Autor(es): Eduardo Laguna e Sérgio Bueno
Valor Econômico - 09/12/2009
Os empresários paulistas e gaúchos estão otimistas em relação ao desempenho da economia brasileira em 2010. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) prevê crescimento de 6,2%, sustentado pelo consumo doméstico e pela retomada de investimentos. A formação bruta de capital fixo, que reúne investimentos voltados à produção, deverá avançar 19,6% , avalia a entidade paulista.
A estimativa feita pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) é semelhante: o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve crescer 6,1% no ano que vem, puxado principalmente pelo mercado interno e pela retomada dos investimentos. A indústria gaúcha, em suas previsões, leva em conta também um cenário mais favorável para as exportações em 2010, o efeito inercial da recuperação da economia no quarto trimestre deste ano, o elevado volume de reservas internacionais e o nível reduzido de endividamento externo.
A projeção de alta de 6,1% para o PIB nacional em 2010 faz parte do cenário "moderado", considerado o mais provável de ocorrer, disse o coordenador da unidade de estudos econômicos da Fiergs, Igor Morais. Na pior das hipóteses, segundo a entidade, se houver nova crise no mercado global de crédito, a previsão cai para 4,6%, mas se a recuperação dos países ricos for mais acelerada, a expansão mundial dos níveis de consumo pode elevar o índice para 6,9%.
Para a indústria brasileira, a expectativa da Fiesp é de incremento de 12% na produção de 2010, com o setor voltando aos patamares pré-crise a partir de março. Apesar disso, o emprego industrial terá comportamento defasado em relação à recuperação da atividade e só deve retomar o nível pré-crise em dezembro do próximo ano.
Já a indústria gaúcha prevê crescimento de 7,7% para o setor industrial, no cenário moderado. Nesse mesmo cenário, a Fiergs espera IPCA de 4,5% (igual à meta do governo), taxa Selic de 10,5% no fim do ano, dólar médio de R$ 1,74, exportações de US$ 174,6 bilhões, importações de US$ 160 bilhões, e saldo de transações correntes de US$ 36 bilhões negativos.
Para este ano, os industriais paulistas preveem alta de 0,4% para a economia brasileira. A Fiergs, por sua vez, espera alta de 0,8%, muito próxima da estimativa "pessimista" de 0,7% apresentada no fim do ano passado. Na época, o cenário moderado da Fiergs considerava um crescimento de 2,1%. "Não esperávamos um tombo tão grande do setor industrial", afirmou Morais. Conforme a entidade, o PIB da indústria deve encolher 4,2% no acumulado do ano.
Para o Rio Grande do Sul, a Fiergs prevê retração de 1% em 2009 e expansão (no cenário moderado) de 4,9% no ano que vem, disse o presidente da entidade, Paulo Tigre. Se as projeções se confirmarem, serão três anos consecutivos em que o Estado crescerá menos do que a média nacional devido, em boa medida, ao perfil exportador da economia local - em especial no setor agroindustrial - num quadro de expansão mais acentuada da demanda doméstica, comentou o dirigente.
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