliação do Badu é a nossa dica deste sábado para quem quer curitr o BRW.

Nosso primeiro nota 10!

por Eduardo Balduino


Almocei nesta sexta-feira, 21/01, no Dona Lenha da 413 Norte. Carolina e Liana dando duro para tudo sair ao gosto. A previsão era vender cerca de 200 pratos no almoço. E devem ter conseguido.

De entrada Mini-Bruschetta Napolitana com berinjela e queijo "chevre", com uma saldinha verde. O queijo, levemente picante, perfeito.


Prato principal: Bife ancho 'na medida certa'

O prato principal, Bife ancho, com ovo parmentier e vinagrete de hortelâ. É um corte argentino de contra-filé. No ponto certo, macio, tempero na conta.


Eu dispensei a sobremesa.

A nota é 10. Para o prato das meninas do Dona Lenha e para o Festival.

Serviço:
Endereco: CLN 413 , Bloco D - loja1 - Asa Norte - Brasília
Telefone: (61) 3349-2323

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Peperoncino - Aprovado!

por katia maia
Desta vez, a assídua provadora dos 'menus' do Brasília Restaurant Week, Luciene Cruz, foi experimentar o sabor das massas italianas do Peperoncino e aprovou. E olha que a moça é exigente.
Mas, dessa vez, tudo saiu às mil maravilhas. Ela 'mega' gostou do cardápio de almoço que escolheu para esta sexta-feira. Mas, claro, a mulher é exigente, e mesmo estando tudo 'mega' bom, a nota dada foi 08.
Delicie-se!
Peperoncino Cucina Italiana: nota 8
Massa caseira reflete no sabor
por Luciene Cruz

Na minha segunda participação no Restaurante Week não arrisquei. Procurei um local que já conhecesse o atendimento e a comida oferecida. Nesta sexta-feira almocei no Peperoncino Cucina Italiana, não me arrependi da escolha já que a comida estava deliciosa.

A entrada foi berinjela à parmeggiana, uma espécie de lasanha que intercala fatias de berinjela, queijo mussarela, presunto e molho de tomate caseiro. Como não sou fã de beringela, comi os intercalados da lasanha. Mas minhas amigas que não têm a mesma ressalva amaram a entrada.

O prato principal oferecia duas opções. Fiquei com o nhoque de mandioca com ragú de carne. No local, todas as massas são caseiras. E todo o cuidado no preparo da massa é perceptível no sabor.
Mesmo após ter comido todo o prato principal que parecia que era para duas pessoas, não nos sentimos pesadas. E melhor ainda, nem com fome. Super aprovado.

A agradável escolha foi arrematada pela deliciosa sobremesa servida: um mousse de maracujá com raspas de chocolate meio amargo por cima. Uma verdadeira delícia. Sobremesa simples, mas extremamente saborosa.

Desta vez, mega recomendo o restaurante. A única dica é cheguem cedo ou se possível, façam reserva. O local é pequeno, por isso não corram risco de ficar sem provar essas gostosuras.
Serviço:
Nome: Peperoncino Cucina Italina
Endereco: CLS 405 , Bloco C - Loja 02 - Asa Sul - Brasília
Telefone: (61) 3443-0227

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

BRW - Babel - pratos prontos em dois minutos

por katia maia

A destemida Lu Cobucci se aventurou em mais um 'menu' do BRW. Na 4a feira foi ao Babel e descobriu que a confusão da torre de Babel
chegou por lá durante o Brasília Restaurant Week e os pratos que constam no cardápio saem rápidamente, mas chegam TROCADOS!. Como sair dessa? A Lu Cobucci dá a dica:


Babel: pratos trocados na hora
por Luciana cobucci

O segundo restaurante visitado foi o Babel, na quarta-feira. De entrada, escolhi uma espécie de carpaccio de tomate com molho pesto de
manjericão, parmesão e amendoim triturado (separei o amendoim, achei que ele roubou o sabor do resto). A outra opção era uma salada de alface americana rasgada com jullienes de cenoura e repolho roxo, vinagrete de maracujá e crocantes de harumaki temperado (massa de rolinho primavera).


Entrada: carpaccio

A entrada estava até gostosinha, nada espetacular. Ao fazermo s o pedido, meu namorado e eu, o garçom perguntou se já não queríamos pedir o prato principal e a sobremesa, "só para deixar registrado", segundo ele. Aceitamos, mas deixamos claro que não estávamos com pressa e que não queríamos que o prato principal viesse logo.

Por esse motivo, após degustar a entrada, pedimos um couvert - pães, pasta de gorgonzola com ervas, alho assado, manteiga de ervas, tomate confit (sem sacanagem, veio 1/8 de tomate com azeite, sem sementes. Uma palhaçada) e... uma cesta de MANDIOPAN. Qual foi a nossa surpresa ao sermos informados pelo garçom que não poderíamos pedir porque os nossos pratos já estavam subindo.


Prato principal pronto em dois minutos

PERALÁ!
Mas não foi exatamente o contrário do que tínhamos pedido?
Para contornar a situação, o gerente passou nossos pratos para outra mesa.

Quando finalmente pedimos nossos pratos, eles chegaram em contados dois minutos. E frios - acho que já deviam estar prontos há algum tempo. Eu pedi o risoto com linguiça de cordeiro, cenoura, manteiga de ervas e cobertura palha de couve de manteiga. A sensação é que eu estava mastigando plantas artificiais de aquário.

O namorado pediu a fornada de bacalhau, com crosta de
pão e purê de batata. Estava bem gostosinho, mas eu achei um pouco salgado.


Goiabada pastosa de sobremesa

Já entre as sobremesas, nenhuma novidade-novidade. Ou um sorvete de canela com farofinha de Neston ou o mineirin na praia: fatia de goiabada encapotada com xerém de castanha-de-cajú e calda cremosa de requeijão - que de cremosa não tinha nada. Estava pastosa - provavelmente porque, tal como o prato, também já devia estar no prato há algum tempo.

Por enquanto, é isso. Mas não desanimarei: ainda falta uma semana e bons restaurantes para experimentar.
Bom apetite!

Serviço
Babel Restaurante
endereço:
CLS 215 , Bloco A - Loja 37 - Asa Sul - Brasília
fone:
(61) 3345-6042

BRW - Barcelona: sem vinho nem sobremesa, passou no teste pela simpatia

por katia maia

Uma de nossas mais fiéis
frequentadoras dos restaura
ntes durante o BRW, dessa vez não perdeu tempo. Luciana Cobucci não perdeu tempo nessa edição de janeiro. Logo na segunda-feira foi experimentar o 'menu' do Barcelona.

No restaurante percebeu algumas falhas - não havia nenhuma das sobremesas do cardápio BRW disponível para o cliente e na hora de escolher um vinho, o garçon informou que não havia nenhum diponível e deu a deculpa (esfarrapada) de que os vinhos são encomendados na segunda-feira mas só chegam na 3a! quando for ass
im, um conselho: não abra ou, melhor, faça estoque porque faltar vinho é imperdoável.

Bom, mas no balanço de perdas e danos, a Luciana ficou satisfeita com a sua 'saidinha' de início de semana para experimentar o BRW. Saiba por que no relato da própria...

Olha a gordinha aí de novo, gente!

por Luciana Cobucci

Como boa cabeça de gorda que sou, logo na primeira semana de Brasília Restaurant Week (que vamos chamar carinhosamente de BRW) já fui em dois restaurantes para jantar. Que beleza!

O primeiro foi o Barcelona, na segunda-feira. De entrada, o restaurante oferecia quatro deliciosas entradas: mix de folhas verde com vinagrete de limão siciliano, nozes e palmito, ou tortilla de Papas, ou montaditos (escalivadas, azeitonas temperadas, sardinhas com tomate picante e queijo fresco e tomate com azeite de oliva), ou, por fim, a minha pedida: o carpaccio clássico, com filé mignon, rúcula, grana padano e molho de mostarda e alcaparras. Como entrada, estava bem ok. Não foi o melhor carpaccio que já comi na vida, mas pelo menos era razoavelmente bem servido.
essa não foi a entrada escolhida pela Lu. ela preferiu o carpaccio.

Como prato principal, duas opções: ou o filé em julienne ao molho de vinho tinto e pimenta, ou o peixe do dia grelhado com "sofrito" e arroz cremoso de limão. Como boa carnívora, escolhi a primeira opção, e aí veio a decepção. O prato nada mais é que uma espécie de picadinho de carne com molho, cebolas e três fatias de pão! NENHUM acompanhamento decente! Nem um arrozinho, uma batatinha, uns legumes. Nada!

Nessa hora, lembrei de quando era criança que minha mãe deixava eu raspar a panela
de molho de tomate com pão (a diferença é que eu não pagava R$ 39 lascas por isso).

A sobremesa, tentadora, estava em falta


Agora, as sobremesas eram tentadoras: era possív el escolher entre um arroz com leite (que imagino ser uma espécie de arroz doce) ou, o meu escolhido, um mousse de chocolate com pimenta e sorvete de creme. Mas a sobremesa ficou na promessa. O restaurante estava sem nenhuma das duas!

Para piorar, quase não tinha vinhos disponíveis. Segu ndo o garçom, os pedidos de vinho são feitos na segunda-feira e chegam na terça.

Pode ser que eu tenha pego o restaurante num mau dia e tenha dado (quase) tudo errado. A nota só não foi menor porque a companhia era boa (o namorado :D), o ambiente, agradável e o garçom, superatencioso. Me ofereceu um vale-sobremesa, que recusei delicadamente. O restaurante ganhou pontos também por oferecer mais de uma opção para entrada, prato principal e sobremesa.

Serviço:

Barcelona
endereço:
CLS 206 , Bloco A - Loja 06 - Asa Sul - Brasília
fone:
(61) 3242-1141

Brasilia Restaurant Week - L'affaire Bar e Restaurant: Nota 6

por katia maia



O Brasilia Restaurant Week começou novamente e como fizemos na última edição, vamos dar aqui no blog as avaliações de nossos leitores, amigos, conhecidos, familiares etc.
A intenção é prestar um serviço aos assíduos visitantes deste blog que vos fala. Portanto, antes de retomar os comentários, algumas informações sobre o Restaurant Week, para aqueles que não conhecem a brincadeira:

O Brasilia Restaurant Week é um evento que reúne restaurantes de todo o DF - 63 nesta edição – que, durante um período (17 a 30 de janeiro) oferece um menu completo com entrada, prato principal e sobremesa ao preço fixo de R $29,00 no almoço e R$ 39,00 no jantar, acrescidos de um real que vira doação para a Fundação Nosso Lar.

Bom, iniciamos nossas avaliações sobre os estabelecimentos e suas composições gastronômicas pelo restaurante L’Affaire. Luciene Cruz esteve lá ontem e provou o menu do jantar. Na sua avaliação, a comida estava boa, embora curta. O destaque foi o prato principal e a sobremesa estava ‘ok’.

O problema, na sua opinião foi o atendimento. Ela se sentiu desprezada pelos garçons. Então, L’Affaire, fica a dica: cliente é cliente, não importa se está participando de promoção ou não. Aliás, se não quer que as pessoas freqüentem o local para experimentar a promoção, não entre na brincadeira.

Nota da Luciene Cruz para o L’Affaire: 06


Não quer brincar, não desce para o Play
Por Luciene Cruz

Iniciei minha jornada no Restaurant Weekl 2011 pelo L'affaire Bar e Restaurant. A opção do site era bastante convidativa, no entanto in loco, as expectativas não foram tão correspondidas. Vamos por partes.

Em primeiro lugar, o restaurante fica localizado no Hotel Mercure. O ambiente é agradável e refinado. No entanto, tanto o maitre quanto os garçons te olham e te tratam com cara de desprezo como se não os fregueses não tivessem condições de frequentar o local caso não fosse promoção. NOTA ZERO PARA O COMPORTAMENTO DOS FUNCIONÁRIOS.

A partir do momento em que o estabelecimento aceita participar do festival, o tratamento deve condizer com o mesmo, visto que essa é uma excelente oportunidade para os clientes conhecerem o restaurante, o funcionamento e principalmente a qualidade da comida.


Enfim, tirando a péssima impressão inicial, vamos à comida. O cardárpio oferece duas opções de cada item.



Entrada curta: Ceviche com salada verde

De entrada escolhi Ceviche de robalo com salada verde ao molho de mostarda com aliche e croutons. Não sei se eu que como muito ou se eles que servem pouco. Achei a quantidade mínima, tão pouco que não tenho opinião formada se a entrada estava gostosa ou não. Nesse caso, fico com o "não me agradou", visto que sabores são perceptíveis na primeira garfada.



Prato principal: Ceviche de robalo com salada

No prato principal, optei pelo Salmon au brie, que é um filé de salmão ao queijo brie com geléia de frutas vermelhas guarnecido de purê de batata com wasabi, este sim estava divino. Achei a geléia de frutas um pouco enjoativa, mas apesar de ter deixado ela de ladinho, o pouco que comi fez um contraste bacana com o salmão. O purê também estava apetitoso.



Sobremesa Bicchiere di tiramisu não tem nada de especial, segundo Luciene

De sobremesa, escolhi Bicchieri di tiramisu, que é um tiramisu no copinho. Achei ok, nada de especial. Por fim, acredito que existam outras opções mais saborosas e melhores que o L'affaire.
O prato principal estava gostoso, mas no balanço final, acredito que o saldo não foi positivo.


serviço:
L"Affaire Restaurant
Endereço: SHN 05 , Bloco I - Hotel Mercure Apartments - Asa Norte.
Telefone: (61) 3326-7130

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Milagres não acontecem.

por katia maia

Não viu nada pela sua janela, pois estava muito bem instalada em uma residência sólida, em local seguro e distante das anunciadas calamidades que agora tornavam-se realidade em várias partes do país. Mas, tinha uma janela que insistia em retirá-la do seu mundinho perfeito e seguro: a televisão!

Aquele pedaço de realidade pendurada na parede, em cores brilhantes, revelava que a tragédia estava por toda a parte. Começara a ver logo cedo o que estava acontecendo em seu país.

Essa foi agora, essa semana.

Acompanhou o resgate de uma pessoa soterrada abaixo de quatro metros de barro. Ficou imaginando como aquele homem sobrevivera a 16 horas, comprimido por barro e vigas, sem água, com pouco oxigênio, sem comer. É um milagre, pensou!

Sim, era um milagre. Um daqueles que insistem em alimentar a fé humana e a esperança de quem não tem mais nada pela frente. O tão alardeado milagre, que virou uma espécie de mantra para milhares de pessoas que diariamente se equilibram em suas vidas sofridas, sem estrutura e sem teto seguro.

Essa foi em Alagoas, em junho

Para o governo, até que o tal do milagre ajuda. Com sua parceira, o poder público empurra com a barriga a prioridade e a decência que deveria ter com os impostos pagos por todos nós e que (apesar de exorbitantes) nunca são suficientes para financiar obras de infraestrutura em nossas cidades.

Há três anos era Santa Catarina que assistia às catástrofes e rezava por milagres enquanto aguardava a boa vontade pública. Sim, porque boa vontade e ajuda popular sempre tem nessas condições. O que falta é a intervenção do estado para prevenir não só as tragédias, mas garantir a integridade de seus governados.

Ano passado, tivemos Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, no início do ano (dia primeiro para ser mais exata) e Alagoas e Pernambuco, no meio do ano. Lembrou-se de uma frase dita por um morador daquela região nordestina já castigada com seca e que naquele momento se desmanchava em chuva:

- A seca é menos pior (sic) porque pelo menos tenho minha casa, minhas coisas e a oportunidade de ir atrás de minha sobrevivência. A água, não. Ela veio e levou tudo. Levou minha vida e tirou a de muita gente, disse o moço na janela pendurada na parede dela.

Essa, foi em janeiro de 2010, em Angra dos Reis

Pois bem, esse morador que perdeu tudo se junta a milhares de outros que hoje esperam por milagres em meio às tragédias. Pessoas que permanecem em suas casas, apegados a paredes rachadas que a qualquer momento irão desmanchar-se morro abaixo. Acreditam que um milagre irá preservá-los da destruição que os rodeia.


Mas, infelizmente, a essas pessoas, é preciso dizer: milagres não existem. O que existe é o descaso publico que anualmente volta a cenários de destruição e culpa as condições meteorológicas, admite um certo descaso, anuncia que começará a tomar medidas para evitar que tudo se repita no próximo ano e volta no ano seguinte ao mesmo cenário de destruição que, de novo, tem apenas os personagens. Todos à espera dos mesmos (novos) milagres

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Uma estranha sensação...

por katia maia
Datas importantes sempre foram momentos de tensão para ela. Tinha sempre a estranha mania de achar que algo aconteceria e nunca pensava em alguma coisa boa. Esse tal de pessimismo que as pessoas insistem em cultuar e que ela, particularmente, desprezava. Mas, no fundo de sua alma existia e persistia.

Normalmente era uma pessoa positiva, que pensa para frente, otimista. Mas, quando se tratava de datas especiais o cenário mudava. Pensou em acordar cedo para correr, mas logo ficou em dúvida:

- E se algo acontecer? E se um carro me atropela? E se eu cair... E se... E se... E se...

Sua mente enchia-se de ‘ E se...’ e ela desistia de fazer algumas coisas, mantinha outras... E assim a vida seguia. Sem atropelos, sem tropeços, com alegria, bons momentos, saúde e paz.
Mesmo assim , inssitia nessa estranha mania de achar que algo... Sei lá. Por isso, a chegada de uma data era sempre traumática . Achava que, um dia, o destino iria lembrar-se desse medo dela e fazer valer uma regra que só existia na sua cabeça.

Recorda-se a certa altura do passado, quando o seu filho mais novo disse para ela que não completaria oito anos de idade. Assim, na lata:

- Mamãe, eu vou morrer antes do oito anos!

- Meu Deus! O que é isso menino, vira essa boca para lá! Brigou com ele que, na época tinha uns cinco ou seis anos. Não é difícil imaginar como foram sofridos e doídos os anos que se sucederam até que o ‘danado’ completasse seus oito anos.

Foi um dos dias mais felizes, que começou claro, tenso, porque ela não sabia se a ‘previsão’ incluía a data do aniversário. Mas, com o decorrer do dia, ela foi relaxando e se desfazendo daquela estranha sensação que a atormentava.

Quando o relógio passou da meia noite. Comemorou e a partir daquele momento: curou-se!

Descobriu que tudo não passava de uma estranha sensação em relação às datas comemorativas. Estranha mesmo, porque nunca tivera motivo para duvidar do caráter festivo e especial dos dias especiais. Sempre tivera bons momentos e os tropeços e percalços da vida nada mais foram (e são) parte de uma história que (no todo) soma mais alegrias, mais coisas boas para lembrar do que tristeza. E lá se vão 43 anos!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Você sabe o que é 's2'? Nem eu (sabia)

Sempre foi uma pessoa antenada. Não se sentia fora de contexto quando se unia aos mais novos e os ouvia falando das novas tecnologias. Claro que não entendia de tudo, mas sempre tinha uma referência sobre isso ou aquilo e nunca boiara completamente.

Gostava, aliás, de se atualizar e ler sobre o que ‘rolava’ de mais novo no ‘front’. Mas foi uma besteira que estava escrita no Orkut do filho que lhe chamou para a realidade e ela percebeu que essa ‘garotada’ está sempre inventando moda e por mais que os pais tentem, eles estão anos-luz à frente de qualquer um.

Ela sempre dera umas investidas nas contas de Orkut do filho: não é invasão, é proteção! Explicava aos filhos e a todos aqueles que vinham cheios de argumentos para tentar provar que aquilo podava a liberdade dos filhos.

- Não me importo, Podem me chamar do que for – ditadora, insensível, mãe dominadora etc – mas não abro mão de acompanhar de perto o que meus filhos fazem. Não estou desconfiando deles, mas sei bem como é a maldade humana e sei melhor ainda como é a ingenuidade da juventude. Repetia.

Na sua concepção, os jovens são uns idealistas. Por mais que se achem, se digam e até comprovem que são mais espertos, eles sofrem de um mal que só tem cura com o passar do tempo: a falta de maturidade. Por isso, adorava aprender com os filhos e ensinar coisas novas, mas sabia que – assim como acontecera com ela – nada vem antes do tempo necessário para se aprender. E a experiência é um bem valioso para o aprendizado que, infelizmente, só vem com o passar do tempo.

Pois bem. Entrou na conta do filho mais velho, de 15 anos. Começou a ver os ‘scraps’ e analisar as mensagens enviadas por suas amigas e amigos e as respostas dadas por ele. Foi aí que percebeu que, ao final de cada mensagem, vinha sempre um código: 'S2'.

Preocupou-se! O que seria esse tal de 'S2'? Em sua mente, de quem já viveu e sabe o que rola de mal pelo mundo, veio logo um monte de suposição. Inicialmente, pensou que o filho assinava suas mensagens com aquele código para diferenciá-lo da alguma forma: seria porque participava de uma gangue? Seria um tipo de droga? Seria uma forma de dizer algo errado que ninguém pode descobrir – leia-se os pais?

Claro que sua mente viu o que há de pior naquela letra e número juntos. Seria um tipo novo de posição sexual , do tipo 69? Ficou com aquela idéia fixa até o dia seguinte, já que vasculhara a conta do filho no fim do dia quando todos já dormiam.

No dia seguinte, não perdeu tempo. Na primeira oportunidade abordou o filho:

- Aliás, eu gostaria de saber do senhor o que significa aquele código que aparece no fim das suas mensagens do Orkut. Quer dizer: das suas e das mensagens que suas amiguinhas mandam para você? Falou em tom já ameaçador.

- Como assim, mãe, do que você está falando. Respondeu o filho surpreso.
- Não se faça de desentendido. Reagiu
- Qual? O quê? Insistiu o filho.
- Aquele 'S2'! Bradou.
- O que? Você está falando do 'S2'? Repetiu o filho
- Isso mesmo!

Foi nesse momento que o filho caiu na risada. O que de certa forma a irritou.
- Tá rindo de que? Perguntou.
- Mãe, o ‘S’ e o ‘2’ querem dizer um coração! Olha só, nesse momento, ele pegou um papel e começou a desenha o ‘s’ e o ‘2’ juntos. Veja, olha aqui, forma um coração. É apenas uma forma carinhosa de terminar as frases, disse rindo.

Sentindo-se uma espécie de ignorante , ela desarmou o espirito e nao viu outra opção a não ser também rir de sua situação. Riu de sua mente imunda que já começara a desenvolver teses, histórias, tratados. Sentiu-se um pouco envergonhada de sua desconfiança. E declarou-se uma ignorante digital que não conseguiu ver num simples ‘S2’ o coração da juventude que se corresponde e se 'mima' por meio da rede mundial. Recolheu-se a sua insignificância e saiu rindo da sua maturidade pervertida.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Tudo para ontem!

por katia maia

De repente foi invadida por uma urgência incontrolável. Queria tudo para agora, nesse momento imediatamente. Guardava muitos planos em sua vida. Tinha muito que a conquistar e, aproveitando o inicio do ano, traçara metas. Mas, tudo, naquele instante parecia inadiável!

Parecia que o tempo era pouco e a necessidade de agir era a única saída para que sua existência tivesse alguma solução.
.
Se pudesse, levantaria agora da cadeira e sairia correndo. Tinha tanta coisa para fazer, agir, resolver...

Estudar para um concurso público, ler o livro da Ingrid Bittencourt que está na sua mesa de cabeceira, retomar a leitura em francês, ligar para sua amiga que estava sumida, retomar os treinos de corrida, pedalar, requisitar concessão de visto na embaixada americana, escrever as matérias dos freelas, os roteiros, os contos...

Por onde começar? Como fazer? Como se organizar?

A organização, admitia, nunca tinha sido o seu forte. Sempre conseguira trabalhar sob pressão e em ambiente inóspito, atrapalhado e bagunçado. Sua cabeça era uma revolução. Isso sempre a atrapalhara e agora, já nos seus mais de 40 idos anos não sabia se havia solução para esses pequenos detalhes.

A verdade é que estava ardendo em urgência. Queria ver os filhos, falar sobre todos aqueles temas que tem que ser conversados e que deixamos para depois (sempre). Queria abraçá-los, dizer que os ama, queria orientá-los, educá-los, estar junto.

Olhou para orelógio: quase cinco da tarde. Às seis ela saía do trabalho.

- Até lá, pensou, tenho pouco mais de uma hora para me organizar e traçar, esquematizar meus planos. Ah... tem o carro, (lembrou) que está muito sujo (precisa de uma boa lavagem) e está com os faróis queimados (tem usado o farol de milha para compensar)... Pensou.


Olhou para a tela do computador, abriu o Le Monde, em outra janela abriu sites voltados para concursos e enquanto lia noticas da França (para treinar o idioma) se inscrevia nos sites de concurseiros.

Saiu de um, foi para o outro. Pensou, organizou, planejou, ardeu em urgência e viu que era coisa demais para tempo de menos. Refletiu, baixou a bola e incorporou o espírito de Scarlet O'hara: "Amanhã eu penso nisso...amanhã é outro dia.

Desligou tudo e foi para casa.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Primeiro dia útil de 2011

por katia maia

Ok, primeiro dia útil do ano e que farei de útil hoje?
Agora, não tem mais desculpas. O ano começou ‘non hay duda’! Agora é encarar os desafios de 2011 e ter em mente que é preciso fazer e dar o melhor da gente. Parece fácil. Falando, até é!
Mas, confesso, tenho sempre um ‘certo medinho’ nessa fase de início de ano. Estamos sempre tão cheios de planos, de vontade, de coragem, que sinto receio de que esse ano nos traga menos do que esperamos. Já foi assim em anos anteriores e, claro, a gente sempre dá conta. Mas, que dá um ‘certo medinho’ ah isso dá.
De qualquer forma, estou cheia de esperança. Acredito que o ano será bom. Acredito que poderemos ter um bom desempenho de nossa presidente. Fiquei (até) confiante em melhoras quando acompanhei a posse e a troca de comando no país.

Troca de comando no país: sai Lulinha e entra Dilmão

Talvez, quem sabe, uma mulher tenha a coragem de levar adiante tantos projetos que há anos se arrastam em nosso digníssimo parlamento. Leia-se a reforma tributária.
Posso dizer que ouço falar e faço matéria sobre a dita cuja desde que entrei no jornalismo, e olha que aí vão alguns bons anos de ralação.
Bom, a presidente Dilma Roussef já encomendou à equipe econômica rascunhos de uma proposta para reduzir a contribuição previdenciária incidente sobre a folha - hoje fixada em 20%. A ver...
Gostei também de ouvir a presidente falando que fará do combate á pobreza a sua luta incansável. É bom que os pobres estejam entre as prioridades. Mais do que os pobres, os milhões de miseráveis que, no Brasil, ainda erram pelas cidades sem referencia, e perambulam sem perspectiva. Nesse departamento, o novo governo já estuda um aumento no benefício do Bolsa Família.

Compromisso de Dilma: erradicação da pobreza. Tomara!

Em contrapartida terá que promover cortes no orçamento da União e aí entra o outro lado do cobertor que poderá ficar curto demais para tantos programas e projetos para um país que tem pela frente dois grandes eventos mundiais (Copa 2014 e Olimpíadas 2016).
Na posição de brasileira e expectadora, posso dizer que chego a duvidar de nossa capacidade para deixar tudo pronto a tempo. Mas, como sempre é dito: Deus num é brasileiro?

Calo-me...(da série #resgates)

*A partir de hj, sempre que eu resgatar algum texto meu escrito e não publicado, vou postar aqui. O que é escrito é para ser publicado....