Estive fazendo uma pesquisa para a elaboração de um roteiro educativo sobre meio ambiente e os efeitos nocivos de nossas atitudes diárias no cotidiano do planeta e confesso que comecei o levantamento com um sentimento incontrolável de má-vontade com o que eu considero os ‘ecochatos’.
Tenho sempre um pé atrás com verdades e opiniões formadas sobre tudo. Claro que não sou uma desconectada que não se preocupa com o planeta em que vivemos. Preocupo-me, sim, e muito! Sou do tipo que fecho a torneira enquanto ensabôo a louça, enquanto escovo os dentes, apago a luz quando saio de um ambiente – chego a ser obcecada por isso – e ainda procuro usar menos sacolas plásticas no meu dia a dia.
Mas, (sempre tem um ‘mas’) eu não tenho muita paciência para esses discursos dos 'ecoverdes' que se consideram os donos do mundo e que nos enxergam como pobres mortais ignorantes que estão destruindo o ‘planetinha’ deles. Pois bem, diante desse impasse pessoal, me vi frente ao desafio de falar do meio ambiente de uma forma que não cansasse os ouvidos de quem fosse assistir ao vídeo, da mesma forma como os meus estão cansados de ouvir todo o discurso ambientalista.
A verdade é que descobri que existem atitudes ecológicas tão simples e úteis que podem ser incorporadas em nossos hábitos sem nos sentirmos psicologicamente forçados a sermos ambientalmente corretos. É verdade.
E, aos poucos, lendo, pesquisando, buscando, me toquei que realmente não custa nada sermos um pouquinho mais antenados para esse planeta chamado terra e que tem sofrido tanto nas mãos de todos nós. Claro que, se eu quiser, posso ficar 'sentada com a boca cheia de dentes esperando a morte chegar'. Mas, é possível.
Claro que posso colocar a culpa das grandes catástrofes ambientais nas costas dos grandes desastres ecológicos. Aliás, tenho uma boa desculpa atualíssima para isso: o desastre no Golfo do México, com o poço aberto em alto-mar derramando a cada dia 4 milhões de litros de petróleo. Pois bem, eles são os culpados, eu não.
Ah é, bebé?
Não é bem assim. Vi que somente aquela sacolinha plástica na qual colocamos as nossas compras somada a outra, outra e outra, forma uma corrente sem fim de pedaços plásticos que vão para os lixões, entopem bueiros e, conseqüentemente, provocam enchentes. Parece distante, não? Mas não está.
Fico injuriada com as pessoas que jogam copinhos, papel de bala, latinhas de alumínio nas ruas sem o menor pudor. E eu, que estou jogando as sacolinhas plásticas nos lixões? Uma matéria que leva 400 anos para se decompor! Parece que nada é culpa nossa, mas é.
Acho que me tornei um pouco ecochata também.
///~..~\\\
quinta-feira, 17 de junho de 2010
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