sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Esbanjando otimismo...
Com 'pibinho' ou 'pibão' - tudo é uma questão de 'pint of view', o brasileiro se mostrou mais otimista do que nunca este mês. Pesquisa da CNI revelou que o Indice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) bateu recorde em dezembro e subiu pela terceira vez seguida. A explicação? Bons sentimentos de fim de ano e a sensação de que a crise mundial (aqui) já passou.
Otimismo do consumidor bate recorde, aponta pesquisa da CNI
O otimismo do consumidor brasileiro bateu recorde ao atingir, em
dezembro, o maior nível da série histórica da pesquisa Índice Nacional de
Expectativa do Consumidor (INEC), divulgada nesta sexta-feira pela
Confederação Nacional da Indústria (CNI). Elaborada a partir de 2.002
entrevistas em 143 municípios, a pesquisa mostrou que o INEC superou os
níveis pré-crise, ao subir 1,5% ante o trimestre anterior, a terceira alta
consecutiva no ano. O indicador atingiu 117,2 pontos, o maior nível desde
2001, quando a série foi iniciada.
São duas as explicações para o comportamento do índice. “De uma forma
geral, o INEC cresce em dezembro, porque reflete o otimismo das pessoas com
o ano que está por começar”, explicou Renato da Fonseca, gerente-executivo
de Pesquisa, Avaliação e Desenvolvimento da CNI. Além disso, complementou,
o maior otimismo também vem do fato de os efeitos da crise terem sido menos
intensos do que o esperado.
O INEC é composto de seis variáveis. Nesta edição, o índice subiu porque
três delas tiveram altas mais fortes do que as três que registraram queda.
As expectativas com a renda pessoal, situação financeira e intenção de
compras de bens de maior valor foram as que levaram o INEC a crescer. Na
outra ponta, o endividamento e as expectativas de inflação e de desemprego
tiveram piora nos índices, impedindo que o INEC subisse mais.
A expectativa com a renda pessoal foi o ponto alto da pesquisa, destacou
Renato da Fonseca. Esse indicador subiu 5,1% ante o terceiro trimestre, de
113,8 pontos para 119,6 pontos e atingiu o maior nível desde o início da
série histórica. “Parte do otimismo vem do fato de a crise não ter tido
efeitos tão graves quanto o esperado, sobretudo para quem trabalha em
outros setores que não a indústria”, afirmou.
O consumidor que respondeu a pesquisa também apontou para uma melhora da
situação financeira. O indicador passou de 114,5 pontos no terceiro
trimestre para 117,4 pontos no quarto, uma alta de 2,5%. Esses dois
aumentos combinados justificam o crescimento da intenção de compras de bens
de maior valor. Esse indicador subiu 4,5%, de 112,1 pontos no terceiro
trimestre para 117,1 pontos no quarto.
A pesquisa foi realizada entre os dias 26 e 30 de novembro
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