Segunda-feira tem mesmo cara de segunda-feira? Sim, porque se existe essa teoria da conspiração de que a segunda é o dia mais sem graça da semana e que tem uma energia diferente. Hoje, eu concordo com ela.
Diazinho difícil esse! Sabe aquela segunda em que você acorda depois de uma noite mal dormida, com uma dorzinha de cabeça latente e abre a geladeira e percebe: acabou o leite. Abre o armário e depara-se com outra realidade: acabou o achocolatado! Procura uma fruta para comer e, adivinha, acabou!
Meu Deus, segunda com cara de segunda!
Aí, você começa a enumerar a série de coisas que precisa fazer nessa semana e percebe que tem que incluir (agora) a ida ao supermercado. Aquela que você vinha adiando há muito tempo.
E se pergunta: por que não fiz isso no fim de semana? Simplesmente porque me deu preguiça e optei por ficar em casa fazendo coisa alguma sobre nada.
Nesse momento vem um sentimento de revolta consigo mesma. Raiva de ter sucumbido ao ócio e não ter tomado uma atitude enquanto era ainda domingo.
É, mas na hora em que eu tentei agir, veio uma voz lá do fundo de meu cérebro dizendo:
- Isso é coisa que se faça num domingo? Domingo é dia para você descansar ficar com os filhos, sair com amigos, ir a um cinema. Jamais ir ao supermercado! Esqueça essa idéia e fique aí mesmo onde está: de frente para a TV esperando a final da Copa do Mundo.
- Mas (retruca a própria mente), o Brasil nem está na final!
- E daí? Torça para time que desclassificou o Brasil do campeonato perder.
Pronto, estava pronta toda a argumentação em prol da minha preguiça em fazer supermercado ou qualquer atividade que o valha. Ali eu estava, ali eu fiquei: torcendo para a Espanha sem coragem nem disposição para colocar o pé fora de casa.
E assim terminou o meu domingo. De maneira despretensiosa.
E assim começou a minha segunda-feira: com cara de segunda, com uma lista de coisas para fazer, uma enormidade de assuntos para resolver, uma série de compromissos que eu tinha que ter me dedicado nos dois dias de folga e que ignorei solenemente ao atender á face oculta e preguiçosa do meu cérebro.
Agora sei que quando a mente se espreguiça a gente se esquece...
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