terça-feira, 20 de abril de 2010
Segredo ou tortura?
Sabe aqueles segredos que a gente toma conhecimento e não pode nem pensar nele porque tem medo que nossa sombra escute e passe adiante. Pois é. Descobri um desses há pouco tempo. Algo inconfessável, inimaginável, imperdoável sobre alguém que eu gosto muito. E aí, o que fazer?
Tenho raiva de ter descoberto. Agora, devo levar esse segredo comigo bem guardado no meu pensamento para o resto da vida. É perturbador... É algo que eu não devo ousar pronunciar nem para a pessoa mais próxima.
Na vida existem momentos assim, em que queremos esquecer, ou não ter vivido ou descoberto jamais. Fico pensando por que isso acontece, por que temos que ser postos à prova com informações que temos que guardar para nós mesmos e que viram cofres trancados a sete chaves, com o segredo não sabido e desconhecido para que não tenhamos a tentação de abrir.
Geralmente são coisas que prejudicam. É como se a caixa de pandora – e aí me refiro á mitologia e não aos recentes acontecimentos da vida publica brasiliense – estivesse dentro de nosso cérebro e tivéssemos que todo dia monitorar sua tampa para que não se abra e para evitar o derramamento de informações ruins.
Tem outros fatos que ficam em nossa mente, não são maléficas, mas nos causam constrangimento ou vergonha de sabermos ou mesmo de termos vivido. Não sei se isso acontece com todo mundo ou se é algo que perturba somente á minha mente. Mas, confesso que me incomoda e não desejo a ninguém ser detentor de segredos inconfessáveis.
Não estou falando de pecados cometidos, mas simplesmente de atitudes que não condizem com o estilo de vida de um ou de outro ou que fogem à normalidade para esse ou aquele personagem.
Acho que a sensação se parece um pouco com a que sente um criminoso que sabe que matou mas que tem que negar até o fim. Imagino que, por muitas vezes, ele tenha vontade de confessar o crime e se livrar desse peso – em se tratando de assassinos minimamente normais se é que isso é possível.
No caso de pessoas comuns como eu, que não matou, não roubou e que o segredo, na verdade, vai prejudicar mais ao outro do que a mim, imagino que o melhor a fazer é ficar bem quietinha e pensar em coisas agradáveis. O caminho, me parece é abstrair ao máximo até que aquele segredo se desmanche e se desfaça em nossas mentes. Assim, ele vai embora, se funde com o universo e se pulveriza para que nunca mais seja reconstruído, pelo menos em minha mente.
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