Nesse fim de semana, levei meu filho mais velho para uma festa de 15 anos de uma amiga dele. Acompanhei todo o ritual de: escolhe a blusa certa para combinar com o terno, decide qual gravata usar, veste-se, perfuma-se e calça-se um... Tênis!
Era a pitada de rebeldia que ele acabara de colocar em seu visual para dizer, de uma maneira contundente, mas de certa forma discreta, que ele estava se enquadrando no que exigia o ritual, mas que, como todo bom adolescente, não seria o certinho da vez.
Fiquei olhando todo aquele processo de se preparar para a festa e inevitavelmente lembrei-me dos meus tempos de adolescente e de rebeldia intríseca. Fiquei feliz em saber que ainda paira nos jovens essa identidade propria e que eles ainda tentam burlar de certa forma a rigidez das regras.
Ficou bonito, ficou legal. Eu, de certa forma gostei do estilo que ele empreendeu em seu visual e achei que estava tudo em harmonia com a proposta. Afinal, é isso que os jovens buscam: serem diferentes, sendo iguais.
No caminho até a festa, refleti calada sobre a situação. Uma sexta-feira, dia internacional da cerveja, dia para sair, ir para barezinhos, se divertir, dançar, cair na gandaia... E eu, ali: com uma roupa que beirava o pijama, levando meu filho para uma festa.
E eu? Pensei.
Bom, eu tive os meus momentos 'sexta-feira' durante muitas e muitas noites em minha vida. Sempre fui o tipo de pessoa que não dispensa uma farra. Agora, bem, agora o tempo é outro. Eu sou a mãe e a mim cabia, naquele momento, levar meu filho para a festa de 15 anos da amiguinha.
Ao chegar na festa, percebi que o 'estilo' do meu filho, nada mais era do que a tendencia daquela garotada. Todos com seus devidos tênis e até um ou outro mais ousado fora pra a festa de boné!
Me divertir com aquela situação. Achei legal ver a garotada se divertindo. Fiquei feliz pelo meu filho que estava iniciando uma nova fase em sua vida e me resignei com a minha etapa que agora incluirá madrugadas acordada, esperando a hora de pegá-lo nas festas.
Nesse dia, acredito fui bem generosa: marcamos o horário para eu buscá-lo. Uma e meia da manhã. "Tá bom, num tá?", perguneti a ele, que fez aquela cara de 'putz, só isso'.
Bom, mas não teve discussão. Na minha época, com 14 anos, meia-noite já era uma extrapolação. Ficou acertado assim e à 1h30 eu estava lá na porta da festa, à espera do meu filhote, que cumpriu o script conforme o combinado.
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Aqui em casa o mais novo vai fazer 15 este ano. O mais velho já passou: vai fazer 20. Bem, somos mais generosos: vou buscá-los qdo eles ligam, qdo a festa acaba. 1h, 2h, 3h, 4h... Acho q o "tempo" de duração das festas mudou junto com a geração.
ResponderExcluirPois é Raul. Por enquanto, ainda me baseio no time da minha época. Sei que logo logo terei que flexibilizar... O meu bebê está com 14 anos e faz quinze em agosto. Já o meu pequeno faz treze agora e já já também reivindicará seu lugar ao sol, ou melhor à lua, nas festa.
ResponderExcluirFaz parte.
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